Justiça Nega Liberdade a Acusados por Morte de Peão em Lagoinha

A Justiça Nega Liberdade a Acusados por Morte de Peão em Lagoinha, cidade localizada no interior de São Paulo. A decisão mantém a prisão preventiva de dois homens implicados no assassinato de Matheus Expedito de Campos, um peão de boiadeiro de 24 anos, brutalmente morto a tiros em abril deste ano.

A defesa dos réus, identificados como Jorge Márcio Marcondes e Rodrigo Joaquim Martins Barbosa, havia solicitado à corte a revogação das prisões preventivas. No entanto, o pedido foi indeferido pela Justiça local. A manutenção da detenção foi fundamentada em um robusto conjunto de provas colhidas durante a fase investigatória policial. Esses elementos, que incluem filmagens, fotografias e depoimentos, apontam para uma alta probabilidade de autoria dos réus no delito, confirmando sua participação.

Justiça nega soltar dois acusados da morte de peão de boiadeiro de Lagoinha

A decisão judicial salientou a periculosidade dos indivíduos envolvidos no crime, um fator crucial para a negativa do pedido de liberdade. O assassinato foi executado à luz do dia, em uma via central da cidade, utilizando uma arma de fogo e em uma ação de surpresa que impossibilitou qualquer defesa da vítima. Segundo a corte, este ato criminoso provocou um grande abalo na paz social da até então pacata cidade de Lagoinha.

Conforme aponta o Ministério Público (MP), Jorge Márcio Marcondes é o acusado de ser o mandante do assassinato de Matheus. A motivação para o crime seria uma desavença anterior entre ele e a vítima. Jorge é também irmão de Fábio Pereira Marcondes, vereador e presidente da Câmara Municipal de Lagoinha, conhecido como Sueco (PSDB).

Já Rodrigo Joaquim Martins Barbosa, segundo a denúncia do MP, foi contratado por Jorge Márcio para executar o homicídio. O Ministério Público alega que a execução se deu mediante o pagamento de R$ 1 mil. Para efetuar a transação financeira, Jorge teria pedido ao irmão, o vereador Sueco, que realizasse a transferência bancária para um dos executores do crime. O vereador Sueco também figura como réu no processo, mas, diferentemente de seu irmão, não há um mandado de prisão preventiva emitido contra ele até o momento.

Envolvimento e prisões dos suspeitos

A investigação policial resultou na prisão de Rodrigo Joaquim Martins Barbosa e Gabriel Querino Siqueira como os supostos executores do crime, sendo que ambos se encontram presos. Em um desdobramento posterior, em setembro, uma terceira pessoa foi detida no caso. Trata-se de Jorge Márcio Marcondes, de 48 anos, identificado como o suposto mandante do homicídio. Essas prisões foram consideradas essenciais para o avanço do processo penal, reforçando a linha investigativa do Ministério Público. Para mais informações sobre o funcionamento e aplicação de prisões preventivas, você pode consultar fontes jurídicas especializadas no tema, como artigos explicativos sobre a medida em plataformas como o Jusbrasil.

Imagem: g1.globo.com

Matheus Expedito de Campos, de 24 anos, perdeu a vida em frente à borracharia onde trabalhava, na Rua Maria do Carmo Gouvêa Rocha, região central de Lagoinha. No fatídico dia 30 de abril, Matheus e um amigo retornavam de uma padaria quando foram abordados por dois homens em uma motocicleta, que atiraram contra o peão. Ele ainda tentou se refugiar em uma casa de ração, mas foi atingido. Seu amigo o levou imediatamente a uma unidade de saúde, porém, Matheus não resistiu aos ferimentos e faleceu. A vítima deixou uma filha.

Além de trabalhar como borracheiro, Matheus era um dedicado peão de boiadeiro, com um futuro promissor na arena. No ano de 2024, ele conquistou o primeiro lugar na Feira Agropecuária de Santa Branca (Fasbra), o que lhe garantiu uma vaga cobiçada para disputar a Festa do Peão de Barretos, considerado o maior rodeio do Brasil, já no ano passado. Sua morte trágica interrompeu uma trajetória de sucesso e causou profunda consternação na comunidade.

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Foto: Arquivo pessoal