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Acusados de Feminicídio de Clara Maria Irão a Júri Popular

A Justiça mineira determinou que os dois indivíduos indiciados pela morte de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, cujo corpo foi descoberto em março deste ano em Ouro Preto, Minas Gerais, serão submetidos a um julgamento perante o júri popular. Acusados de Feminicídio de Clara Maria Irão a Júri Popular. Eles são imputados por […]

A Justiça mineira determinou que os dois indivíduos indiciados pela morte de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, cujo corpo foi descoberto em março deste ano em Ouro Preto, Minas Gerais, serão submetidos a um julgamento perante o júri popular. Acusados de Feminicídio de Clara Maria Irão a Júri Popular. Eles são imputados por uma gama de delitos graves, incluindo o feminicídio da vítima, vilipêndio de cadáver e, também, abuso de animal doméstico. A jovem foi encontrada após seu corpo ter sido concretado em uma residência na capital mineira.

Os réus Thiago Schafer Sampaio, de 21 anos, e Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, foram os que tiveram sua situação definida nesta etapa processual. A decisão que os envia a júri foi oficializada pela 1ª Sumariante do Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte. É importante salientar que as datas para a realização do júri popular e a seleção dos jurados ainda permanecem pendentes de definição. Adicionalmente, a prisão preventiva dos acusados foi mantida, assegurando que ambos permanecerão sob custódia até o desfecho do caso.

Acusados de Feminicídio de Clara Maria Irão a Júri Popular

Thiago e Lucas são formalmente imputados por uma sequência de cinco crimes que refletem a brutalidade e a premeditação das ações. As acusações abrangem feminicídio, motivado por razões torpes e executado de maneiras que impossibilitaram a defesa da vítima. Somam-se a isso as imputações de vilipêndio de cadáver, decorrente do tratamento desrespeitoso dispensado ao corpo de Clara Maria, e de abuso de animal doméstico. Completem o rol de delitos a ocultação de cadáver, um crime que visou a dissimular a ação criminosa, e o furto qualificado, que também figura como um dos pontos da denúncia. Conforme destacado pela investigação, os atos de violência e o posterior ocultamento do corpo de Clara Maria são elementos centrais das acusações que levaram os réus à fase de julgamento popular.

A denúncia detalha que a motivação principal para o assassinato de Clara Maria Venâncio Rodrigues originou-se de uma dívida de R$ 400. Esta dívida era referente a um período em que Clara e Thiago Schafer Sampaio trabalhavam juntos em uma padaria, e a vítima cobrava o valor do acusado. O documento do Ministério Público também aponta que Lucas Rodrigues Pimentel concordou em colaborar com Thiago na execução do crime, em parte devido a um episódio anterior em que Clara Maria o havia repreendido publicamente por seu comportamento. Especificamente, por fazer saudações, piadas e sinais que remetiam à apologia ao nazismo. Esse menosprezo e aversão por parte dos réus foram cruciais para o desfecho trágico.

O Ministério Público de Minas Gerais, em sua denúncia que foi aceita pela Justiça estadual, ressalta um profundo “menosprezo” que os acusados nutriam pela vítima em função de ela ser mulher. A promotoria argumentou que Thiago e Lucas “vinham nutrindo ódio e aversão em relação à vítima, desprezando-a como mulher”. Este ponto é vital para caracterizar o crime como feminicídio, o que agrava a pena. As investigações indicam que Clara Maria era uma figura empoderada, independente e extremamente dedicada ao trabalho. Essas qualidades, paradoxalmente, teriam sido um dos fatores que “incomodaram” os réus, culminando no violento desfecho. Essa percepção sobre o papel e a força da mulher é um componente frequente nos casos de violência de gênero e serve como um triste lembrete da importância da conscientização e do combate a atos como esses.

O assassinato de Clara Maria Venâncio Rodrigues remonta ao mês de março deste ano, quando a jovem de 21 anos foi tirada de sua vida de maneira trágica. Seu corpo, para o horror de familiares e autoridades, foi sepultado sob uma camada de concreto dentro de uma residência localizada no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Este ato de ocultação extrema chocou a comunidade e foi um dos pontos cruciais para a intensificação das investigações policiais, buscando identificar e responsabilizar os envolvidos. Após sua detenção, Thiago Schafer Sampaio confessou às autoridades a autoria do crime. Ele descreveu que tirou a vida de Clara utilizando um golpe conhecido como mata-leão e que contou com o suporte ativo de Lucas Rodrigues Pimentel em todas as etapas subsequentes do ato criminoso.

Acusados de Feminicídio de Clara Maria Irão a Júri Popular - Imagem do artigo original

Imagem: noticias.uol.com.br

Lucas Rodrigues Pimentel, por sua vez, também confirmou sua participação nos fatos. Em seu depoimento, ele admitiu ter auxiliado na ocultação do corpo da vítima após o assassinato perpetrado por Thiago. Conforme os detalhes revelados pelas investigações e confessados pelos réus, logo após a morte de Clara Maria, os dois indivíduos providenciaram o sepultamento de seu corpo e, na tentativa de encobrir o crime, o cobriram com uma robusta camada de concreto, um método que visava impedir sua descoberta. A Justiça agiu rapidamente e tornou Thiago e Lucas réus já no mês de abril. Um terceiro homem, inicialmente considerado suspeito no período inicial da apuração, não foi subsequentemente denunciado pela promotoria, visto que não foram encontradas evidências conclusivas que comprovassem qualquer envolvimento dele na ação criminosa que vitimou a jovem.

Clara Maria Venâncio Rodrigues era reconhecida em seu círculo social e familiar por sua paixão por atividades artísticas e esportivas. Uma skatista dedicada, ela encontrava no esporte uma forma de expressão e liberdade. Além disso, destacava-se em trabalhos como designer, explorando sua criatividade e talento. Ela mantinha um perfil ativo nas redes sociais, onde compartilhava com orgulho suas pinturas e desenhos, evidenciando uma vida dinâmica e repleta de paixões. Seu perfil como “uma mulher empoderada, independente e dedicada ao trabalho”, conforme descrito pela promotoria, é um reflexo não apenas de sua personalidade, mas também de características que, infelizmente, podem desencadear reações extremas em contextos de violência de gênero. Para combater a violência contra mulheres, é crucial o apoio a iniciativas como a Campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, que pode ser conhecida em plataformas oficiais como o site Sinal Vermelho gov.br, que oferece canais de denúncia e acolhimento em todo o país.

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Este trágico caso de feminicídio em Minas Gerais reforça a urgência de debater e combater a violência contra a mulher em todas as suas manifestações. A ida dos acusados a júri popular é um passo importante na busca por justiça para Clara Maria e um lembrete contundente dos desafios que a sociedade ainda enfrenta em termos de igualdade de gênero. Para acompanhar mais notícias sobre casos semelhantes, desenvolvimentos na esfera judicial e informações relevantes sobre a segurança em diversas localidades, acesse nossa editoria de Cidades.

Crédito da Imagem: Reprodução / Redes Sociais

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