Juçara Marçal lança álbum ao vivo “Encarnado” de show icônico

Últimas Notícias

Em um marco para a música brasileira contemporânea, o álbum ao vivo de Juçara Marçal, intitulado “Sessões Selo Sesc #16 – Juçara Marçal ao vivo no Sesc Vila Mariana 15.4.14”, foi oficialmente lançado na sexta-feira, 24 de outubro de 2014. Esta gravação, que capturou uma performance histórica de 15 de abril de 2014, surge como o 16º título da renomada série “Sessões Selo Sesc”, perpetuando o show de lançamento de “Encarnado”, um dos discos mais impactantes e significativos produzidos no Brasil no século XXI.

A cantora fluminense Juçara Marçal, radicada na capital paulista, apresentou-se no palco do Sesc Vila Mariana em abril de 2014 para estrear o espetáculo baseado em seu primeiro álbum solo, “Encarnado”, originalmente lançado em 18 de fevereiro daquele mesmo ano. Este trabalho rapidamente elevou a artista ao centro das atenções, tornando-a uma figura cultuada na vibrante cena indie de São Paulo. Já conhecida por sua participação no trio Metá Metá, ao lado de Kiko Dinucci e Thiago França, Juçara consolidou sua projeção com a profundidade temática de “Encarnado”, ganhando destaque em diversas retrospectivas e premiações musicais do ano.

Juçara Marçal Lança Álbum Ao Vivo “Encarnado” de Show Icônico

O conceito central de “Encarnado” é uma exploração intensa da finitude humana, confrontando a morte de forma visceral e sem rodeios. A artista abordou a impermanência e a carne em uma tapeçaria sonora que encontrou eco profundo no público e na crítica. A estética musical do disco, moldada pelos toques cortantes das guitarras de Kiko Dinucci e Rodrigo Campos, descreveu uma jornada que flerta com o fio da navalha, penetrando na essência da existência. Essa abordagem arrojada conferiu ao trabalho uma intensidade rara, fazendo com que o nome de Juçara Marçal resplandecesse no cenário artístico, marcando um novo patamar em sua carreira e jogando “sangue novo” na música contemporânea.

O Impacto Temático de “Encarnado” e Seu Repertório Diverso

A originalidade e a potência lírica e musical de “Encarnado” residem em sua habilidade de congregar composições de procedências e estilos distintos em torno de um tema coeso e desafiador. Juçara Marçal empregou as nuances da morte e da vivacidade da experiência humana, desmantelando tabus. Entre as doze músicas que compõem o disco, encontram-se obras marcantes como “A velha da capa preta”, de Siba Veloso (2007); “Ciranda do aborto” e “João Carranca”, ambas de Kiko Dinucci (2014); “Damião”, de Douglas Germano e Everaldo Ferreira da Silva (2011); a canção “E o Quico?”, de Itamar Assumpção (1983); “Não tenho ódio no verão”, de Tom Zé (2012); “Queimando a língua”, de Romulo Fróes e Alice Coutinho (2014); e “Velho amarelo”, de Rodrigo Campos (2014). Todas estas peças se entrelaçaram e foram afiadas pelo conceito que define “Encarnado”, resultando em uma obra que reverberou e consolidou a voz artística de Juçara.

A Performance Inesquecível no Sesc Vila Mariana

O show registrado em “Sessões Selo Sesc #16” transcende o repertório exclusivo do álbum de estúdio. A apresentação ao vivo de Juçara Marçal foi enriquecida com a inclusão de composições adicionais que aprofundaram a narrativa musical e a conexão com a plateia. Entre as adições que não figuram no “Encarnado” original, destacam-se a interpretação de “Comprimido”, um clássico de Paulinho da Viola (1973), e a abordagem única de “Xote de navegação”, parceria de Dominguinhos e Chico Buarque (1998). O álbum ao vivo apresenta um total de quinze números, que fielmente reproduzem a atmosfera e a excelência da performance. Juçara Marçal é reconhecida por sua notável capacidade de infundir um significado profundo em cada uma de suas interpretações, transcendendo gêneros e décadas.

A Sinergia Musical e os Artistas do Palco

A sonoridade distintiva do espetáculo foi orquestrada pela colaboração de talentosos músicos que dividiram o palco com Juçara Marçal, elevando a execução a patamares de excelência. Kiko Dinucci brilhou na guitarra, contribuindo com sua assinatura rítmica e melódica. Rodrigo Campos trouxe a versatilidade de seu cavaquinho e guitarra, enquanto Thiago França enriqueceu a textura sonora com o saxofone e sintetizador. Thomas Rohrer adicionou camadas singulares com sua rabeca e eletrônicos, criando uma fusão instrumental que sublinhou a proposta experimental e contemporânea do show. A arquitetura musical concebida por esses artistas foi fundamental para a construção do universo sonoro de “Encarnado” ao vivo, transformando cada faixa em uma experiência auditiva rica e cativante.

Confira também: crédito imobiliário

A gravação “Sessões Selo Sesc #16 – Juçara Marçal ao vivo no Sesc Vila Mariana 15.4.14” é, portanto, mais do que um mero registro de um show; é a materialização de um momento crucial na trajetória de Juçara Marçal e da música brasileira. Ela oferece uma nova perspectiva sobre a força temática de “Encarnado” e solidifica o legado da artista. Para continuar explorando os marcos e as análises do cenário musical e cultural, navegue por nossa editoria de Celebridade.

Foto: Divulgação / Selo Sesc

Deixe um comentário