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Jovens no AM: Apenas 3% Concluem Médio com Aprendizagem Adequada

Um levantamento recente aponta uma realidade preocupante na **aprendizagem no ensino médio no Amazonas**: apenas 3% dos estudantes concluem essa etapa escolar com um nível considerado adequado de conhecimento em língua portuguesa e matemática. Os dados, que chocam pela dimensão do problema, evidenciam lacunas significativas na qualidade da educação ofertada no estado. De cada cem […]

Um levantamento recente aponta uma realidade preocupante na **aprendizagem no ensino médio no Amazonas**: apenas 3% dos estudantes concluem essa etapa escolar com um nível considerado adequado de conhecimento em língua portuguesa e matemática. Os dados, que chocam pela dimensão do problema, evidenciam lacunas significativas na qualidade da educação ofertada no estado.

De cada cem crianças que iniciam sua jornada educacional no Amazonas, somente 68 alcançam o final do ensino médio aos 19 anos de idade. Desses, o percentual ínfimo de 3% demonstra o domínio dos conteúdos essenciais nessas duas disciplinas basilares, um indicativo claro de que a maioria não está preparada para os próximos desafios acadêmicos ou profissionais. Este cenário coloca o estado em uma posição desfavorável, registrando matrículas no ensino superior abaixo da média nacional.

Jovens no AM: Apenas 3% Concluem Médio com Aprendizagem Adequada

As informações foram divulgadas no Anuário da Educação Básica 2024, um estudo robusto elaborado pela iniciativa Todos Pela Educação, em parceria com a Fundação Santillana e a Editora Moderna. O relatório, tornado público nesta quinta-feira, dia 25 de abril, abrange um panorama completo com detalhes sobre matrículas, a infraestrutura das unidades de ensino, a atuação de professores e a presença de tecnologia no ambiente escolar. Os resultados ressaltam que, apesar de um progresso notável na expansão do acesso à educação, a efetividade da aprendizagem segue como um gargalo fundamental a ser superado na região.

A maior parte da oferta de ensino médio no Amazonas é responsabilidade da rede estadual de ensino, que concentra 91,6% das matrículas. As instituições federais contribuem com 3,3%, enquanto a rede particular responde por 5,1% dos estudantes neste nível. A análise minuciosa do percurso educacional de cem crianças revela etapas marcadas por desafios na aquisição de conhecimentos fundamentais. Enquanto 85 delas chegam à pré-escola e 88 finalizam os anos iniciais do ensino fundamental até os 12 anos, somente 33,3% dominam o esperado em português e matemática nessa fase. Ao término dos anos finais do ensino fundamental, aos 16 anos, 84 concluem a etapa, mas apenas 12,2% atingem uma aprendizagem considerada adequada.

Infraestrutura Escolar Crítica no Amazonas

Um fator determinante que contribui para o baixo desempenho na **aprendizagem no Amazonas** é a precária infraestrutura das escolas. O estado conta com um total de 5.519 instituições educacionais em funcionamento, das quais 79,1% são municipais, 13,7% estaduais, 6,9% privadas e 0,3% federais. Dentre os problemas mais evidentes, destaca-se a ausência de saneamento básico: alarmantes 11,8% das escolas possuem conexão à rede pública de esgoto. Este índice alarmante sinaliza uma falha grave em um serviço fundamental que afeta diretamente a saúde e o bem-estar dos alunos e docentes. Apenas 83,6% das escolas têm banheiro, 92,5% contam com água potável, 71,2% possuem energia elétrica regular e 71,6% das salas são climatizadas. Os dados apontam para uma carência generalizada de condições básicas que sustentem um ambiente propício ao aprendizado.

A carência de espaços pedagógicos especializados também chama a atenção. No ensino fundamental, a disponibilidade de laboratórios de informática é de apenas 17,2%, enquanto laboratórios de ciências estão presentes em meros 6,8% das unidades. Embora o ensino médio apresente índices ligeiramente superiores, com 57,5% das escolas oferecendo laboratório de informática, 43,4% com laboratórios de ciências e 56,8% com quadras de esportes, ainda há uma lacuna significativa que impede o desenvolvimento de atividades práticas e investigativas, cruciais para a consolidação da aprendizagem em disciplinas exatas e biológicas.

Gabriel Corrêa, diretor de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, sublinhou a ligação direta entre a ausência de infraestrutura e as condições de aprendizagem. Ele destacou que, apesar de avanços em nível nacional, a situação no Norte do país, e especificamente no Amazonas, permanece crítica. Corrêa reforçou a necessidade de que as políticas públicas incorporem o “Fator Amazônico”, ou seja, considerem os custos logísticos e operacionais adicionais inerentes à peculiaridade da região, a fim de garantir intervenções eficazes. O G1 buscou posicionamento da Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc) sobre o teor do Anuário e as providências para aprimorar o desempenho educacional, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem, reforçando a complexidade do problema e a aparente falta de diálogo público.

Jovens no AM: Apenas 3% Concluem Médio com Aprendizagem Adequada - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Estudos comparativos mostram que a performance educacional no Amazonas está em consonância com as dificuldades enfrentadas em diversas regiões remotas do Brasil. Para aprofundar a compreensão sobre os padrões e indicadores da educação nacional, o leitor pode consultar a base de dados e publicações oficiais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que oferece um panorama detalhado sobre as análises e estatísticas que balizam as políticas públicas educacionais do país.

O desafio da **aprendizagem adequada no ensino médio no Amazonas** demanda ações coordenadas e focadas em reverter este cenário. Desde a melhoria da infraestrutura básica até a implementação de metodologias de ensino mais eficazes, a urgência em promover uma educação de qualidade é evidente para garantir um futuro promissor para a juventude amazonense.

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Crédito da imagem: Arte: Veronica Medeiros/g1

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