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Jimmy Kimmel sobre suspensão: ‘Pensei que não voltaria ao ar’

A recente interação entre Jimmy Kimmel e Stephen Colbert, figuras proeminentes dos talk shows noturnos americanos, capturou a atenção do público ao abordarem, abertamente, os desafios e pressões sofridos em suas carreiras. Durante suas respectivas aparições em programas na última terça-feira, ambos os apresentadores discutiram suas experiências de terem sido alvos de críticas intensas, especialmente […]

A recente interação entre Jimmy Kimmel e Stephen Colbert, figuras proeminentes dos talk shows noturnos americanos, capturou a atenção do público ao abordarem, abertamente, os desafios e pressões sofridos em suas carreiras. Durante suas respectivas aparições em programas na última terça-feira, ambos os apresentadores discutiram suas experiências de terem sido alvos de críticas intensas, especialmente por parte do ex-presidente americano Donald Trump, e as drásticas alterações no panorama televisivo dos Estados Unidos. Kimmel, em particular, compartilhou a profunda sensação de que jamais retornaria ao ar após uma suspensão.

Kimmel, que conduz o “Jimmy Kimmel Live!” na ABC, expressou a Stephen Colbert, do “The Late Show” da CBS, que a simples presença um do outro na televisão servia como uma provocação calculada a Trump. A troca de narrativas entre os apresentadores expôs a tensão crescente que moldou o setor de entretenimento televisivo nos últimos anos, impactando diretamente suas produções.

Jimmy Kimmel sobre suspensão: ‘Pensei que não voltaria ao ar’

O “The Late Show with Stephen Colbert” teve seu cancelamento anunciado em julho, apesar de permanecer com transmissão garantida pela CBS até maio de 2026. Fontes indicaram “questões orçamentárias” como a principal justificativa. Essa decisão foi contextualizada após a Paramount, detentora da CBS, ter resolvido uma milionária controvérsia com Trump e, subsequentemente, buscava aprovação federal para uma fusão multibilionária com a Skydance, concretizada em agosto. O conflito anterior com o ex-presidente surgiu de uma alegação de que a empresa teria veiculado, durante as eleições presidenciais, uma entrevista que supostamente beneficiava a então adversária democrata Kamala Harris.

Paralelamente, a atração de Jimmy Kimmel, transmitida pela ABC, foi temporariamente retirada do ar em setembro, permanecendo suspensa por uma semana. O fato ocorreu depois que Kimmel fez comentários incisivos sobre o assassinato do influenciador pró-Trump Charlie Kirk. O apresentador havia criticado veementemente a tentativa do movimento “Make America Great Again” (Maga) de dissociar o autor do crime de seu grupo político, buscando tirar proveito da situação.

Kimmel complementou seu posicionamento dizendo que “entre uma acusação e outra, também houve luto”. Antes de suas declarações no ar, ele já havia publicado em seu perfil no Instagram uma condenação ao ataque, expressando condolências à família de Kirk.

Os Efeitos da Crítica Política na Televisão

O anúncio da interrupção do programa de Kimmel foi feito em 17 de setembro por Sinclair e Nexstar, importantes proprietárias de afiliadas da ABC. As declarações do apresentador também provocaram reações negativas de Brendar Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), órgão regulador de mídias e comunicações nos EUA. Carr estava à frente do processo de aprovação de uma fusão significativa entre a Nexstar e a Tegna. Caso aprovada, essa fusão ampliaria o alcance televisivo da Nexstar para cerca de 90% dos lares americanos. Em 23 de setembro, Carr, contudo, negou qualquer influência de suas manifestações contrárias aos comentários de Kimmel na decisão da ABC de suspender o programa.

Nas exibições de terça-feira, Colbert e Kimmel rememoraram as pressões enfrentadas. Kimmel descreveu a ocasião como uma oportunidade de estar ao lado de outro “fracassado sem talento”, ecoando críticas frequentemente dirigidas a eles por Donald Trump. Ele detalhou uma “montanha russa de emoções” desde o aviso da suspensão de seu programa, em 17 de setembro. Relatou ter recebido uma ligação “incomum” da ABC enquanto aguardava a gravação em seu escritório, o que o levou a uma conversa privada no banheiro e, em seguida, a uma votação com executivos sobre a continuidade da transmissão naquela noite. Kimmel foi voto vencido, e a decisão pela suspensão foi adotada.

Jimmy Kimmel sobre suspensão: ‘Pensei que não voltaria ao ar’ - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

O Sentimento de Fim e o Apoio Colegas

Segundo o apresentador, os executivos justificaram a medida com a intenção de “diminuir as temperaturas” e a preocupação com o que ele diria na edição noturna. “Eu pensei que era o fim. Eu pensei que nunca voltaria ao ar”, desabafou Kimmel durante o “The Late Show”. Ele comparou a situação a uma “prisão por dirigir embriagado em Los Angeles, três dias na cadeia onde eu não podia dizer nada”. Ele mencionou ter passado esse período em silêncio forçado, realizando e recebendo diversas ligações. Kimmel expressou gratidão especial a Colbert por sua solidariedade.

Refletindo sobre o clima político, Kimmel lamentou a polarização: “Eu nunca imaginei que teríamos um presidente como este e espero que nós nunca mais tenhamos um presidente como esse. Nunca imaginei que estaria numa situação em que o presidente do nosso país celebra que milhares de americanos estejam perdendo os seus trabalhos. Mas alguém que sentiu prazer nisso, para mim é o oposto do que o líder desse país deveria ser.” Essa visão realça o peso das implicações políticas na vida e carreira de figuras públicas do entretenimento.

O Desabafo de Stephen Colbert

No “Jimmy Kimmel Live!”, Colbert foi apresentado ironicamente como um “talento premiado que, graças a Trump, só fica no ar por tempo limitado”. Ele descreveu a angústia de anunciar o cancelamento de seu próprio programa: “Eu estava tão nervoso em fazer isso direito”, disse, lembrando que improvisou totalmente, errando duas vezes e tendo que recomeçar. A plateia, a princípio, pensou que fosse uma brincadeira. “Eles começaram a dizer, ‘Você consegue. Vamos, Steve. Você consegue’”, contou Colbert, antes de, finalmente, conseguir expressar a notícia, à qual a audiência reagiu com um silêncio inesperado e chocante.

Essas interações entre os apresentadores destacam a intensa pressão a que as personalidades da mídia nos Estados Unidos foram submetidas durante os recentes períodos políticos turbulentos, e como eventos externos podem ditar os rumos de programas televisivos de longa data. A complexidade do ambiente midiático e as regulamentações podem ser melhor compreendidas consultando fontes especializadas como o site da Comissão Federal de Comunicações, a FCC, sobre legislação de mídia nos EUA.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

As narrativas de Jimmy Kimmel e Stephen Colbert oferecem um raro vislumbre dos desafios pessoais e profissionais enfrentados por figuras da mídia no auge da televisão americana. A transparência de seus depoimentos não só informa sobre as recentes turbulências na indústria, mas também humaniza as experiências de lidar com pressões políticas e comerciais. Para continuar acompanhando as notícias mais relevantes do universo do entretenimento e da política, navegue por outras análises e entrevistas disponíveis em nossa editoria de Celebridades.

Crédito da imagem: Reprodução/YouTube

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