As negociações em torno do complexo plano de paz Israel Gaza, idealizado pelos Estados Unidos, intensificaram-se neste fim de semana, com líderes israelenses, norte-americanos e membros do grupo Hamas a caminho do Egito. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou publicamente a esperança de que a libertação de todos os reféns detidos na Faixa de Gaza ocorra nos próximos dias, sinalizando uma possível reviravolta no conflito que já dura quase dois anos.
Na madrugada de sábado, dia 4 de um mês não especificado, após uma importante reunião militar na noite anterior (sexta-feira, dia 3), as Forças Armadas Israelenses confirmaram estar se preparando para dar início à primeira fase da proposta de paz apresentada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para Gaza. Essa etapa inicial inclui uma suspensão temporária dos bombardeios. Apesar dessa medida, as tropas foram instruídas a manter o alerta máximo devido a possíveis ameaças latentes na região.
Israel, EUA e Hamas: Negociações de Paz no Egito Avançam
Contudo, a realidade no terreno continuava tensa. Agências de notícias reportaram novas explosões na Faixa de Gaza na manhã de sábado, culminando na morte de, ao menos, 57 pessoas, conforme divulgado por autoridades da defesa civil palestina, controladas pelo Hamas. Paralelamente aos incidentes, o presidente Donald Trump utilizou suas redes sociais para agradecer a Israel pela interrupção temporária dos ataques. Em uma postagem direta, Trump afirmou: “Não tolerarei atrasos, que muitos acreditam que ocorrerão, nem qualquer resultado que coloque Gaza novamente como uma ameaça. Vamos resolver isso, rápido. Todos serão tratados com justiça.”
Diálogos Cruciais e Pressão Americana
Em uma entrevista ao site Axios, o presidente Trump revelou ter conversado com Netanyahu, transmitindo-lhe uma mensagem enfática: “esta é a chance dele de vitória”, reiterando que o primeiro-ministro israelense “não tem outra escolha”. A pressão dos EUA se mostra como um fator determinante na mesa de negociações, buscando um desfecho rápido para o embate. Mais tarde, Benjamin Netanyahu discursou publicamente pela primeira vez desde a resposta do Hamas na sexta-feira. Ele declarou que Israel estava “à beira de uma grande conquista” e que almejava anunciar, em breve, aos cidadãos israelenses, o retorno de todos os reféns – vivos e mortos – em uma única fase, assegurando que as forças de Israel permaneceriam dentro da Faixa de Gaza.
Netanyahu também afirmou categoricamente: “Em vez de Israel estar isolado, quem está isolado é o Hamas.” Detalhando os próximos passos, o líder israelense explicou que a segunda fase do plano prevê o desarmamento do Hamas e a desmilitarização completa da Faixa de Gaza. Ele frisou que este objetivo seria alcançado “por meios diplomáticos, segundo o plano de Trump, ou militarmente, por nós”, ressaltando a determinação israelense em concretizar esses termos.
A Posição do Hamas e os Pontos de Discordância
Na sexta-feira, o Hamas demonstrou uma receptividade parcial à iniciativa americana, sinalizando positivamente para dois aspectos considerados fundamentais: a libertação de todos os reféns e a transferência do poder na região para um conselho palestino composto por figuras independentes e técnicas. Contudo, apesar deste avanço, ainda persistem divergências significativas. O grupo busca negociar outros pontos do plano, nomeadamente a sua participação na discussão sobre a formação do futuro governo – uma possibilidade não contemplada na proposta americana. Um representante do Hamas, em entrevista à Al Jazeera, também declarou que o grupo só considerará o desarmamento após uma desocupação completa de Israel, em contradição direta com o acordo, que prevê o desarmamento imediato do Hamas e uma retirada israelense em fases.

Imagem: g1.globo.com
Agenda de Encontros no Egito e Expectativas
O governo do Egito confirmou que sediará, na segunda-feira, dia 6, reuniões cruciais com as delegações de Israel e do Hamas. O objetivo central é discutir a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Steve Witkoff, o enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, também confirmou sua participação nesses encontros, reforçando o papel mediador de Washington no processo. O presidente Donald Trump, por sua vez, anunciou, na tarde de sábado, novos avanços nas tratativas, informando que Israel havia concordado com a primeira fase da retirada das tropas e chegando a publicar um mapa que ilustrava as novas posições a serem assumidas pelas Forças Armadas Israelenses. Trump garantiu que, assim que o Hamas confirmasse a adesão, um cessar-fogo imediato seria declarado, e a troca de prisioneiros e reféns teria início. A partir daí, seriam criadas as condições para a próxima etapa da retirada.
Apesar da atmosfera de esperança gerada pelos recentes desenvolvimentos, persistem muitas dúvidas acerca da efetiva conclusão do acordo, que poderá, eventualmente, selar o fim de um período de quase dois anos de intensos conflitos. Para entender o impacto global de acordos de paz internacionais, você pode consultar o site das Nações Unidas, que aborda iniciativas de paz em diversas regiões. O desfecho dessas negociações no Egito será decisivo para o futuro da região e para a estabilidade global.
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Este acompanhamento jornalístico detalha os pontos cruciais e os atores envolvidos nas tratativas para o plano de paz. Para mais informações e análises sobre política internacional e seus desdobramentos, continue explorando a seção de Política em nosso portal.
Crédito da imagem: Getty Images
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