O intercâmbio em 2026 se descortina com um leque de possibilidades que transcendem o tradicional foco nos Estados Unidos. O país norte-americano, além de apresentar custos elevados, tem intensificado suas restrições para estudantes estrangeiros, impulsionando a busca por alternativas mais vantajosas e experiências diversificadas. Neste cenário, nações na Europa e Oceania emergem como escolhas estratégicas para brasileiros que planejam estudar no exterior.
A decisão de qual destino escolher para um programa de estudos demanda um planejamento cuidadoso, que abrange tanto aspectos financeiros quanto pessoais. Denis Buzzi, Country Manager da EF Intercâmbios, enfatiza que a seleção não deve considerar apenas o idioma e a cultura local, mas também o orçamento do estudante. Buzzi destaca que o destino ideal é aquele que se alinha aos objetivos individuais, ao momento de vida e às prioridades de cada aluno.
Intercâmbio em 2026: Opções Além dos EUA Ganham Destaque
Enquanto os Estados Unidos continuam abrigando algumas das opções de intercâmbio mais onerosas, lugares como Malta, na Europa, e a Austrália, na Oceania, despontam com propostas mais acessíveis, sobretudo para programas de curta duração. Estas regiões oferecem um contraponto interessante à jornada tradicional de estudos no exterior, abrindo caminho para novas vivências e aprendizados.
Malta, um arquipélago europeu que faz parte da Zona do Euro, é frequentemente apontada no mercado educacional pela sua infraestrutura sólida e clima agradável. Embora a moeda local não seja um fator direto de economia para o estudante brasileiro que ganha em reais, a nação se destaca pela simplificação burocrática em alguns casos. Para programas de curta duração, que se estendem por até 90 dias, brasileiros geralmente não necessitam de visto de estudante, podendo ingressar no país apenas com um passaporte válido. Isso ocorre porque Malta integra o Espaço Schengen, uma área que permite a livre circulação de pessoas.
Contudo, é importante ressaltar uma mudança para quem busca o intercâmbio em Malta a partir de 2026: será preciso solicitar o ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem) antes da partida, tanto para Malta quanto para outros membros do Espaço Schengen. O ETIAS, no valor de 20 euros, não equivale a um visto, mas sim a uma autorização eletrônica com validade de três anos. Para compreender melhor os detalhes do ETIAS e preparar sua viagem, o site oficial da União Europeia é um recurso valioso e confiável, que fornece as informações mais atualizadas sobre o processo: Saiba mais sobre o ETIAS no site oficial da União Europeia.
Para estadias mais longas, que excedam os 90 dias, a solicitação de visto é necessária e pode ser feita já em Malta, com um custo aproximado de 106 euros para o visto de estudante. É fundamental lembrar que, ao optar por intermediar o processo por meio de agências no Brasil, podem incidir taxas adicionais administrativas ou de agendamento, que elevam o custo inicial total do planejamento.
A Austrália figura como outro destino alternativo aos Estados Unidos. Embora não seja conhecida por seus preços particularmente baixos ou por um câmbio favorável (o dólar australiano não facilita para o real), o país representa um destino cobiçado por muitos estudantes. Grandes metrópoles como Sydney, em particular, prometem uma experiência de intercâmbio de alto padrão. As formalidades burocráticas para o ingresso na Austrália, contudo, são menos simplificadas em comparação com Malta. Segundo a STB (Student Travel Bureau), independentemente da duração dos estudos no país, o estudante deve obrigatoriamente solicitar o Visto de Estudante (Student Visa – Subclass 500) antes do embarque.
O custo da taxa de aplicação para o visto australiano é de 2 mil dólares australianos, o que atualmente corresponde a aproximadamente R$ 7.242,47. Uma particularidade a ser observada é que, em caso de recusa do visto, o valor pago não é reembolsado, o que adiciona uma camada de risco ao processo. Após a consideração dos custos burocráticos, é possível focar nos valores inerentes ao intercâmbio em si. A EF Intercâmbios realizou simulações para programas de duas semanas em maio de 2026, com pacotes que incluem hospedagem em casa de família (com café da manhã e jantar de segunda a sexta, e todas as refeições nos fins de semana), um curso geral (26 aulas semanais de 40 minutos cada), material didático, seguro saúde e viagem internacional, além de seguro cancelamento. As passagens aéreas não foram incluídas nessas projeções.
As simulações da EF Intercâmbios revelam os seguintes custos a partir de:

Imagem: infomoney.com.br
- **Malta (Europa):** US$ 2.080 (equivalente a cerca de R$ 11.714,352 na cotação atual), acrescido do ETIAS: 20 euros (aproximadamente R$ 130).
- **Sydney (Austrália):** US$ 2.250 (equivalente a cerca de R$ 12.671,775 na cotação atual), acrescido do visto: 2 mil dólares australianos (cerca de R$ 7.250).
Para os intercambistas que priorizam a economia máxima e buscam vivências culturais singulares, o mercado oferece opções fora do circuito tradicional que se sobressaem pelo excelente custo-benefício. A Cidade do Cabo, na África do Sul, por exemplo, tem se consolidado como um destino atrativo para aprender inglês. A desvalorização do rand sul-africano em relação ao real brasileiro torna o custo de vida notavelmente mais acessível em comparação com destinos que utilizam o dólar ou o euro. Outra vantagem significativa deste local é a dispensa de visto para intercâmbios de até 90 dias (três meses), o que elimina custos e uma considerável parcela de burocracia do planejamento.
Se o objetivo for aprimorar o espanhol, a Costa Rica emerge como uma interessante alternativa na América Central, apresentando valores competitivos e desviando-se dos roteiros de intercâmbio tradicionalmente europeus. Similarmente à Cidade do Cabo, para estadias de estudo de curta duração, o brasileiro geralmente não precisa de visto para este destino. A EF Intercâmbios também forneceu tabelas comparativas para programas nestes destinos, nas mesmas condições dos pacotes de duas semanas em maio de 2026, conforme descrito anteriormente.
Os custos simulados, a partir de, são:
- **Cidade do Cabo (África do Sul):** US$ 2.010 (equivalente a cerca de R$ 11.320,119 na cotação atual), sem custos com taxas de visto para curtos períodos.
- **Costa Rica:** US$ 2.170 (equivalente a cerca de R$ 12.221,223 na cotação atual), também sem custos com taxas de visto para curtos períodos.
Estudar no exterior em 2026 se tornou uma experiência com múltiplas facetas, onde a escolha inteligente do destino pode fazer toda a diferença no custo-benefício e na riqueza da vivência. Países como Malta, Austrália, África do Sul e Costa Rica apresentam-se como opções robustas para o intercâmbio, cada qual com suas particularidades em termos de investimento e requisitos burocráticos. É fundamental analisar cada aspecto e buscar o programa que melhor se alinha aos seus objetivos e orçamento. O planejamento é a chave para o sucesso em qualquer jornada educacional internacional.
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Esta análise destaca a crescente diversificação para o intercâmbio em 2026, ressaltando que com pesquisa e planejamento, é possível encontrar a oportunidade ideal fora dos eixos mais óbvios. Para mais insights sobre planejamento financeiro, viagens e tendências educacionais, continue navegando em nossa editoria de Economia ou outras seções de nosso blog, e fique por dentro das últimas novidades e análises.
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