Um incêndio em voo da Air China provocou um desvio de rota e um pouso de emergência neste último sábado (18). O incidente, ocorrido a bordo do voo CA139, que seguia de Hangzhou, na China, com destino a Seul, na Coreia do Sul, teve como provável causa a combustão espontânea de uma bateria de lítio transportada na bagagem de mão de um passageiro. A rápida atuação da tripulação foi crucial para controlar a situação e garantir a segurança de todos a bordo.
As baterias de lítio, amplamente empregadas em uma gama crescente de dispositivos eletrônicos portáteis, como smartphones, tablets, laptops, câmeras digitais, drones, power banks e até mesmo veículos elétricos, são conhecidas por sua alta densidade energética e leveza. Contudo, essa característica, que permite armazenar grande quantidade de energia em pouco espaço, também as torna suscetíveis a eventos como a combustão espontânea sob certas condições.
Incêndio em Voo Air China por Bateria de Lítio Gera Pouso
A companhia aérea chinesa, através de um comunicado veiculado na plataforma Weibo, informou que a equipe de bordo do CA139 agiu prontamente. Após a detecção da fumaça e do foco de incêndio no compartimento de bagagem de mão, os procedimentos de emergência foram acionados, resultando na extinção bem-sucedida do fogo. A aeronave foi então desviada em segurança para o Aeroporto Internacional de Xangai-Pudong, localizado na China. É relevante destacar que, apesar da gravidade do ocorrido, nenhum passageiro ou membro da tripulação sofreu ferimentos durante o incidente.
Testemunhas a bordo registraram vídeos que circularam nas redes sociais, nos quais é possível observar fumaça densa emanando do compartimento superior da aeronave, acompanhada de evidentes sinais de alarme entre os passageiros. Até o momento, a Air China declarou não ter determinado se a bateria de lítio responsável pelo fogo estava acoplada a um aparelho eletrônico em funcionamento ou se se tratava de uma bateria avulsa, sem uso imediato, transportada na bagagem de mão.
Este acontecimento reforça as preocupações que já vinham pautando o setor da aviação civil. A China, por exemplo, implementou em junho restrições para o transporte de certas baterias portáteis a bordo de voos, motivada pelo aumento do risco de incêndios. Reguladores governamentais e companhias aéreas ao redor do mundo têm se tornado mais rigorosos na elaboração de diretrizes para o armazenamento e uso desses dispositivos, especificando os locais permitidos dentro da cabine e nos porões das aeronaves.
As regulamentações atuais na China preveem que passageiros em voos domésticos não podem transportar baterias portáteis que não possuam certificação de segurança chinesa. Contudo, as normas vigentes não abrangem as baterias removíveis, que são justamente o tipo apontado pela Air China como causador deste recente incidente. Esta distinção levanta debates sobre a efetividade das proibições e a necessidade de revisões contínuas nas políticas de segurança aérea.

Imagem: g1.globo.com
Após uma sequência de episódios envolvendo dispositivos com acumuladores de íons de lítio, várias companhias aéreas asiáticas, incluindo as da Coreia do Sul, Tailândia, Singapura, Taiwan e Hong Kong, adotaram medidas mais severas. Entre as restrições impostas, está a proibição de armazenar power banks e outros aparelhos eletrônicos alimentados por baterias de lítio nos compartimentos superiores de bagagem ou utilizá-los durante o voo. A determinação é que esses itens sejam mantidos sob o assento à frente do passageiro ou nos bolsos das poltronas, facilitando o acesso em caso de emergência.
Um caso notório que antecedeu o evento da Air China ocorreu em um voo da Air Busan, na Coreia do Sul. Na ocasião, um power bank desencadeou um princípio de incêndio antes mesmo da decolagem da aeronave, evidenciando que os riscos não se limitam apenas à fase de cruzeiro. A segurança do transporte aéreo de eletrônicos é uma prioridade, conforme demonstram as constantes revisões das normas por entidades reguladoras. Para entender mais sobre como as autoridades de aviação lidam com a segurança dos passageiros, saiba mais sobre as regras de transporte da ANAC em voos nacionais.
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O incidente da Air China serve como um lembrete crucial dos desafios associados à popularidade das baterias de lítio em nossa rotina e seu transporte em ambientes confinados como aeronaves. As empresas aéreas e as autoridades continuam aprimorando as diretrizes para garantir a máxima segurança dos viajantes. Mantenha-se informado sobre as últimas notícias e análises sobre segurança aérea e desenvolvimentos do setor, explorando mais conteúdos na nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: Petar Kujundzic/File Photo/Reuters e Reprodução/Redes Sociais


