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Incêndio na Serra de São José atinge 20% da área em MG

Um vasto incêndio que assola a Serra de São José, importante área de proteção ambiental em Minas Gerais, tem causado apreensão na região. Localizada estrategicamente entre as renomadas cidades históricas de Tiradentes e São João del Rei, a serra foi palco de chamas que, conforme estimativas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), já consumiram alarmantes […]

Um vasto incêndio que assola a Serra de São José, importante área de proteção ambiental em Minas Gerais, tem causado apreensão na região. Localizada estrategicamente entre as renomadas cidades históricas de Tiradentes e São João del Rei, a serra foi palco de chamas que, conforme estimativas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), já consumiram alarmantes 20% dos seus quase cinco mil hectares.

A devastação é perceptível de altitudes, com focos de calor visíveis em meio às formações rochosas características da paisagem mineira. Em uma verificação aérea realizada no início da tarde da última terça-feira (7) por meio de um equipamento Globocop, foi possível constatar a extensão das chamas e a fumaça que se propagou por múltiplos pontos da cadeia de montanhas, revelando a magnitude do ocorrido.

Incêndio na Serra de São José atinge 20% da área em MG

As consequências deste evento se estendem para além da paisagem, apresentando um risco significativo à biodiversidade local. O fogo ameaça de maneira severa ecossistemas vitais de Mata Atlântica e Cerrado, bem como inúmeras nascentes de água que são cruciais para a região. A preservação dessas fontes e espécies é essencial para o equilíbrio ecológico e o abastecimento hídrico dos arredores.

Em resposta à gravidade da situação, uma complexa operação de combate às chamas foi implementada. Equipes de terra enfrentam dificuldades no acesso direto a diversos pontos do incêndio devido ao terreno acidentado da serra. Para superar esse desafio, aeronaves têm desempenhado um papel fundamental, com dois aviões e um helicóptero dando suporte essencial aos trabalhos de controle e extinção do fogo.

O major Wantuir Neto, piloto da Polícia Militar, destacou a importância do apoio aéreo: “A gente transporta equipe, a gente faz lançamento de água com aquele equipamento, aquele bolsão de água”, explicou, ressaltando a logística aérea como meio indispensável para as intervenções em áreas de difícil acesso por via terrestre, agilizando o trabalho dos brigadistas e a mitigação do incêndio.

A situação gerou considerável preocupação entre os habitantes das comunidades localizadas nas proximidades das cidades históricas. Watila Ronan, vistoriador de veículos, expressou a ansiedade coletiva ao afirmar que “O fogo veio lambendo, e a gente tenta ajudar no máximo que a gente pode para situação não ficar pior”, refletindo o sentimento de solidariedade e esforço dos moradores frente à ameaça iminente.

O incêndio é classificado como um dos mais desafiadores da última década. Segundo o brigadista voluntário Gustavo Alves, “Está sendo desafiador. É um incêndio que a gente não tem desde 2014”, comparando-o a eventos de grande proporção do passado e indicando a necessidade de uma mobilização excepcional para contê-lo e prevenir danos ainda maiores à flora e fauna da Serra de São José.

Diante da proximidade das chamas a áreas residenciais no entorno da serra, uma força-tarefa foi rapidamente estabelecida, com a participação ativa da comunidade. Moradores se uniram aos esforços de combate, ajudando a criar barreiras e utilizando recursos disponíveis para tentar controlar a expansão do fogo. O empresário Felipe Tostes narrou a mobilização emergencial: “Na hora que a gente chegou a ver o fogo chegando, já juntamos os vizinhos e já pegamos mangueira. Todo mundo com baldes. Galera dentro da casa pegando água da piscina”, demonstrando o empenho coletivo em proteger suas propriedades e o ambiente.

As autoridades competentes seguem investigando as circunstâncias que levaram ao início deste devastador incêndio na Serra de São José. No entanto, Carolina Abreu, gerente do Refúgio Estadual Serra de São José, expressou sua convicção de que o incidente não foi acidental. Ela levantou a hipótese de um ato criminoso, fundamentando sua percepção na observação de como o fogo se manifestou na região.

A gerente explicou que a forma como os focos surgiram e se desenvolveram indica intencionalidade: “Ele foi criminoso porque foram colocados os focos aqui nessa parte mais perto do município, e depois os focos não tiveram continuidade. Então, a pessoa que colocou o fogo, ela colocou várias vezes”, detalhou Carolina Abreu, apontando para um padrão de ignições múltiplas e coordenadas, que diverge de incidentes naturais e reforça a linha investigativa de que o incêndio pode ter sido provocado.

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A Serra de São José continua sendo o foco das operações, com a força-tarefa atuando incansavelmente para erradicar as chamas e proteger o patrimônio natural. A extensão dos danos e as implicações futuras para a rica biodiversidade da região e para a comunidade de Tiradentes e São João del Rei ainda estão sendo avaliadas, mas a mobilização local e institucional é fundamental para a recuperação e para evitar que tragédias ambientais como esta se repitam. Continue acompanhando as últimas notícias sobre meio ambiente e temas de Cidades em nossa editoria.

Foto: Reprodução/TV Globo

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