A Defesa Civil de Presidente Prudente (SP) anunciou, nesta terça-feira (14), a solicitação formal para a lacração de um depósito clandestino de lixo e entulho, localizado na região do Parque Furquim. O pedido de interdição ocorre em virtude de um incêndio em lixão irregular em Presidente Prudente que atingiu o local desde o último domingo (12), resultando na emissão de densa fumaça que afetou múltiplos bairros da cidade e interrompeu atividades essenciais. Em paralelo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) confirmou a aplicação de multa ao proprietário do terreno, em decorrência das graves irregularidades ambientais.
Mesmo diante das precipitações pluviométricas que foram registradas durante o final de semana na área, a visibilidade foi seriamente comprometida por uma espessa camada de fumaça, que ainda persistia e se expandia pela manhã de terça-feira. Tal fenômeno climático e ambiental impôs a necessidade de suspensão temporária das aulas no Sesi Furquim, adotada como uma medida de segurança imprescindível para alunos e funcionários. O incidente ambiental não se restringiu à localidade do depósito, mas disseminou-se por amplas zonas residenciais e comerciais de Presidente Prudente, gerando uma onda de apreensão entre a população local.
As autoridades revelaram que o terreno em questão opera sem a devida permissão legal, acumulando um histórico de autuações e notificações por funcionamento inadequado ao longo do tempo. Uma minuciosa vistoria, realizada conjuntamente por fiscais da Cetesb e agentes da Defesa Civil, confirmou que o depósito não possui o alvará de funcionamento exigido e, além disso, recebia sistematicamente uma variedade de materiais de descarte proibidos, como detritos de construção civil e volumes significativos de terra proveniente de terraplanagens. Este complexo cenário de ilegalidade ambiental resultará no encaminhamento do caso ao Ministério Público, que conduzirá uma investigação aprofundada para verificar a ocorrência de possíveis crimes contra o meio ambiente. A autuação ao proprietário pela Cetesb reafirma a seriedade das violações das normas de gestão de resíduos.
Incêndio Lixão Irregular em Presidente Prudente Terá Área Lacrada
A natureza do fogo dificultou substancialmente as operações de controle, conforme elucidado por Luís Felipe Nogueira Floriano, coordenador da Defesa Civil. Em entrevista concedida à TV TEM, Floriano explicou que se trata de um incêndio do tipo subterrâneo, condição que impede a extinção tradicional das chamas e contribui significativamente para a prolongada liberação de fumaça. “Essa área não pode, em hipótese alguma, receber esse tipo de dejeto, tanto que estamos entrando em contato com os órgãos responsáveis da prefeitura, justamente para a gente interditar e fazer a lacração desse lugar. Esse incêndio é um incêndio atípico, de centro subterrâneo, onde não só o uso de água consegue controlar”, detalhou o coordenador, destacando a complexidade do combate e a indispensável necessidade de interdição do espaço.
Desde o dia 12 de maio, equipes multidisciplinares compostas pelo Corpo de Bombeiros, integrantes da Defesa Civil e membros da Secretaria Municipal de Agricultura de Presidente Prudente estão empenhadas na contenção do fogo. O esforço conjunto é direcionado para a mitigação dos impactos da combustão, que ocorre de maneira latente abaixo da superfície dos resíduos acumulados, e para a redução da intensidade da densa fumaça. De acordo com as análises preliminares da Defesa Civil, embora a fumaça seja considerável e cause incômodo, não foi constatado um risco direto iminente à saúde da população. A ausência de licença ambiental para as atividades desenvolvidas no depósito é um fator determinante para as medidas punitivas e de interdição em andamento.
As causas específicas que desencadearam o incêndio subterrâneo ainda permanecem sob investigação das autoridades competentes. Contudo, a prefeitura municipal reforçou a imperatividade de se combater a prática de queimadas irregulares. A administração alertou a comunidade de que provocar incêndios é tipificado como crime ambiental, acarretando penalidades severas, incluindo aplicação de multas substanciais e detenção, variáveis conforme a gravidade da infração. A colaboração da população é crucial, e denúncias sobre descartes inadequados e focos de incêndio podem ser efetuadas ligando para o número 156 da Prefeitura de Presidente Prudente ou para o 190 da Polícia Militar Ambiental, garantindo que as ilegalidades sejam prontamente investigadas.

Imagem: g1.globo.com
A persistência desse problema em Presidente Prudente sublinha a urgência de uma fiscalização ambiental robusta e de um gerenciamento rigoroso de resíduos sólidos. Incidente como este revela os perigos iminentes à saúde pública e ao ecossistema quando há desrespeito às regulamentações ambientais. A mobilização coordenada das esferas governamentais e a ativa participação da sociedade civil são fundamentais para promover práticas sustentáveis e assegurar o bem-estar dos habitantes. As ações legais e de contenção que se seguirão a este episódio serão vitais para inibir novas ocorrências e para fomentar um ambiente mais saudável e seguro na cidade.
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Este incidente em Presidente Prudente reforça a necessidade de se manter informado sobre as questões urbanas e ambientais que afetam nossa vida. Para continuar explorando notícias e análises sobre temas que moldam o cotidiano de nossas comunidades, convidamos você a acessar nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Emerson Sanchez/TV TEM
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