Idoso Aguarda Transferência Hospitalar Urgente em São Luís

A transferência hospitalar de um idoso em São Luís está sendo alvo de preocupação por parte da família após um período de internação que ultrapassa um mês. Elizabeto Ramalho Ribeiro, de 79 anos, necessita urgentemente ser encaminhado para uma unidade de alta complexidade a fim de passar por um procedimento cirúrgico crucial para sua saúde. A situação se agrava com o descumprimento de uma determinação judicial que já havia concedido o direito ao paciente.

Desde que veio do município de Pinheiro, no interior do Maranhão, para a capital São Luís, Elizabeto já contabiliza 37 dias internado no Hospital da Ilha. Ele chegou à cidade com o propósito inicial de se submeter a uma cirurgia na próstata. No entanto, após a realização deste procedimento no Hospital Aquiles Lisboa, o quadro de saúde do idoso se complicou com intercorrências na uretra, exigindo uma nova intervenção cirúrgica de natureza delicada.

Idoso Aguarda Transferência Hospitalar Urgente em São Luís

A intervenção agora demandada por Elizabeto exige recursos de uma unidade de saúde de alta complexidade. O Hospital Carlos Macieira, também localizado na capital maranhense, foi identificado como o local apropriado para a cirurgia de acompanhamento, dadas as condições específicas do paciente. No entanto, mesmo com o diagnóstico e a necessidade premente, a transferência não se concretizou até o momento, deixando a família em um estado de apreensão e o idoso em uma situação vulnerável.

Familiares de Elizabeto Ramalho Ribeiro expressaram profunda angústia com o tratamento que tem sido dispensado ao idoso. Eles relatam que, mesmo diante de um diagnóstico de infecção – informação que, segundo a família, foi confirmada pela própria equipe do Hospital da Ilha – houve um movimento da unidade hospitalar em cogitar a alta do paciente. Essa possibilidade levanta sérias preocupações, especialmente porque o idoso é proveniente de um povoado de Pinheiro, onde a estrutura de suporte e acesso a recursos médicos é significativamente limitada, inviabilizando um cuidado domiciliar adequado em caso de uma condição tão complexa.

Diante do impasse e da preocupação com a saúde de Elizabeto, a família decidiu buscar apoio na Justiça do Maranhão. O sistema judiciário respondeu rapidamente à solicitação, emitindo uma liminar que estabelecia um prazo de 48 horas para que a transferência do idoso fosse efetuada para o Hospital Carlos Macieira. Entretanto, para o desespero dos familiares e do próprio paciente, esse período estipulado pela Justiça já expirou sem que a ordem fosse cumprida, deixando Elizabeto Ramalho Ribeiro em uma espera prolongada e sem perspectiva de resolução.

Sebastiana do Rosário, enfermeira e membro da família, expressou a gravidade da situação em uma declaração à imprensa. Ela destacou a incongruência entre a alegação do Hospital da Ilha de uma infecção grave e a intenção de conceder alta, afirmando que essa decisão colocaria a vida de Elizabeto em risco, especialmente pela carência de recursos na localidade de origem. “O Hospital da Ilha diz que vai dar alta e levar ele para casa, mas ele é do interior, de um povoado em Pinheiro, e a preocupação da gente é que lá ele não tem recurso. E eles alegam que ele tem uma infecção grave e mesmo assim eles disseram que vão dar alta para ele, para ele ir pra casa aguardar uma cirurgia eletiva depois de 37 dias internado”, enfatizou Rosário, evidenciando o dilema enfrentado pela família e o paciente.

A decisão judicial não apenas impõe a intimação do Município de São Luís, mas também do Estado, reiterando a responsabilidade de ambos os entes federativos em garantir o direito fundamental à saúde do cidadão. O atraso na execução da ordem judicial destaca os desafios enfrentados pelo sistema de saúde e as frequentes barreiras que pacientes e suas famílias encontram ao buscar acesso a tratamentos adequados, um cenário que o Sistema Único de Saúde (SUS) busca constantemente otimizar para atender a demanda populacional.

Elizabeto, o paciente em questão, manifestou pessoalmente seu temor e receio quanto à possibilidade de receber alta do Hospital da Ilha antes que sua cirurgia no Hospital Carlos Macieira seja realizada. Ele teme um agravamento de seu quadro de saúde e deseja resolver a questão cirúrgica antes de retornar para casa. “Eu não quero voltar para lá sem que faça a minha cirurgia. Pela idade que eu tô e os tempos que passei aqui, já era para estar feito. E aí, tenho medo de piorar”, disse o idoso, evidenciando a fragilidade de sua condição e a esperança de um tratamento adequado.

Em relação ao ocorrido e à demanda judicial para a transferência de Elizabeto Ramalho Ribeiro, tanto a Prefeitura de São Luís quanto o Governo do Maranhão foram procurados para se manifestarem sobre a situação. Até o momento, no entanto, ambas as esferas governamentais não emitiram qualquer posicionamento ou comunicado oficial acerca do caso, mantendo a indefinição e a preocupação em torno do paciente e seus familiares.

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A luta de Elizabeto Ramalho Ribeiro e sua família por uma transferência hospitalar e o direito a um tratamento adequado em São Luís ressalta as complexidades do sistema de saúde pública no Brasil, onde decisões judiciais muitas vezes são necessárias para garantir o acesso a serviços básicos. Continue acompanhando em nossa editoria de Cidades e Saúde para mais atualizações sobre casos como este e outras notícias relevantes para o bem-estar da população.

Crédito da imagem: Foto: Reprodução/TV Mirante