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IA Revoluciona Descoberta de Novos Antibióticos Contra Superbactérias

A pesquisa com **Inteligência Artificial Revoluciona a Descoberta de Novos Antibióticos Contra Superbactérias**, marcando um avanço significativo na medicina moderna. O fenômeno da resistência bacteriana a antibióticos, considerado uma das maiores ameaças à saúde pública mundial, está encontrando uma resposta poderosa por meio da ciência, especificamente na aplicação de algoritmos avançados. No prestigiado Instituto de […]

A pesquisa com **Inteligência Artificial Revoluciona a Descoberta de Novos Antibióticos Contra Superbactérias**, marcando um avanço significativo na medicina moderna. O fenômeno da resistência bacteriana a antibióticos, considerado uma das maiores ameaças à saúde pública mundial, está encontrando uma resposta poderosa por meio da ciência, especificamente na aplicação de algoritmos avançados. No prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), localizado nos Estados Unidos, cientistas estão empregando a IA para catalisar uma era inédita no desenvolvimento de fármacos.

Esta pesquisa, que tem o potencial de oferecer um novo e decisivo passo no combate contra bactérias resistentes, ganhou destaque nacional na televisão em reportagem veiculada no programa Fantástico no domingo, 21 de maio. A gravidade da situação é alarmante: na ausência de novos medicamentos eficazes, projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que infecções causadas por superbactérias podem ser responsáveis pela morte de aproximadamente 10 milhões de pessoas por ano no mundo até o ano de 2050. Este número alarmante superaria, inclusive, a mortalidade anual atribuída ao câncer.

IA Revoluciona Descoberta de Novos Antibióticos Contra Superbactérias

A ameaça imposta pelas superbactérias é uma realidade tangível, ilustrada por casos como o de Alexis Williams, uma jovem de 23 anos. Enquanto desfrutava de um período de lazer em um hotel em Ann Arbor, Michigan, ao lado de seus primos, Alexis sofreu um corte na perna após utilizar a piscina. Ela descreveu a piscina como “normal” e sem aparentes sinais de contaminação ou problemas. Contudo, nas 24 horas subsequentes ao contato com a água, Alexis começou a sentir uma dor intensa e progressiva, que a incapacitou de caminhar sem assistência, sendo preciso ser carregada. Seus primos também apresentaram sintomas de mal-estar.

No ambiente hospitalar, Alexis foi diagnosticada com a bactéria MRSA, uma cepa de *Staphylococcus aureus* conhecida por sua resistência ao antibiótico meticilina. Esta bactéria que infectou Alexis foi uma das precursoras no reconhecimento do grupo conhecido como superbactérias. Atualmente, a jovem ainda depende do apoio de sua mãe para sua locomoção, enquanto a família atribui a responsabilidade da infecção ao hotel, alegando uma desinfecção inadequada da piscina.

O Esforço do MIT em Busca de Soluções Efetivas

Aproximadamente mil quilômetros de distância do local onde Alexis foi infectada, na região de Boston, pesquisadores do MIT estão dedicados à incessante busca pela “receita perfeita” para a erradicação dessas superbactérias. O processo começa com o recebimento de amostras de bactérias que demonstraram resistência a um ou mais tipos de antibióticos, as quais são fornecidas pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA. Após a chegada desse material biológico, proveniente de humanos e animais contaminados, ao laboratório, os cientistas o submetem a uma bateria de testes utilizando compostos químicos. Todos os resultados, sejam eles positivos ou negativos, são meticulosamente enviados a um sistema computacional.

É precisamente nesse estágio que a Inteligência Artificial desempenha seu papel crucial. A IA capacita os pesquisadores a projetar novos compostos com base na vasta quantidade de dados recebidos e processados. Utilizando algoritmos sofisticados, o sistema conseguiu projetar mais de 36 milhões de potenciais compostos. Destes, os pesquisadores obtiveram sucesso em testar as propriedades antimicrobianas da maioria, chegando a 24 milhões de substâncias avaliadas. Este método representa uma revolução temporal: enquanto a criação de uma única molécula podia levar até dois anos antes da implementação da IA, com a tecnologia, esse processo agora se conclui em questão de dias. A complexidade e a duração inerentes à descoberta de medicamentos, que frequentemente se estende por anos, são as principais motivações para que os pesquisadores procurem “criar modelos que ajudem a encurtar esse processo”, conforme esclarece a pesquisadora Aarti Krishnan.

No laboratório, foram empregados dois sistemas distintos de IA para essa finalidade:

  • Na primeira abordagem, os algoritmos foram programados para conceber substâncias partindo de um fragmento químico que já havia exibido atividade antimicrobiana. O objetivo específico era identificar uma substância capaz de combater a bactéria responsável pela gonorreia, uma doença sexualmente transmissível.
  • A segunda abordagem concedeu maior autonomia aos algoritmos, permitindo que gerassem novas moléculas de forma independente, sem a necessidade de fragmentos específicos como ponto de partida. Este sistema foi focado na busca de uma formulação eficaz para neutralizar o *Staphylococcus Aureus* (MRSA), a mesma bactéria que afetou Alexis Williams e que causa infecções cutâneas ou pneumonia.

Futuro da IA na Medicina e o Legado de Alexander Fleming

Jim Collins, renomado professor de Engenharia Médica e Ciência no MIT, explica o processo futuro das substâncias mais promissoras: “no nosso laboratório, nós fomos capazes de desenvolver, criar e testar em laboratório. Depois fomos para os camundongos. Agora precisamos ver quais são as substâncias mais promissoras e avançar para os testes clínicos em humanos”, afirmou. Collins manifesta um forte otimismo, acreditando que a Inteligência Artificial tem o potencial de inaugurar uma “segunda era de ouro dos antibióticos”.

IA Revoluciona Descoberta de Novos Antibióticos Contra Superbactérias - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Para o professor, a tecnologia não é apenas uma ferramenta significativa, mas um verdadeiro farol de esperança, que atrai tanto jovens pesquisadores quanto líderes internacionais para intensificar a batalha global contra as superbactérias. Para compreender a magnitude da resistência antimicrobiana, é fundamental revisitar informações da Organização Mundial da Saúde, que alertam sobre a urgente necessidade de novas abordagens.

A história da medicina nos ensina lições valiosas: quase um século após Alexander Fleming ter descoberto a penicilina em 1928, um evento que deu início à “era de ouro” dos antibióticos em 1945, o alerta emitido por ele sobre o risco do uso inadequado de tais medicamentos levar à resistência foi plenamente confirmado. Atualmente, o combate a essa ameaça global continua, mas agora na velocidade dos algoritmos, explorando milhares de novas possibilidades geradas pela Inteligência Artificial.

MIT Michigan ONU

Confira também: artigo especial sobre redatorprofissional

Este artigo destaca a fundamental colaboração entre Inteligência Artificial e a medicina na urgente missão de encontrar novas formas de combate às superbactérias. Compreender esses avanços é crucial para o futuro da saúde global. Para mais notícias e análises sobre avanços científicos e saúde pública, continue explorando nossa editoria em https://horadecomecar.com.br/analises/.

Crédito da imagem: iStock/Getty Images

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