Homicídio em Manacapuru: Irmã contratou pistoleiro

As investigações sobre o brutal homicídio em Manacapuru de Aline Thayane de Oliveira Azevedo, de 24 anos, apontam para um cenário estarrecedor: a própria irmã da vítima teria sido a mandante do crime. A Polícia Civil e Militar do Amazonas deflagraram a primeira fase da Operação 1 João 3:12, que resultou na detenção de um homem de 47 anos, peça-chave no suporte logístico para a execução da jovem.

Aline Thayane foi assassinada a tiros na frente de sua filha, de apenas 7 anos de idade, na quinta-feira (25), na cidade de Manacapuru, localizada a 68 quilômetros da capital Manaus. A rápida atuação das autoridades permitiu a prisão do suspeito poucas horas após o incidente. Os desdobramentos conduzidos pela Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Manacapuru indicaram que Gabriela Alves Braga, de 24 anos, irmã de Aline, e Raimundo Nonato Lopes Freire, cunhado da vítima, orquestraram o assassinato.

Homicídio em Manacapuru: Irmã Contratou Pistoleiro

De acordo com o delegado John Castilho, a motivação para a trama criminosa reside na suspeita de que Aline estaria mantendo um relacionamento extraconjugal com o companheiro de Gabriela. Este desconfiança levou a irmã a planejar a execução da vítima, contratando criminosos para realizar o ato. As autoridades identificaram quatro pessoas diretamente envolvidas na articulação e concretização do crime:

• Gabriela Alves Braga (24 anos): Irmã de Aline Thayane e a principal mandante do homicídio.
• Raimundo Nonato Lopes Freire (22 anos): Companheiro de Gabriela e co-mandante do crime.
• Carlos José da Silva Barbosa (22 anos): O executor direto, contratado para atirar em Aline.
• Homem de 47 anos: Priso em flagrante, responsável pelo apoio logístico, que conduziu o veículo e forneceu suporte ao atirador.

O inquérito revelou que o indivíduo de 47 anos detido teve papel crucial na dinâmica do crime, sendo o motorista do carro empregado na ação e proprietário do mesmo. Gabriela, a mandante, teria efetuado um pagamento de R$ 2,5 mil ao condutor pela sua participação. Por sua vez, Carlos José da Silva Barbosa, o atirador, não recebeu valores em dinheiro, mas teve dívidas relacionadas ao tráfico de drogas perdoadas. Há ainda indícios de que o casal Gabriela e Raimundo Nonato esteja envolvido em atividades de narcotráfico, o que intensifica a complexidade da investigação.

Os detalhes do dia do homicídio indicam um planejamento macabro. Os envolvidos aguardaram a vítima nas imediações de sua residência, dentro de um automóvel modelo Fiat Siena. Para não despertar suspeitas, simulavam leitura de um livro intitulado “10 Requisitos Necessários para Alguém ir ao Céu”. Quando Aline e sua filha de 7 anos saíram da casa, Carlos José agiu, disparando os tiros fatais. Em seguida, ele retornou rapidamente ao veículo e empreendeu fuga com o cúmplice em direção à capital Manaus. A eficácia da investigação policial foi fundamental para a identificação do carro utilizado no atentado, bem como de seus ocupantes e demais pessoas envolvidas na cadeia criminosa.

O avanço das diligências, conforme detalhado pelo delegado responsável, foi vital para rastrear os criminosos. Informações cruciais compartilhadas entre a Polícia Civil e a Polícia Militar confirmaram que o veículo usado no homicídio já estava em Manaus. Diante disso, foi solicitada a colaboração da equipe das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) para realizar a abordagem e prender o condutor.

O capitão Wilkens, da Rocam, relatou que no dia do ocorrido, as equipes receberam detalhes sobre o homicídio em Manacapuru e a possível localização do veículo em Manaus. “Conduzimos a abordagem no bairro Coroado, na zona leste da cidade, e dentro do veículo encontramos o homem identificado como proprietário e motorista do carro usado no crime”, explicou o capitão. Após a prisão, o suspeito foi conduzido à delegacia para as providências cabíveis, sendo autuado em flagrante por homicídio qualificado e associação criminosa. A Justiça, então, decretou sua prisão preventiva, mantendo-o à disposição do Poder Judiciário para prosseguir com o processo.

Imagem: g1.globo.com

Atualmente, as autoridades de segurança pública continuam buscando pelos demais envolvidos na ação criminosa. Mandados de prisão preventiva foram emitidos pela Justiça contra Gabriela Alves Braga, a irmã e mandante do crime; Raimundo Nonato Lopes Freire, o cunhado e co-mandante; e Carlos José da Silva Barbosa, o executor. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) solicita à população que, caso possua qualquer informação relevante sobre o paradeiro desses foragidos, entre em contato através dos seguintes canais:

• DIP Manacapuru: (92) 99517-0201
• PC-AM: 197 ou (92) 3667-7575
• SSP-AM: 181

A identidade de quem realizar as denúncias será estritamente mantida em sigilo, garantindo a segurança do informante. A cooperação da sociedade é essencial para a captura dos indivíduos e para a elucidação completa do caso que chocou a comunidade amazonense.

A atuação das forças de segurança, nesse combate ao crime no Amazonas, tem sido crucial para trazer justiça. As investigações sobre o brutal assassinato de Aline Thayane seguem ativas, reforçando o compromisso das autoridades com a punição dos envolvidos e a manutenção da ordem pública em Manacapuru. A comunidade aguarda o desfecho final deste doloroso episódio. Para ficar por dentro de mais notícias e desenvolvimentos na região, continue acompanhando nossa editoria de cidades.

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Este triste evento é mais um lembrete da importância do trabalho investigativo para desvendar crimes complexos. As operações policiais no Amazonas são contínuas na busca pela justiça. Para saber mais sobre outras ocorrências e as últimas novidades que afetam as cidades da região, visite nossa editoria de Cidades.

Foto: Divulgação/PC-AM