Um homem foi preso em Santo Antônio do Aracanguá, no interior de São Paulo, na quinta-feira, 23 de maio. Ele é acusado de um ato de extrema crueldade contra animais: cortar a perna do próprio cachorro utilizando uma faca de cozinha. A ocorrência, que chocou a comunidade local, resultou na prisão em flagrante do indivíduo, que já era conhecido pelas autoridades por outro incidente notável envolvendo escorpiões.
A Polícia Civil identificou o suspeito como Cláudio Roberto Matumoto Barbosa. Sua detenção se deu após uma sequência de eventos iniciada na noite da quarta-feira, 22 de maio, quando Cláudio Roberto tentou adquirir um anestésico em uma farmácia. De acordo com informações policiais, ele teria declarado aos funcionários que a substância seria usada para realizar uma “cirurgia” no animal de estimação, alegando que o cão havia se ferido em uma briga com outro cachorro.
Homem Preso Por Cortar Perna de Cachorro com Faca em SP
Diante da inusitada solicitação e do contexto relatado, os profissionais da farmácia prudentemente recusaram a venda do medicamento e imediatamente acionaram a Polícia Militar. A corporação respondeu ao chamado, dirigindo-se à residência de Cláudio Roberto ainda na quarta-feira. Contudo, em uma primeira avaliação, os policiais não identificaram irregularidades aparentes que justificassem uma ação mais contundente naquele momento.
A situação ganhou um novo e alarmante desdobramento na manhã da quinta-feira. Uma Organização Não Governamental (ONG) dedicada à defesa e proteção de animais foi notificada sobre a conduta suspeita e, agindo em prol da vida animal, prontamente comunicou o ocorrido à Vigilância Sanitária municipal. Uma equipe da Vigilância, acompanhada por representantes da ONG, deslocou-se até a residência do homem. Lá, depararam-se com uma cena desoladora: o cachorro estava com a perna gravemente cortada e apresentava sangramento profuso, confirmando as suspeitas de maus-tratos severos.
Com a constatação dos fatos, Cláudio Roberto Matumoto Barbosa foi preso em flagrante no mesmo dia. Devido à natureza do crime, não houve direito à fiança, e o acusado permanecerá sob custódia. Ele poderá enfrentar acusações pelo crime de maus-tratos a animais, cuja legislação prevê pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e a proibição da guarda de novos animais.
O cão, vítima da agressão, foi levado a atendimento veterinário. Lamentavelmente, os profissionais que examinaram o animal concluíram que ele havia perdido uma quantidade crítica de sangue. Diante da irreversibilidade dos ferimentos e da gravidade de seu estado, foi necessária a eutanásia para poupar o sofrimento do cachorro, conforme atestado pelos veterinários responsáveis pelo caso.
Imagem: g1.globo.com
Este não é o primeiro registro de Cláudio Roberto Matumoto Barbosa nos anais policiais. Ele já possuía antecedentes. Em abril de 2024, pouco mais de um mês antes do incidente com o cachorro, o mesmo homem protagonizou uma cena chocante ao arremessar uma dezena de escorpiões contra as funcionárias do Centro de Saúde de Santo Antônio do Aracanguá. Na ocasião, o agressor teria se irritado com o atendimento prestado, apanhou uma caixa e despejou os aracnídeos vivos sobre as profissionais de saúde.
O incidente com os escorpiões foi amplamente documentado por câmeras de segurança instaladas no local, as imagens revelaram o momento em que Cláudio Roberto, após uma breve interação no balcão, jogava os animais peçonhentos em direção às atendentes. Embora nenhuma das funcionárias tenha se ferido diretamente no ataque, o episódio causou grande perturbação e medo. Um boletim de ocorrência foi registrado à época. O caso, porém, foi arquivado após o acusado aceitar um acordo judicial, que consistiu na doação de duas cestas básicas para uma instituição social localizada na cidade vizinha de Araçatuba, em São Paulo.
Os eventos reiterados com Cláudio Roberto Matumoto Barbosa evidenciam a complexidade e a necessidade de atenção contínua aos casos de violência e comportamento agressivo. O mais recente episódio, envolvendo a cruel agressão a um animal de estimação, acende o alerta para a importância da vigilância social e da atuação rigorosa das autoridades e organizações de proteção animal. O caso de maus-tratos se alinha com discussões mais amplas sobre a proteção animal, matéria regida, por exemplo, pela Lei nº 9.605/98 sobre crimes ambientais, que visa coibir condutas prejudiciais ao meio ambiente e aos seres vivos.
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Este trágico acontecimento reforça a urgência de combater os maus-tratos contra animais e de promover a conscientização sobre o respeito à vida. Acompanhe mais notícias sobre segurança e legislação em nosso portal para ficar informado. Para mais informações sobre temas de segurança e a atuação policial em Cidades do estado, explore outras notícias sobre segurança urbana em nosso portal.
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