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Vítima de Golpe em Falsa Entrevista de Emprego Tem Dados Roubados

TÍTULO: Vítima de Golpe em Falsa Entrevista de Emprego Tem Dados Roubados SLUG: golpe-falsa-entrevista-emprego-dados-roubados META DESCRIÇÃO: Francielli Kretchmer, 41, foi vítima de **golpe em falsa entrevista de emprego**, tendo seus dados e biometria facial utilizados para financiar um carro de R$ 180 mil. Saiba como evitar. Uma falsa proposta de emprego transformou-se em um pesadelo […]

TÍTULO: Vítima de Golpe em Falsa Entrevista de Emprego Tem Dados Roubados
SLUG: golpe-falsa-entrevista-emprego-dados-roubados
META DESCRIÇÃO: Francielli Kretchmer, 41, foi vítima de **golpe em falsa entrevista de emprego**, tendo seus dados e biometria facial utilizados para financiar um carro de R$ 180 mil. Saiba como evitar.

Uma falsa proposta de emprego transformou-se em um pesadelo financeiro para Francielli Kretchmer, de 41 anos. Em uma armadilha sofisticada, a mulher teve seus dados pessoais e até mesmo a biometria facial capturados, resultando no financiamento indevido de um veículo no valor de R$ 180 mil em seu nome. A fraude destaca os riscos crescentes no ambiente digital, onde cibercriminosos aprimoram táticas para enganar desempregados e cidadãos em busca de oportunidades.

A situação de Francielli Kretchmer, 41, expõe uma grave modalidade de estelionato que utiliza a engenharia social e a tecnologia para causar danos significativos às vítimas. O incidente ocorreu em meio à busca por recolocação profissional, evidenciando como a vulnerabilidade em momentos de necessidade pode ser explorada por golpistas.

Vítima de Golpe em Falsa Entrevista de Emprego Tem Dados Roubados

A sequência dos eventos teve início quando Francielli Kretchmer, em sua jornada por um novo posto de trabalho, deparou-se com uma promissora oportunidade divulgada no LinkedIn. Tratava-se de um convite para uma entrevista presencial, aparentemente emitido por uma agência de Recursos Humanos. Um indivíduo, que se identificava como recrutador, a contatou através de uma plataforma de mensagens, propondo uma vaga de assistente financeiro. A oferta se destacava não apenas pela função, mas também pelos atrativos e numerosos benefícios listados pela suposta empresa.

A candidata, então, aceitou a proposta e dirigiu-se ao endereço fornecido. Ao chegar ao local, foi recebida por uma recepcionista e orientada a aguardar. A todo momento, as características do ambiente — a presença de placas identificando um escritório de RH e cadeiras dispostas para atendimento — contribuíram para a sensação de normalidade. Ela inclusive escutou conversas da recepcionista que, ao telefone, aparentava realizar negociações, o que reforçava a autenticidade do espaço e do serviço. Em nenhum momento a vítima desconfiou de qualquer irregularidade.

Após uma espera de aproximadamente meia hora, Francielli foi convidada para uma sala anexa, onde a mesa estava coberta por currículos. A entrevista prosseguiu de maneira aparentemente convencional. O recrutador, bastante comunicativo, abordou temas usuais, como experiências profissionais prévias. Além das perguntas, ela recebeu um formulário para preencher e uma folha com questões de interpretação de texto, replicando um processo seletivo comum em diversas empresas. Foi durante este processo que uma solicitação aparentemente inocente pavimentou o caminho para a fraude.

Em um dado ponto da conversa, o suposto recrutador solicitou permissão para tirar uma fotografia da entrevistada. A justificativa apresentada era que a imagem seria necessária para a etapa subsequente do processo seletivo, que envolveria uma comunicação direta com o gerente da empresa — cujo nome permanecia sigiloso. Essa omissão, segundo Francielli, não gerou desconfiança imediata, uma vez que ela já havia vivenciado situações similares em seus dois empregos anteriores, onde a identidade do contratante final era revelada apenas em etapas avançadas do recrutamento.

Pouco tempo após o término da entrevista, que durou cerca de uma hora, Francielli foi informada de que sua segunda etapa já estava agendada, com data e hora definidas. As informações detalhadas seriam enviadas por meio de um aplicativo de mensagens. Entretanto, o que ela recebeu no dia seguinte foi uma notificação alarmante em seu celular: um aviso de financiamento aprovado. Os boletos, com valores que superavam os R$ 2 mil, referiam-se à compra de um veículo.

Ao se deparar com a situação, a mulher contatou imediatamente a gerente de seu banco. Foi neste contato que ela soube que não era a única vítima. A gerente informou que outra pessoa acabara de sair da agência relatando exatamente a mesma ocorrência, confirmando que se tratava de um **golpe financeiro** de proporções preocupantes.

Investigação Policial e Desfecho para a Vítima

Diante da gravidade da fraude, Francielli Kretchmer registrou um boletim de ocorrência, passo fundamental para reverter a situação. Graças à sua ação rápida e à investigação da Polícia Civil, foi possível cancelar o financiamento indevido de seu nome, evitando um prejuízo de R$ 180 mil. As autoridades policiais, agindo em resposta a casos semelhantes, lograram êxito em prender dois indivíduos, de 25 e 28 anos de idade. A prisão, em flagrante, ocorreu no dia 29 de setembro, sob acusação dos crimes de estelionato e associação criminosa. No total, sete pessoas haviam sido enganadas pelos mesmos criminosos.

Vítima de Golpe em Falsa Entrevista de Emprego Tem Dados Roubados - Imagem do artigo original

Imagem: noticias.uol.com.br

Alerta de Especialistas: Como Evitar Cair em Golpes com Biometria Facial e Dados Pessoais

O incidente com Francielli sublinha um risco cada vez mais presente no ambiente digital: a exploração de uma simples fotografia e de dados básicos como CPF e endereço para consumar fraudes complexas. Alexander Coelho, advogado sócio do Godke Advogados e renomado especialista em Direito Digital, Proteção de Dados e Cibersegurança, esclarece que a facilidade na coleta de informações online, aliada a avanços em tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial, permite aos criminosos simular validações de cadastros e o uso de biometria para acessar serviços bancários. Em um contexto onde processos como o “Know Your Customer” (KYC) são digitalizados e instituições financeiras se baseiam em selfies para liberar crédito, uma imagem pode ser literalmente utilizada para financiar um carro em nome de alguém sem seu consentimento.

Para o especialista, é imperativo que os indivíduos adotem uma série de cautelas para se protegerem contra esse tipo de estelionato digital. Promessas de salários muito acima da média de mercado ou uma profusão de benefícios exagerados devem, invariavelmente, acender um sinal de alerta nos candidatos a vagas de emprego.

Medidas Preventivas Essenciais para Cidadãos e Candidatos a Vagas:

  • Verificação da Legitimidade da Empresa: Antes de qualquer interação, o candidato deve conduzir uma investigação rigorosa sobre a suposta empresa. É fundamental checar o CNPJ em órgãos oficiais, visitar o site oficial para garantir que seja autêntico e não uma página falsa, e analisar a presença e reputação nas redes sociais. A ausência de informações claras ou sinais de irregularidade são indícios de fraude.
  • Cautela na Entrega de Documentos Pessoais: Documentos importantes, sejam eles impressos ou digitais, jamais devem ser entregues indiscriminadamente. O compartilhamento por plataformas de mensagem como WhatsApp ou por e-mail, sem garantia de segurança e criptografia robusta, é especialmente perigoso. Instituições sérias solicitam documentos apenas em fases avançadas do processo, e por meios seguros e comprovados.
  • Evitar Fotografias em Ambientes Suspeitos: Recomenda-se veementemente que fotos “ao acaso” sejam recusadas em locais que geram estranheza, tais como agências improvisadas, espaços de coworking desconhecidos ou quaisquer outros ambientes onde haja uma “exigência” incomum de fotos para cadastros. O objetivo desses golpistas é capturar a imagem facial para uso indevido em validações biométricas.
  • Nunca Compartilhar Selfies para Cadastros Bancários não Verificados: Uma das mais graves precauções é nunca compartilhar selfies com a finalidade de cadastro bancário ou de outros serviços financeiros através de links não verificados ou canais duvidosos. Instituições financeiras sérias possuem canais oficiais e rigorosos para a coleta de dados e biometria, geralmente vinculados a aplicativos seguros. Para aprofundar seu conhecimento sobre as diversas faces do crime cibernético e como se defender, a Polícia Civil tem divulgado guias de prevenção para auxiliar a população no combate aos **golpes financeiros**. Acesse aqui para saber mais sobre prevenção de golpes.
  • Questionar o Propósito da Coleta de Dados e Fotos: Caso uma entrevista demande a apresentação de uma foto do rosto ou de documentos pessoais, é crucial questionar o recrutador sobre a finalidade específica dessas informações, onde elas serão armazenadas e qual a política de privacidade da empresa a respeito desses dados sensíveis. Se a resposta for vaga, inconsistente ou parecer ensaiada, o ideal é interromper o processo e se retirar do local para garantir a integridade da identidade.

Ação Após a Vitimização e Responsabilidade Legal

Para quem, infelizmente, já foi alvo de um **golpe em falsa entrevista de emprego** ou qualquer outro tipo de fraude digital, a primeira medida é procurar imediatamente a polícia e registrar um boletim de ocorrência (B.O.). Esse registro é fundamental para iniciar a investigação e documentar a fraude.

Alexander Coelho ressalta que a jurisprudência brasileira, consolidada inclusive pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entende que a responsabilidade por golpes de terceiros, como este de que Francielli foi vítima, recai sobre a instituição financeira. Isso ocorre sob o entendimento de que a fraude se configura como um “fato exclusivo de terceiro”, e o consumidor não pode ser penalizado por uma falha de segurança no sistema bancário. Assim, cabe à vítima buscar legalmente a exclusão da dívida e, quando pertinente, solicitar uma indenização por danos morais, desde que consiga comprovar judicialmente que não realizou a contratação do serviço.

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O caso de Francielli Kretchmer serve como um lembrete crucial dos perigos à espreita no ambiente digital e da importância da vigilância ao lidar com propostas de emprego e compartilhamento de dados pessoais. É vital adotar práticas de segurança rigorosas e estar atento aos sinais de fraude. Continue explorando nossos conteúdos para mais análises e dicas sobre economia, segurança e direitos do consumidor em nossa editoria de análises.

Crédito da imagem: Arquivo pessoal

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