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Fundo Patrimonial USP: Modelo de Sustentabilidade para a Educação

O Fundo Patrimonial da USP (Universidade de São Paulo) representa um modelo promissor de sustentabilidade e autonomia para as instituições públicas de ensino no Brasil, conforme observado por Djamila Ribeiro, mestre em filosofia política pela Unifesp e coordenadora da coleção de livros “Feminismos Plurais”. Ribeiro, em sua análise, expressa grande apreço pela iniciativa de criação […]

O Fundo Patrimonial da USP (Universidade de São Paulo) representa um modelo promissor de sustentabilidade e autonomia para as instituições públicas de ensino no Brasil, conforme observado por Djamila Ribeiro, mestre em filosofia política pela Unifesp e coordenadora da coleção de livros “Feminismos Plurais”. Ribeiro, em sua análise, expressa grande apreço pela iniciativa de criação de fundos patrimoniais, que oferecem mecanismos de suporte a longo prazo, fundamentais para a vitalidade e acessibilidade dessas instituições. O debate sobre o financiamento e a perenidade de entidades culturais e educacionais ganha destaque com a experiência do fundo da USP, que se soma a iniciativas como as realizadas pela Pinacoteca de São Paulo, no esforço de angariar apoios e garantir a continuidade de suas missões essenciais.

A percepção de Djamila Ribeiro é de que a solidariedade e a inteligência financeira se aliam na concepção desses fundos. A proposta é desenvolver modelos que permitam às instituições públicas não apenas sobreviverem, mas prosperarem, expandirem suas atividades e seguirem servindo à população de forma plena. Embora o suporte governamental seja imprescindível, como no caso do Governo do Estado de São Paulo para a USP e a Pinacoteca, a colaboração do setor privado é igualmente valorizada. A iniciativa privada, nesse contexto, pode contribuir significativamente, por vezes como um retorno do que foi recebido em termos de formação acadêmica, profissional e humana das próprias instituições públicas.

Fundo Patrimonial USP: Modelo de Sustentabilidade para a Educação

O Fundo Patrimonial da USP é estruturado seguindo o exemplo dos “endowments” observados em prestigiadas universidades internacionais, como Harvard e Yale. Trata-se de um fundo de natureza privada e completamente independente, alimentado por doações de pessoas físicas e jurídicas. O capital recebido é cuidadosamente preservado e investido, sendo apenas os rendimentos gerados aplicados em benefício dos estudantes e da própria universidade. Esse mecanismo assegura estabilidade financeira duradoura, permite o apoio a projetos estratégicos de vanguarda e concede à USP maior autonomia e ousadia no planejamento de seu futuro acadêmico e de pesquisa.

A Universidade de São Paulo é reconhecida globalmente como uma das cem melhores instituições de ensino do mundo, um patamar que a sociedade brasileira busca fervorosamente manter e aprimorar. Tratar a USP com a devida consideração implica em zelar por sua excelência contínua, garantindo que a instituição continue atraindo pesquisadores de ponta, sustentando suas redes de conhecimento e investindo nas futuras gerações. A capacidade da USP de preservar seu status de polo de inovação e pesquisa está intrinsecamente ligada à sua capacidade de planejar a longo prazo, algo que o Fundo Patrimonial visa fortalecer.

Desde o ano de 2023, Djamila Ribeiro assumiu a responsabilidade de integrar o Conselho do Fundo Patrimonial da USP, motivada por figuras notáveis da sociedade. Nomes como Marisa Monte, a aclamada cantora e compositora, a empreendedora social Cristiane Sultani e o emérito acadêmico Celso Lafer, entre outros, já fazem parte dessa iniciativa crucial. O conselho também inclui a atuação do Fundo USP Diversa, que direciona seus recursos a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O trabalho desenvolvido por todos os membros do conselho, que reúne representantes da universidade e da sociedade civil, é notavelmente voluntário e caracterizado por grande dedicação.

Recentemente, a jornalista participou de um jantar e leilão beneficente, promovidos pela mesma iniciativa do Fundo Patrimonial. A ocasião também marcou o encerramento do mandato do professor Hélio Nogueira da Cruz na presidência do conselho, após dois mandatos. Ribeiro expressou a oportunidade de aprendizado proporcionada pela convivência com o professor durante esses anos e fez votos de sucesso em seus futuros empreendimentos. Esses eventos de arrecadação são vitais para o engajamento da comunidade e para a ampliação dos recursos destinados ao fundo, exemplificando a mobilização coletiva em prol da causa universitária.

Durante o jantar de gala, houve uma performance musical da Orquestra Sinfônica da USP, adicionando um toque cultural e prestigiando a arte em conexão com a educação. Além disso, foram apresentados depoimentos de duas estudantes, Giovana e Letícia, que foram beneficiadas diretamente pelo apoio do fundo e expressaram seu orgulho em estudar na prestigiada universidade. Esse contato direto com os beneficiários ressalta o impacto tangível e humano que o Fundo Patrimonial exerce na vida acadêmica de muitos jovens talentos, possibilitando-lhes acesso a uma educação de excelência.

Um momento de destaque durante o leilão foi a disputa pelo violão autografado pela artista Marisa Monte. Djamila Ribeiro foi uma das primeiras a realizar um lance pelo instrumento. Contudo, uma família de patronos do fundo, demonstração clara de grande comprometimento com a causa, elevou o valor por duas vezes, e Djamila não conseguiu acompanhar. O resultado financeiro do leilão foi altamente positivo, refletindo a generosidade dos participantes e o esforço voluntário do leiloeiro, elementos cruciais para o sucesso da arrecadação de fundos. A arrecadação em eventos desse porte é um testemunho do potencial da colaboração privada para o avanço da educação.

Fundo Patrimonial USP: Modelo de Sustentabilidade para a Educação - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

A participação no fundo permitiu que Djamila conhecesse figuras chave para a sua atuação, incluindo o atual presidente do FPUSP, o professor doutor Moacir Miranda. Embora sua formação principal tenha sido na Unifesp, onde obteve seu mestrado em filosofia política, a USP se tornou um ambiente onde muitas parcerias foram construídas. A experiência no fundo tem sido uma fonte contínua de aprendizado sobre a importância das alianças estratégicas em favor da educação pública de excelência. A diversidade de contribuições e perspectivas dentro do conselho enriquece as tomadas de decisão e a abrangência das iniciativas apoiadas.

O reconhecimento se estende a profissionais dedicados que atuam nos bastidores do fundo, como Luciana Chalita e Fernanda Negrão, incansáveis na captação de recursos, e Eric Klug, que recentemente iniciou sua gestão como superintendente. Além da equipe de trabalho, há histórias inspiradoras de doadores que decidiram transmitir bens de herança diretamente para o fundo, transformando patrimônios familiares em valioso patrimônio coletivo. Tal gesto de desprendimento é apontado como uma das mais belas demonstrações de compromisso com o futuro da universidade e o legado da educação no país.

É inegável que o Brasil investe continuamente em suas instituições de ensino superior. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o setor educacional público é vital para a formação de profissionais qualificados e o desenvolvimento da pesquisa. É nesse contexto que o Fundo Patrimonial da USP ganha ainda mais relevância, funcionando como um catalisador de recursos adicionais que impulsionam a inovação e a inclusão. O apoio a iniciativas como essa não apenas beneficia uma única instituição, mas reverbera por toda a sociedade, contribuindo para o fortalecimento do conhecimento e o progresso das futuras gerações, um ciclo virtuoso que se realimenta.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

Diante do exposto, o apoio ao Fundo Patrimonial da USP, seja por pessoas físicas ou jurídicas, emerge como uma recomendação importante para quem busca investir no futuro da educação e da pesquisa no Brasil. É um gesto que transcende os muros da universidade, nutrindo o desenvolvimento intelectual e científico do país. Para aprofundar a compreensão sobre como a sustentabilidade financeira afeta instituições de ensino e o desenvolvimento socioeconômico, convidamos o leitor a explorar mais artigos em nossa editoria de Economia. Acompanhe nossas publicações para análises detalhadas sobre temas cruciais que impactam a sociedade brasileira.

Crédito da imagem: Aline Bispo/Folhapress

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