Fotógrafa Acusada de Homicídio é Julgada em Ribeirão Preto

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O julgamento da fotógrafa Brenda Caroline Pereira Xavier, de 29 anos, ocorreu nesta segunda-feira, dia 20 de maio de 2024, perante o Tribunal do Júri em Ribeirão Preto (SP). A acusada é apontada como a principal responsável pela morte de seu namorado, Carlos Felipe Camargo da Silva, também de 29 anos, um corretor de imóveis, cujo falecimento foi registrado em março deste mesmo ano. As investigações e a denúncia do Ministério Público sustentam que o crime foi motivado pela não aceitação de Brenda ao recente término do relacionamento entre os dois.

Carlos Felipe Camargo da Silva foi encontrado morto em sua residência, localizada no bairro Ribeirão Verde, na zona Leste da cidade. As autoridades constataram que ele foi vítima de nove facadas. A fotógrafa está detida desde abril de 2024 na Penitenciária de Pirajuí (SP) e responde criminalmente por homicídio triplamente qualificado, uma grave acusação que pode implicar em pena significativamente maior. Adicionalmente, ela enfrenta uma segunda imputação: fraude processual, em decorrência da suspeita de ter alterado a cena do crime em uma tentativa de encobrir os fatos ou dificultar a investigação policial.

Fotógrafa Acusada de Homicídio é Julgada em Ribeirão Preto

A gravidade da acusação de homicídio triplamente qualificado e fraude processual é central para o caso de Brenda Caroline. Ela admitiu ser a autora das facadas, porém, em seu depoimento, alegou ter agido em legítima defesa. Esta argumentação é o pilar de sua defesa durante o processo judicial. A reconstituição dos fatos apresentada pela acusação, no entanto, descreve um cenário onde a motivação foi a recusa em aceitar o fim da união, transformando o contexto de um desentendimento em um crime premeditado e com qualificadoras que agravam a conduta da acusada.

A história do relacionamento entre Brenda e Carlos Felipe revelou que o corretor, natural de Praia Grande (SP), residia em Ribeirão Preto há aproximadamente quatro anos. Ele se mudou para o interior paulista em busca de novas oportunidades profissionais e para aprimorar seus estudos. Inicialmente, vivia com a mãe e um irmão até que conheceu Brenda. O casal manteve um relacionamento que durou pouco menos de um ano antes da trágica morte de Carlos Felipe. Segundo relatos de familiares do corretor, o relacionamento era tumultuado, com informações sobre a personalidade “muito ciumenta” de Brenda, que contribuíam para a atmosfera tensa.

O dia da morte de Carlos Felipe, em 3 de março de 2024, marcou uma série de acontecimentos cruciais. De acordo com os relatos policiais, o corretor, após decidir pelo término, levou seus pertences para a casa da mãe e do irmão naquela mesma noite, expressando o desejo de retornar a viver com sua família. Entretanto, a paz momentânea foi interrompida quando Brenda apareceu no local e solicitou uma conversa com Carlos Felipe. O diálogo entre os dois se estendeu por cerca de dez minutos na parte externa da residência familiar, sugerindo uma tentativa de reconciliação ou, pelo menos, uma discussão final sobre o rompimento.

Após a breve conversa, Carlos Felipe comunicou à família sua decisão de reatar o namoro e, mais uma vez, acompanharia Brenda de volta à casa que ambos dividiam no bairro Ribeirão Verde. Horas mais tarde, o irmão de Carlos Felipe recebeu um telefonema alarmante da mãe de Brenda. A informação inicial era vaga: Carlos Felipe havia sofrido um “acidente” e morrido, sem quaisquer detalhes sobre as circunstâncias ou a natureza do ocorrido. Desesperado, o irmão dirigiu-se à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, para onde Carlos Felipe havia sido levado, e lá recebeu a devastadora notícia de que seu irmão havia sido esfaqueado ao menos nove vezes.

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Imagem: g1.globo.com

As investigações conduzidas pela polícia no imóvel que Carlos Felipe compartilhava com Brenda revelaram um cenário de violência. O boletim de ocorrência descreve a presença de manchas de sangue dispersas por vários cômodos da casa, incluindo um quarto onde os móveis apresentavam sinais de destruição. O local também estava molhado, indicando que uma limpeza recente havia sido realizada. Este último detalhe fortaleceu a tese da acusação de fraude processual, sugerindo uma tentativa deliberada de dissimular a cena do crime e remover evidências cruciais. Posteriormente, a faca supostamente usada para cometer o homicídio foi localizada e apreendida pelos agentes. É fundamental que casos como este sejam tratados com a devida seriedade no âmbito legal, assegurando a aplicação da justiça e a compreensão do processo do júri popular no Brasil.

A cronologia do caso detalha que, três dias após a morte de Carlos, Brenda compareceu à delegacia. Ela prestou depoimento e reiterou sua versão de legítima defesa. Curiosamente, após ser ouvida, ela foi liberada pelas autoridades. No entanto, aproximadamente um mês depois, um novo mandado de prisão foi expedido e a fotógrafa foi detida. A jornada judicial para Brenda foi delineada no dia 17 de setembro de 2024, quando a 2ª Vara do Júri e das Execuções determinou que ela seria submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri popular pela morte do namorado, garantindo que o caso tivesse seu desfecho nas mãos da sociedade.

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A decisão do Tribunal do Júri Popular em julgar a fotógrafa Brenda Caroline Pereira Xavier em Ribeirão Preto ressalta a importância de um processo transparente para elucidação de crimes tão complexos. Os desdobramentos deste caso, desde a motivação passional até as acusações de homicídio triplamente qualificado e fraude processual, continuarão a ser acompanhados de perto. Para mais informações e análises sobre temas de justiça e segurança pública, continue explorando a editoria de Cidades em nosso portal horadecomecar.com.br.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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