No âmbito das investigações sobre o feminicídio em Rio Verde, a esposa de Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, principal suspeito de múltiplos assassinatos de mulheres na região, foi ouvida pela Polícia Civil. Seu depoimento trouxe à tona aspectos cruciais sobre a personalidade e os padrões de comportamento do investigado, conforme detalhado pelo delegado Adelson Candeo em declaração à CBN Goiânia. A mulher, que reside atualmente em Salvador, Bahia, descreveu o companheiro como alguém com mudanças abruptas de atitude sob o efeito de substâncias entorpecentes, momentos em que proferia frases inquietantes.
De acordo com o relato, em uma dessas ocasiões, Rildo Soares teria mencionado o “peso de almas” e afirmado não suportar “arrastar corpos”, declarações que geraram apreensão na esposa. Embora Rildo nunca tivesse demonstrado violência contra ela no relacionamento, o contraste entre sua habitual gentileza e esses episódios de fala descontrolada, sob efeito de drogas, era um ponto de constante perturbação para ela. A depoente confirmou, ainda, ter realizado uma transferência via Pix, a pedido de Rildo, para uma das vítimas que mais tarde foi encontrada morta, um detalhe que adensa as suspeitas sobre a sua participação nos crimes.
A complexidade do caso se aprofunda com as informações fornecidas pela ex-companheira, adicionando novas camadas à apuração das autoridades.
Feminicídio em Rio Verde: Esposa do Suspeito Depõe à Polícia
Além de detalhar as facetas da personalidade de Rildo, a esposa trouxe à luz o sofrimento imposto à sua família pelos eventos recentes. Segundo ela, Rildo tem irmãos e mãe que estão lidando com grande dor e constrangimento. Para poupar a mãe, que já sofre intensamente com a prisão do filho, os familiares chegaram ao extremo de destruir a televisão de casa, numa tentativa desesperada de bloquear a exposição às notícias. O medo e as ameaças também assolam a família, a ponto de um dos irmãos ter abandonado seu trabalho para oferecer suporte contínuo à mãe, em face da perseguição e das ameaças que todos têm enfrentado.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Goiás revelam que Rildo Soares dos Santos é atualmente considerado suspeito de envolvimento em, no mínimo, três casos de feminicídio ocorridos em Rio Verde. Entre as vítimas identificadas está Elisângela Silva de Sousa, de 26 anos. Outras duas mulheres, conhecidas como Alexânia e Monara, também teriam sido vítimas de crimes atribuídos ao mesmo suspeito. Além desses casos confirmados, Rildo também é investigado pelo desaparecimento de Nenilma e Ingrid, que continuam sem serem localizadas pelas autoridades.
O delegado Adelson Candeo destacou que os crimes apresentam um padrão macabro. Todas as vítimas foram encontradas em terrenos baldios, com a parte inferior de suas vestimentas ausente e marcas de golpes contundentes na cabeça. Esse modus operandi se tornou uma peça-chave para a força-tarefa, que busca identificar e correlacionar os crimes atribuídos ao suspeito. A convergência desses detalhes, somada aos relatos obtidos no depoimento da esposa, contribui para fortalecer a tese da Polícia Civil acerca da culpabilidade do investigado nos crimes de Rio Verde.
Além dos hediondos crimes em Goiás, Rildo Soares é igualmente investigado por outros incidentes violentos que ocorreram em Salvador, Bahia. A lista de possíveis delitos sob apuração inclui um estupro registrado em setembro de 2024, um assalto a uma sorveteria, e um homicídio. Este último, em particular, apresenta características notáveis e brutais: a vítima foi arrastada até a praia, onde foi morta com golpes na cabeça e posteriormente encontrada sem roupas íntimas, com o corpo parcialmente ocultado por pedras em uma tentativa clara de despistar as autoridades. A esposa do suspeito revelou um detalhe que adiciona um contorno sombrio a este episódio: o local do homicídio na praia era um dos que ela frequentava com Rildo, elevando ainda mais as suspeitas da polícia.

Imagem: g1.globo.com
Apesar da vasta gama de investigações e do número significativo de crimes aos quais seu nome está atrelado, Rildo Soares dos Santos admitiu explicitamente apenas a morte de Elisângela Silva de Sousa. Em relação aos outros dois feminicídios em Rio Verde, o suspeito negou qualquer envolvimento direto, alegando que deixou os locais dos acontecimentos antes que os crimes fossem efetivados. O delegado Candeo ressaltou que, com base nas análises preliminares e observações, Rildo não exibe indicativos de doença mental que justifiquem seus atos. Em vez disso, ele demonstra uma frieza calculista e plena consciência de suas ações. “Ele não tem doença mental. O que apresenta é um desvio de personalidade que o transforma em um criminoso violento. Não há nenhum tipo de requerimento de transtorno que precise ser considerado”, afirmou o delegado.
Em um esforço contínuo para elucidar o caso e possivelmente encontrar outras vítimas, a Polícia Civil montou uma força-tarefa dedicada a localizar quaisquer corpos de vítimas que possam ter sido ocultadas pelo suspeito. A relevância da segurança pública e do combate a crimes como este pode ser aprofundada em análises e notícias constantes, como as que frequentemente abordam o trabalho das autoridades na justiça brasileira. Este tipo de estratégia é crucial em investigações complexas que envolvem desaparecimentos e crimes em série, reforçando o compromisso das autoridades com a justiça e a segurança pública. As autoridades continuam aguardando novos desdobramentos para trazer mais clareza e responsabilização pelos atos imputados a Rildo Soares dos Santos, especialmente diante de informações que indicam a amplitude de sua suposta atuação criminosa, abrangendo Goiás e Bahia.
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Este depoimento chave sobre os supostos atos do investigado de feminicídio em Rio Verde reitera a gravidade e a complexidade do caso, que mobiliza as forças de segurança de Goiás e da Bahia. Continue acompanhando nossas notícias sobre as atualizações desta e de outras importantes investigações em nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Reprodução/TV Anhanguera
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