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EUA deslocam navios de guerra para costa da Venezuela e levantamento do Washington Post indica possível ação militar contra Maduro

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Uma considerável frota de oito navios de guerra dos Estados Unidos foi enviada pelo presidente Donald Trump para as águas próximas à Venezuela. As agências de notícias confirmaram este deslocamento militar nos últimos dias, e o jornal americano “Washington Post” divulgou que essa movimentação intensiva gera desconfiança sobre uma eventual ação militar contra o regime de Nicolás Maduro.

De acordo com o “Washington Post”, a alocação de um volume tão grande de recursos navais para apoio à região do Caribe, conhecida militarmente como “Comando Sul” pelo Exército norte-americano, é considerada uma ocorrência atípica. A publicação salienta que, em conjunto, os navios designados conferem ao governo Trump um vasto leque de opções estratégicas para a condução de um possível ataque.

Entre os recursos destacados, o navio anfíbio USS Iwo Jima é equipado para operar como pista de pouso para jatos e transporte de helicópteros. Já os destróieres e cruzadores incluídos no contingente são dotados de sistemas de sensores e capacidade avançada de vigilância. Adicionalmente, estes possuem mísseis Tomahawk, que são de alta precisão, e mísseis de cruzeiro desenvolvidos para atingir alvos localizados em terra.

Segundo informações compiladas por agências de notícias, a lista específica de navios designados por ordem do presidente Trump até o momento compreende:

  • USS Gravely: destróier
  • USS Sampson: destróier
  • USS Jason Dunham: destróier
  • USS Iwo Jima: navio de ataque anfíbio
  • USS San Antonio: navio de transporte anfíbio
  • USS Fort Lauderdale: navio de transporte anfíbio
  • USS Lake Erie: cruzador de mísseis guiados
  • USS Newport News: submarino de ataque rápido com propulsão nuclear

A previsão inicial indicava a chegada destes navios ainda nesta semana. No entanto, o cronograma foi impactado e sofreu atrasos devido à formação do furacão Erin no Oceano Atlântico nos dias recentes. Os porta-vozes militares, quando questionados sobre a missão precisa por trás desses deslocamentos, abstiveram-se de fornecer detalhes minuciosos. Contudo, declararam que as movimentações recentes se destinam a contrapor ameaças à segurança nacional dos EUA, as quais, segundo eles, emanariam de “organizações narcoterroristas” especificamente identificadas na região.

EUA Elevam Tensão Contra o Governo Maduro

Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos promovem um movimento militar expressivo na área. Na semana anterior, conforme relatos das agências de notícias Reuters e Associated Press, os EUA já haviam deslocado embarcações de guerra, aeronaves, pelo menos um submarino e uma força de aproximadamente 4.000 militares para o Mar do Sul do Caribe, nas proximidades da costa venezuelana. O objetivo divulgado àquela época era o combate a cartéis de drogas que operam na região, sendo responsáveis pelo transporte de entorpecentes da América do Sul para o território americano.

O governo do presidente Donald Trump tem manifestado consistentemente uma postura indicando que Nicolás Maduro se tornou o principal foco das ações americanas. Uma das manifestações dessa política se deu quando seis navios de guerra foram enviados ao sul do Caribe, perto da Venezuela, sob o pretexto de conter ameaças provenientes de grupos de tráfico de drogas, conforme divulgado por diversas agências.

Questionada em uma terça-feira (19) sobre a justificativa para o deslocamento dos navios, Karoline Leavitt, porta-voz do governo, afirmou que Maduro “não é um presidente legítimo”. Além disso, Leavitt o classificou como um “fugitivo” e o “chefe de um cartel narcoterrorista”, enfatizando que, em decorrência desses fatores, os EUA empregariam “toda a força” contra o regime venezuelano.

A caracterização de Maduro como “fugitivo” encontra base na recompensa de 50 milhões de dólares (equivalente a 275 milhões de reais) oferecida pelos EUA no início de agosto, em troca de informações que culminassem na sua prisão ou condenação. De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o líder venezuelano é alvo de acusações que o ligam a conspirações com narcoterrorismo, envolvimento em tráfico de drogas, importação de cocaína e o uso de armamentos em apoio a atividades ilícitas relacionadas ao tráfico. O governo americano igualmente alega que Maduro é a liderança do “Cartel de los Soles”, uma facção que, em momento recente, foi oficialmente designada pelos EUA como uma organização terrorista internacional.

EUA deslocam navios de guerra para costa da Venezuela e levantamento do Washington Post indica possível ação militar contra Maduro - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Contexto da Escalada de Tensões e Resposta Venezuelana

A mobilização atual se soma a outras anteriores, onde o governo Trump já havia deslocado um considerável aparato militar. Incluído nesse contingente estavam três destróieres da Marinha dos EUA, todos equipados com o potente sistema de combate Aegis, e três navios de desembarque anfíbio, que são projetados especificamente para transportar e desembarcar divisões terrestres. Além disso, a presença de aviões espiões P-8 Poseidon e de pelo menos um submarino foi registrada, acompanhados por um contingente de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais direcionados à região caribenha. Em uma contra-resposta ao envio desses navios de guerra pelos Estados Unidos, o presidente Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, afirmando o propósito de combater o que ele classificou como “ameaças” provenientes dos EUA.

O “Cartel de los Soles” e Reações Regionais

Donald Trump aponta Nicolás Maduro como o líder de uma organização designada “Cartel de los Soles”, que, segundo informações, seria chefiada por oficiais de alta patente do Exército venezuelano. Conforme veículos de imprensa latino-americanos, este grupo supostamente opera como um facilitador logístico de rotas de tráfico de drogas para outras facções criminosas, as quais então comercializam os produtos no mercado dos Estados Unidos. Entre essas organizações estariam o cartel mexicano de Sinaloa e o também venezuelano Tren de Aragua.

Nas semanas recentes, alguns países da América do Sul têm seguido a decisão do presidente Trump de classificar o “Cartel de los Soles” como uma organização terrorista. O primeiro a fazê-lo foi o Equador, sob a administração de Daniel Noboa, que é politicamente alinhado à direita. Em sequência, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, adotou medida semelhante. Nesta sexta-feira (22), a Guiana também publicou uma decisão equiparada. Vale notar que Equador e Paraguai são nações governadas por figuras de oposição ao chavismo, enquanto a Guiana mantém uma disputa territorial de longa data com Caracas, especificamente pela região de Essequibo, atualmente sob controle guianense.

O Poder de Fogo de Caracas em Comparação com os EUA

Em contraste com a potência militar dos Estados Unidos, a Venezuela enfrenta desafios significativos em seu arsenal bélico. De acordo com o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS), as Forças Armadas venezuelanas operam com “capacidades restritas” e “problemas de prontidão”. Essas limitações são atribuídas a uma combinação de fatores, incluindo sanções internacionais, o isolamento regional do país e uma prolongada crise econômica. Ao longo das últimas décadas, tais condições restringiram substancialmente a capacidade da Venezuela de adquirir novos armamentos e tecnologias militares.

O IISS, em seu relatório, destacou que “sanções internacionais e a crise econômica limitaram significativamente a capacidade do país de obter novas tecnologias militares”. A organização também observou que, devido à capacidade limitada de aquisição, a maior parte do esforço militar venezuelano é direcionada para os reparos e modernizações de sistemas já existentes. Essa situação acarreta, por exemplo, problemas de prontidão operacional tanto para a Força Aérea quanto para a Marinha do país. Por conta dessas restrições multifacetadas, paira grande incerteza sobre as capacidades militares reais da Venezuela, mesmo com o país possuindo alguns equipamentos que são considerados relativamente modernos.

Com informações de g1

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