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Estudante surda de Praia Grande vence prata na OBMLibras

Uma estudante surda da cidade de Praia Grande, no litoral paulista, alcançou uma notável conquista ao receber a medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática em Libras (OBMLibras). A jovem Ingrid Tayná Jardim de Brito Orbelli, de 19 anos, destacou-se por ser a única participante de uma instituição de ensino regular a figurar entre […]

Uma estudante surda da cidade de Praia Grande, no litoral paulista, alcançou uma notável conquista ao receber a medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática em Libras (OBMLibras). A jovem Ingrid Tayná Jardim de Brito Orbelli, de 19 anos, destacou-se por ser a única participante de uma instituição de ensino regular a figurar entre os vencedores da categoria Ensino Médio. Os demais laureados com medalhas são alunos matriculados em escolas especializadas para indivíduos com deficiência auditiva, o que sublinha a singularidade do seu êxito.

A façanha de Ingrid em uma instituição comum ressalta a importância do suporte e da dedicação conjunta de educadores e familiares. Ana Claudia Pereira Salomão, professora de Matemática na Escola Estadual Jardim Bopeva, explicou que o colégio, embora opere no regime de Programa de Ensino Integral, atende Ingrid em uma turma regular, onde ela recebe acompanhamento constante de uma intérprete de Libras. Tal estrutura pedagógica, de acordo com a docente, foi decisiva para o desempenho excepcional da aluna.

Estudante surda de Praia Grande vence prata na OBMLibras

A conquista da medalha pela Olimpíada Brasileira de Matemática em Libras é um testemunho da excelência no trabalho colaborativo entre a equipe pedagógica da Escola Estadual Jardim Bopeva e a família de Ingrid. A professora Ana Claudia Pereira Salomão atribuiu o sucesso a este engajamento multifacetado, onde o apoio familiar e a confiança nos métodos da escola foram pilares fundamentais para o resultado extraordinário alcançado pela jovem estudante surda. A dedicação de todos os envolvidos permitiu que Ingrid superasse barreiras e demonstrasse seu potencial acadêmico.

Parceria Essencial para a Inclusão Educacional

Lais Souza dos Santos Orbelli, mãe de Ingrid, enfatizou a relevância de iniciativas como a OBMLibras para promover a inclusão efetiva de pessoas surdas no cenário educacional. Segundo Lais, a adaptação das provas e a possibilidade de participação equitativa em atividades intelectuais são cruciais. Ela também destacou o papel fundamental de professores e intérpretes da Escola Estadual Jardim Bopeva. Sua abordagem diferenciada reacendeu o interesse da filha pela Matemática, disciplina na qual Ingrid inicialmente não demonstrava entusiasmo. A prova, apresentada de forma inovadora e inclusiva, revelou um domínio que a própria Ingrid desconhecia possuir.

O orgulho de Lais é palpável ao ver sua filha brilhar. Ela descreveu a experiência como indescritível, ressaltando a dificuldade de se ter um diferencial e encontrar apoio adequado. Para a mãe, a medalha é apenas o ponto de partida de uma jornada ainda mais promissora. “Minha filha não veio a passeio, ela veio contribuir para significativas mudanças”, declarou, cheia de fé no futuro de Ingrid.

Comemoração e Reconhecimento na Escola

A professora Ana Claudia detalhou a emoção da equipe escolar ao anunciar o resultado para Ingrid e seus colegas. A notícia foi recebida com calorosos aplausos e grande celebração, evidenciando o reconhecimento e a alegria de toda a comunidade escolar. Embora a cerimônia de premiação oficial esteja programada para ocorrer de forma virtual na quarta-feira (8), a medalha física chegará à escola até o fim do mês, proporcionando a oportunidade de uma solenidade presencial para que todos os alunos possam testemunhar o mérito de Ingrid.

O Apoio da Secretaria de Educação Estadual

Em comunicado oficial, a Secretaria Estadual de Educação, por intermédio da Unidade Regional de Ensino de São Vicente, emitiu uma nota de congratulações à estudante pela sua performance destacada. A pasta reiterou seu compromisso com a inclusão de alunos com deficiência auditiva, salientando a atuação dos professores interlocutores de Libras, a disponibilização de professores de Atendimento Educacional Especializado, e o emprego de recursos pedagógicos e tecnologias assistivas inclusivas em todos os espaços educacionais. A secretaria assegurou que a presença de um professor interlocutor de Libras é garantida a todos os estudantes surdos ou com deficiência auditiva que demandam este suporte, com contratações ajustadas à demanda de cada unidade de ensino, reforçando a política de acesso igualitário à educação.

Estudante surda de Praia Grande vence prata na OBMLibras - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

O Preparo Estratégico e Metodologia da OBMLibras

Ana Claudia, em entrevista, compartilhou detalhes sobre a preparação para a OBMLibras. A escola iniciou sua participação na Olimpíada em 2023, após o evento ter sido lançado em 2022, quando Ingrid cursava o primeiro ano do Ensino Médio. A docente explica que as aulas de matemática para esses alunos são ministradas com o valioso auxílio das intérpretes de Libras que atuam na escola, acompanhando-os em suas atividades diárias. Além das aulas regulares, a instituição oferece tutorias semanais focadas especificamente em olimpíadas do conhecimento. Nestas sessões, são abordados conteúdos específicos das competições, são resolvidas edições anteriores das provas e é oferecido suporte tanto no aprendizado da matéria quanto na preparação emocional dos participantes.

A metodologia de avaliação da OBMLibras é cuidadosamente adaptada para estudantes surdos, conforme a professora. As questões são disponibilizadas tanto em formato PDF quanto em vídeos, garantindo plena inclusão, visto que muitos alunos com deficiência auditiva podem ter dificuldades com a compreensão da Língua Portuguesa. Ana Claudia mencionou que o apoio das intérpretes é indispensável, uma vez que ela ainda não domina totalmente a Libras. A Olimpíada deste ano foi estruturada em duas fases: a primeira consistiu em 10 questões de múltipla escolha. Os melhores resultados qualificaram os alunos para a segunda fase, que exigiu a resolução de duas questões dissertativas. Adicionalmente, os participantes deviam submeter um vídeo explicando o método utilizado para solucionar cada questão, uma exigência que destaca a natureza interativa e abrangente da avaliação, valorizando não apenas a resposta correta, mas também o raciocínio do aluno.

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A história de Ingrid Tayná é um poderoso lembrete do potencial ilimitado de estudantes com deficiência e da importância de sistemas de ensino inclusivos. Sua medalha na OBMLibras não é apenas um reconhecimento pessoal, mas um símbolo de esperança e inspiração para a comunidade surda e para o avanço da educação acessível no Brasil. Continue acompanhando em nossa editoria as últimas notícias sobre educação e inclusão em São Paulo e em todo o Brasil, para ficar por dentro de histórias de sucesso e avanços pedagógicos que transformam vidas. Descubra mais sobre o desenvolvimento de sua cidade e outras pautas relevantes acessando nosso conteúdo em nossa seção de cidades.

Foto: Arquivo Pessoal

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