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Empresário vira réu por homicídio doloso após acidente em Fortaleza

A Justiça do Ceará acolheu a denúncia do Ministério Público e o empresário Rafael Elisario Ferreira se tornou réu por homicídio doloso. Ele é acusado de ter provocado a morte de Kauã Guedes, de 18 anos, e ferido Igor Lima da Silva após atingir a motocicleta dos jovens em alta velocidade no Bairro Meireles, em […]

A Justiça do Ceará acolheu a denúncia do Ministério Público e o empresário Rafael Elisario Ferreira se tornou réu por homicídio doloso. Ele é acusado de ter provocado a morte de Kauã Guedes, de 18 anos, e ferido Igor Lima da Silva após atingir a motocicleta dos jovens em alta velocidade no Bairro Meireles, em Fortaleza. O trágico evento ocorreu em 18 de junho e os fatos chocam a capital cearense pela gravidade e detalhes revelados pelas investigações.

No fatídico dia 18 de junho, no cruzamento das ruas República do Líbano e Osvaldo Cruz, a Ford Ranger conduzida por Rafael Elisario avançou a via preferencial e estava em alta velocidade. O veículo colidiu com a motocicleta ocupada por Kauã e Igor, lançando Igor ao longe com ferimentos graves e arrastando Kauã por mais de vinte metros. A rápida intervenção médica levou Kauã a um hospital, onde infelizmente faleceu horas após o acidente.

Empresário vira réu por homicídio doloso após acidente em Fortaleza

As evidências periciais e o relato do Ministério Público corroboram a denúncia que transformou o condutor da caminhonete em réu. Segundo laudos da Perícia Forense, o empresário Rafael Elisario estava a mais de 98 km/h em um trecho onde a velocidade máxima permitida era de 30 km/h, superando em mais de três vezes o limite estabelecido. Câmeras de segurança flagraram Rafael trafegando em zigue-zague pouco antes da colisão, com testemunhas relatando que ele chegou a quase atropelar uma família na pista.

Após o impacto devastador, o empresário não prestou socorro às vítimas e buscou abrigo em um condomínio próximo. Conforme a denúncia do Ministério Público, Rafael Elisario exibia sinais claros de alteração: “hálito etílico, fala desconexa e desorientação”. No veículo, foram encontrados dois papelotes de cocaína, latas de cerveja e comprimidos psicotrópicos, evidências que reforçam a alegação de imprudência extrema por parte do réu. Em virtude desses indícios, a Polícia o deteve em flagrante na mesma noite.

Na delegacia, Rafael Elisario recusou-se a realizar o teste do bafômetro e optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento às autoridades. Após pagar fiança de aproximadamente R$ 15 mil, foi liberado e atualmente responde ao processo em liberdade. Inicialmente autuado por lesão corporal culposa, sem intenção de matar no trânsito, a morte de Kauã Guedes impulsionou a mudança da investigação para homicídio doloso.

Agora, o empresário enfrentará acusações por homicídio qualificado com dolo eventual, situação na qual o acusado, embora não tenha intenção direta de matar, assume o risco ao agir. Além da morte de Kauã, ele também responderá por tentativa de homicídio contra Igor Lima da Silva, o garupeiro da moto que sobreviveu ao grave acidente e passou semanas hospitalizado. A gravidade da situação levou a denúncia à 4ª Vara do Júri de Fortaleza para julgamento.

O Ministério Público do Ceará enfatizou que as ações de Rafael Elisario constituem um elemento surpresa qualificador, fundamental na denúncia de homicídio qualificado com dolo eventual. “Ao avançar na via preferencial em alta velocidade, o denunciado criou uma situação de absoluta imprevisibilidade e impossibilidade de reação por parte das vítimas. A dinâmica do fato revela que as mesmas foram surpreendidas de forma abrupta, sem qualquer chance de se proteger ou evitar o impacto, o que configura o elemento surpresa exigido pela qualificadora”, aponta o órgão ministerial.

Outro ponto crucial destacado pelo MP foi o histórico do veículo. A picape Ford Ranger de Rafael Elisario possui um total de 24 multas acumuladas em pouco mais de um ano, sendo que 16 dessas infrações foram por excesso de velocidade. Este padrão de conduta reincidente reforça a acusação de desrespeito contínuo às leis de trânsito, evidenciando uma falta de preocupação com a segurança viária e de terceiros.

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A tramitação do caso segue para a 4ª Vara do Júri de Fortaleza, onde o empresário responderá judicialmente pelas graves acusações. A sociedade cearense aguarda os próximos passos desse processo, que levanta discussões importantes sobre responsabilidade no trânsito e as consequências do dolo eventual em acidentes com vítimas fatais.

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Crédito da Imagem: TV Verdes Mares/Reprodução

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