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Discurso Lula ONU: Presidente Defende Democracia Brasileira

Na quarta-feira, 23 de setembro, o discurso Lula ONU marcou um ponto alto na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizou uma enfática defesa da soberania democrática do Brasil. Sem mencionar diretamente o governo dos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump ou os próprios […]

Na quarta-feira, 23 de setembro, o discurso Lula ONU marcou um ponto alto na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizou uma enfática defesa da soberania democrática do Brasil. Sem mencionar diretamente o governo dos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump ou os próprios EUA, suas falas foram interpretadas como severas críticas a ações que visam desestabilizar regimes democráticos e a inação global diante de crises humanitárias urgentes.

A pauta internacional e a política doméstica se entrelaçaram na explanação do líder brasileiro, que ressaltou a importância da resiliência democrática. Especialistas do cenário político internacional indicam que, desde seu retorno à Casa Branca, Trump tem intensificado esforços para enfraquecer pilares fundamentais da democracia americana, como o Judiciário, a imprensa e as instituições de ensino.

Discurso Lula ONU: Presidente Defende Democracia Brasileira

No decorrer de seu pronunciamento, o presidente brasileiro alertou que “o autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades”, observando que “em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades”. Sem alusões diretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula endossou a sentença que o condenou a 27 anos de reclusão por seu papel na trama golpista. “Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há quarenta anos pelo seu povo, depois de duas décadas de governos ditatoriais”, frisou Lula, enfatizando o histórico democrático do país. Para informações mais aprofundadas sobre o funcionamento das Nações Unidas e seus propósitos, consulte o site oficial da Organização das Nações Unidas.

O presidente salientou que “há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito”. Segundo ele, o processo “foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso”, assegurando que o condenado “teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas”. Essa declaração serve como uma refutação às alegações de bolsonaristas e do governo Trump, que criticam a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao caso de Bolsonaro, taxando-a como autoritária e parcial.

Dirigindo-se à comunidade internacional, Lula concluiu essa seção do discurso com um recado direto: “Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela.”

Críticas à Influência Externa e ao Genocídio em Gaza

Em outra fase de seu pronunciamento, Lula reprovou as medidas implementadas pela Casa Branca com o intuito de interferir no processo contra Bolsonaro. Ele mencionou a imposição de sanções e tarifas contra o ministro Alexandre de Moraes, sua esposa e membros do governo brasileiro, classificando a “agressão contra a independência do Poder Judiciário [como] inaceitável”.

A intervenção nos assuntos internos brasileiros foi igualmente pauta. O presidente fez referência à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do blogueiro Paulo Figueiredo, que, em colaboração com o governo Trump, teriam ampliado a pressão sobre o Brasil. Também criticou o projeto de anistia em trâmite no Congresso Nacional, destinado aos envolvidos na trama golpista, afirmando que “a ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade.”

Ações Climáticas e Outras Pautas Globais no Discurso

No que tange às questões globais, o discurso Lula ONU defendeu enfaticamente o combate às alterações climáticas, mencionando a COP30, que será sediada em Belém em novembro de 2025. O presidente também celebrou a saída do Brasil do mapa da fome, um feito ratificado em julho pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). “A única guerra de que todos podem sair vencedores é a que travamos contra a fome e a pobreza”, afirmou, reforçando o compromisso social e humanitário do país.

Discurso Lula ONU: Presidente Defende Democracia Brasileira - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Voltando-se para a política externa, Lula solicitou o diálogo como via para a resolução na Venezuela e um futuro sem violência no Haiti. Ele também condenou veementemente a inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo elaborada pelos EUA. Quanto ao conflito no Leste Europeu, o presidente defendeu a busca por “caminhos para uma solução realista” que contemple “as legítimas preocupações de segurança de todas as partes”, uma posição que pode ser percebida como mais branda por nações europeias que condenam a invasão russa da Ucrânia.

Ainda assim, foi a questão palestina que recebeu maior detalhamento. Lula reprovou os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas, mas ressaltou que “nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”. Ele denunciou a perda de “dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes” sob escombros, apontando para a violação do Direito Internacional Humanitário e o suposto colapso do que chamou de “mito da superioridade ética do Ocidente”. O presidente criticou países europeus e os EUA que, inicialmente, apoiaram a conduta de Israel, antes de ajustar sua retórica. “Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo”, declarou.

“Expresso minha admiração aos judeus que, dentro e fora de Israel, se opõem a essa punição coletiva”, acrescentou o presidente brasileiro. Ele enfatizou que “o povo palestino corre o risco de desaparecer”, reiterando que a solução viável reside na formação de “um Estado independente e integrado à comunidade internacional”, uma proposta apoiada por mais de 150 membros da ONU, reafirmada no mesmo plenário no dia anterior, mas que, segundo Lula, foi obstruída por “um único veto” – referindo-se aos Estados Unidos.

Homenagem e Apelo por um Futuro Consciente

Lula encerrou seu discurso com uma emocionante homenagem aos recém-falecidos ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, e ao Papa Francisco. Ele destacou que “ambos encarnaram como ninguém os melhores valores humanistas, e suas vidas se entrelaçaram com as oito décadas de existência da ONU”.

“Se ainda estivessem entre nós, provavelmente usariam esta tribuna para lembrar que o autoritarismo, a degradação ambiental e a desigualdade não são inexoráveis, que os únicos derrotados são os que cruzam os braços, resignados, que podemos vencer os falsos profetas e oligarcas que exploram o medo e monetizam o ódio, e que o amanhã é feito de escolhas diárias e é preciso coragem de agir para transformá-lo”, concluiu o presidente brasileiro.

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O discurso Lula ONU ressoou com importantes mensagens sobre a defesa da democracia, a soberania nacional e a urgência de tratar as crises globais, como o “genocídio em Gaza” e as mudanças climáticas. Fique atento às nossas atualizações na editoria de Política para acompanhar as repercussões e desdobramentos desses temas.

Crédito da imagem: Spencer Platt – 23.set.25/AFP

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