TÍTULO: Destruição da Faixa de Gaza: Imagens Revelam Devastação
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META DESCRIÇÃO: Novas análises por satélite revelam a vasta destruição na Faixa de Gaza. Relatório da ONU detalha perdas ambientais e civis significativas, alertando para décadas de recuperação.
A destruição da Faixa de Gaza atingiu proporções alarmantes, conforme dados divulgados pelas Nações Unidas. Estima-se que, pelo menos, 78% das estruturas de construção no território foram comprometidas, além de uma devastação massiva que inclui 82% das antigas áreas de cultivo e impressionantes 97% das árvores. Tais números, dependendo da metodologia de contagem empregada, podem ser ainda mais severos, evidenciando um cenário de calamidade generalizada na região.
Desde o início do conflito, o acesso de jornalistas e observadores internacionais à Faixa de Gaza tem sido restrito e, em muitas ocasiões, bloqueado pelo governo liderado pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Para contornar essa dificuldade e mensurar o impacto das operações israelenses, agências de monitoramento e órgãos da ONU têm utilizado imagens de satélite. Essa abordagem tecnológica permite analisar e quantificar com precisão a extensão dos danos e as consequências da guerra na área.
Destruição da Faixa de Gaza: Imagens Revelam Devastação
Um relatório conclusivo, publicado em fins de setembro pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), aponta para uma recuperação extremamente prolongada. De acordo com o documento, “a recuperação dos danos ambientais em Gaza deve levar décadas”. A grave destruição dos recursos naturais e das infraestruturas civis contribui para esse prognóstico sombrio, tornando o processo de reconstrução um desafio de proporções históricas. Esta análise detalhada sublinha a necessidade urgente de intervenção e apoio internacional.
Na prática, os ataques resultaram na devastação de cerca de 78% das aproximadamente 250 mil edificações existentes na Faixa de Gaza, um índice altíssimo que contribui para o imenso volume de escombros gerados. A agência estima que esta destruição tenha produzido cerca de 61 milhões de toneladas de entulho. Um fator agravante é que aproximadamente 15% desse material pode estar contaminado com substâncias perigosas, como amianto, resíduos industriais e diversos tipos de metais pesados, representando um sério risco ambiental e de saúde pública.
Extensão dos Danos a Infraestruturas e Patrimônio
Para além das edificações civis e dos recursos naturais, o conflito impactou seriamente locais de profundo significado histórico e cultural. Relatos indicam que cemitérios também foram atingidos durante a guerra, com pelo menos 16 deles sendo alvo de ataques pelas forças israelenses apenas nos primeiros quatro meses do confronto. O Cemitério de Guerra de Gaza, um local de memória e história, foi atacado em 2024, exemplificando a amplitude dos danos a patrimônios diversos no território.
As análises baseadas em satélite não se restringem à infraestrutura pré-existente. Elas também monitoram o deslocamento forçado da população palestina, um fenômeno contínuo à medida que as tropas de Israel avançam em território palestino. As ordens de retirada, frequentemente emitidas pela população, levam a grandes movimentos migratórios internos, exacerbando a crise humanitária na Faixa de Gaza e redefinindo constantemente o panorama demográfico da região. A agitação constante e a falta de segurança resultam em uma mobilidade populacional massiva e contínua.
O Deslocamento Compulsório e a Crise Humanitária
Uma parte significativa desses deslocamentos nos meses recentes foi motivada pela distribuição de alimentos e auxílios da Fundação Humanitária de Gaza (FHG). Em Khan Yunis, uma das poucas áreas de atuação da fundação — que Israel inicialmente apontou como dois, depois três, e subsequentemente quatro pontos — observou-se uma fila com milhares de pessoas formando-se em um único dia. Essas concentrações são um testemunho visível da extrema necessidade da população e da intensa luta pela sobrevivência diária em um cenário de escassez e insegurança.
Nos primeiros meses de operação da FHG, entre maio e agosto deste ano, período que a ONU qualificou como insuficiente em relação à magnitude da necessidade, o Ministério da Saúde de Gaza registrou a morte de ao menos 1.800 civis. Essas fatalidades ocorreram enquanto aguardavam nas filas para receber ajuda ou até mesmo no percurso para chegar aos pontos de distribuição. Estes trágicos números evidenciam os perigos e os riscos enfrentados pela população civil em busca de subsistência.
A região de Tel al-Sultan, que abriga um campo de refugiados na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, também foi intensamente afetada. Ataques ocorreram em 2024 e se repetiram em 2025, resultando na destruição de bairros inteiros, segundo as Nações Unidas. Embora a FHG tenha tentado estabelecer um centro de distribuição de ajuda na área, ele precisou ser fechado posteriormente, devido a incidentes trágicos envolvendo a morte de civis nas filas, uma triste reiteração dos desafios e riscos enfrentados pelas iniciativas humanitárias no local. Para mais informações sobre os impactos ambientais de conflitos, você pode consultar as fontes e relatórios do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
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A ampla devastação revelada por imagens aéreas na Faixa de Gaza pinta um quadro de urgência para a comunidade internacional. Com bilhões de toneladas de entulho e uma população em constante deslocamento, os desafios são imensos. Para aprofundar seu conhecimento sobre o cenário político e humanitário global, convidamos você a explorar outras análises e notícias em nossa editoria de Política e questões contemporâneas.
Crédito da imagem: Planet Labs PBC
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