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Custo da Prevenção: Menor que o Preço da Urgência em Finanças e Saúde

O custo da prevenção em aspectos cruciais da vida, como saúde e finanças pessoais, invariavelmente se revela inferior ao preço exigido pela urgência de se lidar com problemas já instalados. Essa é a reflexão central apresentada por Michael Viriato, renomado assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, que compara a postura de […]

O custo da prevenção em aspectos cruciais da vida, como saúde e finanças pessoais, invariavelmente se revela inferior ao preço exigido pela urgência de se lidar com problemas já instalados. Essa é a reflexão central apresentada por Michael Viriato, renomado assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, que compara a postura de adiar cuidados com a sabedoria ancestral, ecoando a máxima do filósofo Sêneca: “Enquanto adiamos, a vida passa depressa”.

A tendência humana de negligenciar a antecipação de adversidades se manifesta em diversas áreas. Tal como ninguém inicia a construção de um abrigo somente após o início de uma forte tempestade, não é aconselhável adiar o cuidado com o bem-estar físico ou a saúde financeira para quando as dificuldades já são patentes. A postergação, em muitos casos, não apenas eleva os gastos, mas também a complexidade e o sofrimento inerentes à resolução do imprevisto.

Custo da Prevenção: Menor que o Preço da Urgência em Finanças e Saúde

A questão primordial reside na frequência com que indivíduos realizam exames preventivos de saúde, como um check-up geral, um exame de sangue de rotina ou uma consulta odontológica regular. Para a maioria das pessoas, a iniciativa de procurar atendimento médico ou odontológico só surge com o advento de sintomas preocupantes. Esse comportamento pode levar a diagnósticos tardios, transformando condições simples em cenários complexos, que requerem tratamentos mais extensos, dolorosos e financeiramente onerosos, quando poderiam ter sido facilmente manejados se identificados precocemente.

Um exame básico pode ser o suficiente para detectar sinais incipientes de colesterol elevado ou hipertensão arterial, condições muitas vezes assintomáticas em estágios iniciais. Intervenções tempestivas, como ajustes dietéticos, implementação de atividades físicas e acompanhamento médico regular, são usualmente suficientes para gerir tais quadros. No entanto, o descaso prolongado com esses indicadores pode culminar em eventos cardíacos graves, como infartos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC), que trazem consigo um impacto transformador na qualidade de vida e custos significativamente maiores em todas as dimensões, desde tratamentos especializados até a reabilitação prolongada.

Aplicações no Campo Financeiro e Patrimonial

Paralelamente à saúde, o campo financeiro ilustra vividamente as repercussões de ignorar a precaução. Muitos profissionais, ao receberem seus vencimentos mensais, não ponderam sobre a vital importância de construir uma reserva de emergência. A justificativa frequente é a certeza do próximo depósito. Contudo, em cenários imprevisíveis, como uma súbita perda de emprego ou a interrupção da renda, a ausência dessa poupança se torna dolorosamente perceptível, mas sua formação, nesse estágio de crise, torna-se um desafio quase intransponível e muito mais dispendioso, pela necessidade imediata de recursos.

A preocupação com a aposentadoria segue um padrão semelhante de protelação. Frequentemente, a dedicação a este tema só ocorre quando a idade para cessar a vida laboral se aproxima. A escassez de tempo para acumular o patrimônio necessário força um esforço de poupança muito maior, que, ainda assim, pode não ser suficiente para manter o padrão de vida desejado. A contribuição iniciada precocemente, aliada ao poder dos juros compostos, transformaria pequenas parcelas em um montante significativo. Adiar essa preparação é análogo a tentar compensar décadas de exames de saúde perdidos em poucos anos, com o atraso cobrando um preço altíssimo.

Na seara da sucessão patrimonial, os erros de postergação são igualmente evidentes. Indivíduos na faixa etária entre 25 e 40 anos teriam a possibilidade de assegurar proteção patrimonial e familiar com custos minimizados, mas escolhem procrastinar. Ao atingirem 60 ou 70 anos, deparam-se com uma realidade onde o custo de um seguro de vida, por exemplo, que poderia representar até 15% do capital segurado por toda a vida se contratado antes dos 50, pode superar 50% desse valor caso a contratação seja tardia.

Ferramentas Modernas de Proteção

É importante destacar que as modernas ferramentas de proteção, como seguros e planos de sucessão, transcenderam o papel tradicional de indenização. Atualmente, elas funcionam como instrumentos de liquidez imediata para herdeiros, facilitam a construção patrimonial para o segurado, blindam parcelas do patrimônio contra riscos jurídicos, evitam conflitos complexos em processos de inventário e otimizam a organização patrimonial de forma altamente eficiente. A delonga na adoção dessas estratégias não só impacta o aspecto financeiro, mas também abre margem para desavenças familiares, que poderiam ser pacificadas com planejamento prévio e adequado. Muitos dos atrasos decorrem do desconhecimento sobre essas soluções contemporâneas.

Parte considerável dessa negligência em relação ao futuro reside na incompreensão ou na percepção antiquada das ferramentas de proteção. Inúmeras pessoas ainda associam seguros e planos sucessórios a experiências negativas do passado ou às concepções limitadas de gerações anteriores. Essa mentalidade é comparável a desqualificar o comércio eletrônico de hoje por ter sido considerado arriscado na era da internet discada, desconsiderando as inovações e a segurança dos sistemas atuais.

A crença comum na juventude de que “nada de grave pode acontecer”, fundamentada em um histórico pessoal de trinta ou quarenta anos sem grandes intercorrências, é um equívoco perigoso. Famílias que sofreram a perda precoce de seu provedor principal são testemunhas de que o passado não serve como garantia para o futuro. Tal como na saúde, onde negligenciar exames resulta em custos elevados e desfechos desfavoráveis, no âmbito financeiro, adiar decisões cruciais de proteção e poupança culmina em um ônus consideravelmente maior, tanto monetário quanto emocional.

O hábito de só reagir quando a situação se torna crítica precisa ser reavaliado de maneira profunda. Tanto na preservação da saúde quanto na gestão das finanças, a proatividade e a antecipação dos cuidados e decisões revelam-se sempre mais econômicas, menos desgastantes e inegavelmente mais eficazes. A questão crucial que se apresenta ao público é se preferem assumir o custo acessível do preparo e da prevenção, ou o preço oneroso e, por vezes, irremediável, da urgência.

Michael Viriato, autor da análise e assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, ressalta a importância de entender as ferramentas financeiras disponíveis para garantir um futuro mais seguro. Para mais informações sobre práticas recomendadas para a manutenção da saúde, o Ministério da Saúde oferece diversas orientações valiosas.

Confira também: artigo especial sobre redatorprofissional

Este artigo buscou aprofundar a discussão sobre a inevitável superioridade da prevenção sobre a remediação, aplicando-a a dois pilares fundamentais da vida humana: saúde e finanças. Compreender o **custo da prevenção** é o primeiro passo para construir um futuro mais estável e com menos incertezas. Para continuar explorando tópicos relevantes sobre planejamento financeiro e a economia, convidamos você a navegar pelas análises de nossa editoria de Economia.

Crédito da imagem: Pormezz – stock.adobe.com

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