A **condenação de Cris Pereira**, popular humorista gaúcho, a uma pena de 18 anos, 4 meses e 15 dias de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável, ganhou novos contornos nesta segunda-feira (20). Em sua primeira manifestação pública após a decisão judicial de segunda instância, o comediante utilizou as ondas da Rádio Gaúcha, no programa “Timeline”, para vehementemente negar as acusações que pesam contra ele.
Cris Pereira, conhecido nacionalmente por seus icônicos personagens como Jorge da Borracharia e Gaudêncio, reiterou sua confiança no sistema legal, apesar do revés judicial. “Estou tranquilo porque acredito muito na Justiça do homem. Eu acredito. Demora, mas vem. A questão da verdade demora, mas vem. A mentira só ganha tempo, uma hora acaba”, declarou o artista, expressando sua perspectiva otimista quanto à resolução final do caso em seu favor.
Cris Pereira: Condenação por Estupro Negada pelo Humorista
A decisão que culminou na condenação de Cris Pereira foi proferida em setembro pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Os detalhes da acusação apontam que o crime de estupro de vulnerável teria ocorrido em 2021, envolvendo uma vítima de apenas 3 anos de idade na época dos fatos. Por se tratar de uma condenação em segunda instância, os recursos legais ainda são cabíveis. A equipe jurídica do humorista já anunciou que irá interpor os recursos necessários nas instâncias superiores, visando reverter a sentença.
Em decorrência do sigilo judicial, que abrange todo o processo, Cris Pereira se vê impossibilitado de discorrer em detalhes sobre elementos que, segundo ele, seriam cruciais para comprovar sua completa inocência. Em suas declarações, ele descreveu a situação como um “absurdo”, expressando perplexidade com as alegações. “Quando eu lia (a acusação), eu pensava: ‘será que a pessoa tem noção de que eu posso desmentir tudo isso?’ É uma coisa muito sem freio, que gerou uma virada de chave em um modo absurdo. Começou a apontar coisinhas para tentar aumentar essa acusação com outras mentiras”, relatou o humorista, evidenciando seu descontentamento com o processo.
O impacto da condenação de Cris Pereira e as alegações subsequentes trouxeram o artista para o centro das atenções, que ele geralmente ocupa com o riso. Com uma expressiva base de mais de 4,5 milhões de seguidores em suas plataformas digitais e vídeos que somam centenas de milhões de visualizações, Cris Pereira não se limita apenas à atuação e ao humor; ele também se dedica intensamente ao esporte, com foco na modalidade BMX, envolvendo bicicletas.
Na entrevista, Cris Pereira também abordou seu recente retorno aos palcos. “Eu trabalho com aplauso, mas o maior aplauso da vida, cara, pra mim, é o aplauso da minha consciência. Eu voltei ontem (domingo) no teatro. O justo não se justifica. O justo é um teatro lotado, com quase duas mil pessoas me aplaudindo”, afirmou, expressando que a validação de sua plateia e de sua consciência são os fatores mais importantes neste momento turbulento de sua vida profissional e pessoal.
O segredo de justiça que permeia o processo limita não apenas as informações divulgadas pelo humorista e sua defesa, mas também restringe o acesso público a quaisquer outros detalhes do caso. A imposição desse sigilo é fundamental para proteger a identidade e a integridade da criança envolvida, em estrito respeito às determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente. O próprio Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul confirmou o julgamento da causa, mas informou que, devido à natureza sigilosa do processo, não poderia fornecer quaisquer informações adicionais.
Antes da repercussão na imprensa, o humorista havia utilizado suas redes sociais para se pronunciar sobre a controvérsia legal. Sem mencionar especificamente a decisão de segunda instância, Cris Pereira reiterou que havia sido absolvido em primeira instância com base em seus méritos, sublinhando que todas as etapas probatórias do processo foram, segundo ele, favoráveis. Ele ainda manifestou preocupação com o vazamento de dados confidenciais do processo e reforçou sua convicção na imparcialidade do Judiciário. “Eu continuo acreditando na justiça. A justiça divina, ela é certa. Mas a justiça dos homens, eu continuo acreditando. Com todas as minhas forças”, destacou, sublinhando sua esperança.

Imagem: estupro de vulnerável no RS via g1.globo.com
A defesa do humorista, através de nota, tem reiterado veementemente a inocência de seu cliente, argumentando que a condenação em segunda instância vai de encontro às provas apresentadas durante o curso do processo. A equipe legal ressalta que o cliente foi inicialmente absolvido, com a sentença de primeira instância baseada em laudos periciais oficiais emitidos pelo Departamento Médico Legal (DML) do Rio Grande do Sul, que, de acordo com o advogado, comprovariam a inexistência do crime. A nota detalha que, à época da investigação, o delegado responsável sequer realizou o indiciamento do humorista, e chegou a atuar como testemunha de defesa, atestando uma convicção técnica e jurídica pela ausência de qualquer fato criminoso.
A defesa crítica a decisão de segundo grau, que, em suas palavras, “contrariou as provas periciais produzidas em juízo, conferindo peso a atestados particulares apresentados pela assistência da acusação”. Esses documentos, segundo a nota, teriam sido elaborados unilateralmente, sem observar os princípios do contraditório e da ampla defesa, pilares fundamentais do direito processual. O entendimento da tipificação do crime de estupro de vulnerável é crucial neste contexto, e a defesa alega falha na interpretação das provas. Para mais informações sobre a definição legal deste crime, você pode consultar fontes oficiais como o TJDFT.
Adicionalmente, a defesa de Cris Pereira comunicou que, até o presente momento, não teve acesso integral ao conteúdo do acórdão que formaliza a decisão, e as informações divulgadas seriam provenientes do que foi comunicado durante a sessão de julgamento. Diante desse cenário, medidas legais cabíveis serão acionadas perante as instâncias superiores do Judiciário. A equipe mantém “plena convicção da inocência de Cristiano Pereira” e expressa confiança na prevalência da verdadeira justiça, com o objetivo de restaurar a absolvição inicialmente decretada. Eles enfatizam que o princípio constitucional da presunção de inocência deve ser integralmente mantido até o trânsito em julgado, o que ainda não ocorreu no caso do humorista Cris Pereira.
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A situação envolvendo o humorista Cris Pereira e a controvérsia judicial permanece em aberto, aguardando os próximos passos e recursos. Acompanhe a editoria de Celebridades de Hora de Começar para ficar atualizado sobre este e outros desenvolvimentos no universo do entretenimento e seus aspectos legais.
Crédito da imagem: Maiara Paganotto/Divulgação


