A Cosan definiu os termos para sua segunda oferta de ações, obtendo a aprovação formal de seu conselho de administração para o aumento de capital social, um procedimento realizado dentro dos limites estatutários e da legislação vigente. O anúncio, feito nesta terça-feira (11), detalha uma importante emissão de 287.500.000 novos papéis da companhia. Essa operação específica está avaliada em R$ 1.437.500.000 e, após sua conclusão, o capital da empresa passará a ser de R$ 10.282.738.100,99, sendo dividido em um total de 3.966.570.932 ações.
Ao considerar o somatório das captações realizadas tanto na primeira oferta de ações quanto nesta que está sendo finalizada, a Cosan projeta levantar um montante substancial de R$ 10,5 bilhões, evidenciando a robustez de suas estratégias de capitalização. A destinação dos valores arrecadados por ação emitida foi minuciosamente estabelecida: R$ 1 será diretamente incorporado ao capital social da Cosan, enquanto os R$ 4 restantes serão alocados para a constituição ou reforço da reserva de capital da empresa.
Cosan aprova aumento de capital e nova oferta de ações
A integração das novas ações no ambiente de negociação da B3, a principal bolsa de valores do Brasil, já tem data definida. Os papéis começarão a ser transacionados a partir do dia 13 de novembro, com a liquidação física das operações – ou seja, a efetiva entrega das ações e do dinheiro correspondente – agendada para 14 de novembro. Esta sequência garante a agilidade e a transparência necessárias às operações de mercado.
Uma das características notáveis desta oferta é a manutenção da política da Cosan em relação aos certificados de depósito de valores mobiliários, conhecidos como ADS (American Depositary Shares). Conforme ocorrido na oferta anterior, a empresa decidiu não ofertar ADS representativos de suas ações ordinárias nesta segunda etapa. Além disso, para assegurar a consistência do processo e evitar volatilidade excessiva, a emissão de novos ADS será temporariamente suspensa por um período de 40 dias após a conclusão integral da oferta em questão.
A comunicação da Cosan ao mercado financeiro foi enfática ao destacar um ponto crucial: não será implementado qualquer procedimento de estabilização do preço de suas novas ações ordinárias após a efetiva realização da oferta. Em comunicado oficial, a companhia sublinhou que essa decisão pode resultar em uma flutuação considerável do preço dos papéis no mercado secundário da B3, sendo um fator de atenção para todos os investidores envolvidos ou interessados.
Os vultosos recursos que serão levantados por meio desta segunda oferta foram meticulosamente direcionados. A estratégia principal consiste no fortalecimento abrangente da estrutura de capital, não apenas da Cosan como controladora, mas também de suas diversas controladas e investidas. Dentre elas, a Raízen é um foco importante. O intuito é claro: aprimorar o perfil de crédito da companhia no cenário financeiro e, consequentemente, elevar sua liquidez, aspectos que beneficiarão tanto de forma direta quanto indireta seus acionistas e o conjunto da holding.

Imagem: Raízen via valor.globo.com
Nesse contexto de otimização de capital, as discussões em torno da Raízen permanecem ativas. A Cosan continua em estreito diálogo com a Shell, sua parceira na joint venture, para explorar e identificar potenciais alternativas de capitalização para a Raízen. O objetivo dessas negociações é assegurar a solidez da estrutura de capital da subsidiária e consolidar sua estratégia de longo prazo, frente aos desafios e oportunidades do mercado de energia e combustíveis. Para acompanhar os resultados e indicadores de companhias de capital aberto, como Cosan e Raízen, o portal Valor Investe oferece informações detalhadas sobre o mercado financeiro.
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Em suma, a aprovação da segunda oferta de ações e o consequente aumento de capital social reforçam a estratégia da Cosan para fortalecer sua posição no mercado, otimizando liquidez e perfil de crédito, além de consolidar o futuro de suas investidas como a Raízen. Para aprofundar-se em notícias sobre economia e mercado e entender melhor o panorama das grandes empresas brasileiras, continue navegando em nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: Valor Econômico

