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Confiança em Investimentos: Michael Viriato alerta sobre ofertas

A discussão sobre a **confiança em investimentos** e a forma como as instituições financeiras abordam seus clientes tem sido um ponto crucial na jornada de todo investidor. Em uma análise perspicaz, Michael Viriato, renomado assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, lança luz sobre práticas comuns do mercado que podem induzir a […]

A discussão sobre a **confiança em investimentos** e a forma como as instituições financeiras abordam seus clientes tem sido um ponto crucial na jornada de todo investidor. Em uma análise perspicaz, Michael Viriato, renomado assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, lança luz sobre práticas comuns do mercado que podem induzir a escolhas desvantajosas. O alerta central de sua coluna “De Grão em Grão” ressalta a importância de não confiar cegamente no que é oferecido, mas sim em uma estratégia personalizada e baseada em objetivos claros. A abordagem de Viriato se concentra na autonomia e no conhecimento do investidor, fundamental para quem busca poupar e planejar o futuro financeiro.

Frequentemente, a experiência do investidor se assemelha a entrar em uma alfaiataria onde, sem tirar suas medidas, um terno já é prontamente oferecido como “o melhor disponível”. Essa analogia ilustra como muitas pessoas são atendidas no universo financeiro: com a apresentação direta de produtos e não com uma orientação genuína alinhada aos seus propósitos individuais. A dinâmica do mercado, onde operadores trabalham incessantemente nas mesas de câmbio, contrasta com a passividade de investidores que recebem pacotes prontos.

Confiança em Investimentos: Michael Viriato alerta sobre ofertas

O filósofo Montaigne já sentenciava que “a palavra é metade de quem fala e metade de quem ouve”, mas no mercado financeiro essa balança raramente está equilibrada. De um lado, instituições possuem metas e interesses bem definidos; de outro, investidores muitas vezes chegam sem uma visão clara de suas necessidades, formulando perguntas que abrem espaço para respostas genéricas. A indagação “Qual é o melhor investimento que vocês têm?” é uma das mais comuns e, segundo Viriato, um erro perigoso. Essa pergunta pressupõe uma solução universal, ignorando que a definição do “melhor” depende diretamente do objetivo, do horizonte de tempo, da liquidez necessária e, sobretudo, da tolerância a riscos de cada indivíduo.

É nessa falta de clareza por parte dos investidores que muitas instituições veem a oportunidade de comunicar expectativas de rentabilidade como se fossem resultados certos e imutáveis. Rentabilidades possíveis são frequentemente apresentadas de forma determinística, mascarando as incertezas inerentes e as baixas probabilidades de ocorrência. Tal comunicação estratégica visa criar uma falsa sensação de segurança e urgência, facilitando a venda de produtos. No entanto, o investidor que falha em questionar adere a um jogo cujas regras não compreende plenamente.

Distinguir uma recomendação de investimento deficiente de uma mudança no cenário é vital para o investidor. Um planejamento bem concebido pode não atingir as expectativas iniciais devido a fatores macroeconômicos imprevistos, como variações nas projeções de juros, ou a aspectos microeconômicos, como a deterioração súbita da saúde financeira de uma empresa. Nesses casos, a orientação inicial não foi necessariamente errônea, mas sim a realidade divergiu do esperado, configurando um risco inerente e inegociável a todo processo de investimento.

Assim, uma parcela significativa da responsabilidade não reside apenas em quem faz a oferta, mas também em quem formula perguntas de maneira inadequada. Se o investidor não souber articular seu ponto de chegada, qualquer trajetória parecerá aceitável. Nesse contexto, torna-se natural que as instituições sigam seus próprios incentivos, que comumente não se alinham aos do cliente.

A realidade demonstra que a interação entre clientes e entidades financeiras – sejam bancos ou corretoras – persiste marcada por disparidades de informação e conduta. Em um lado, encontram-se corporações com estratégias de distribuição refinadas e estruturadas. No outro, estão investidores que, por falta de preparo ou hábito, aceitam soluções pré-fabricadas como se fossem sugestões personalizadas. Este comportamento é comparável a adquirir um par de sapatos sem experimentar: por sorte, pode assentar bem, mas, em grande parte das ocasiões, causará desconforto. A fiscalização de órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atua para tentar mitigar essa assimetria, mas a responsabilidade individual do investidor é intransferível.

Confiança em Investimentos: Michael Viriato alerta sobre ofertas - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Por essa razão, ter uma plena confiança em investimentos na pessoa que o assessora é mais fundamental do que simplesmente depositar fé na instituição. Como bem articulou um colega de Michael Viriato, se o investidor não conseguir afirmar com convicção a sua confiança no profissional que o acompanha nas deliberações financeiras, a mudança é recomendada. As fundações de relações de investimento duradouras são edificadas sobre uma confiança autêntica, não sobre catálogos de produtos financeiros.

Para alterar esse panorama, o investidor precisa adotar uma postura proativa e assertiva. Em vez de inquirir “qual é o investimento ideal?”, a abordagem correta seria “este é o meu objetivo; quais alternativas podem me conduzir a ele?”. Ao subverter essa lógica, o investidor deixa de ser um mero alvo e se eleva à condição de protagonista em suas próprias escolhas financeiras.

Sêneca, com sua sabedoria, nos recordava que “nenhum vento é favorável a quem não sabe para onde vai”. No ambiente dinâmico do mercado financeiro, aquele que navega sem um propósito claro está fadado a ser levado pela correnteza dos interesses alheios, com um destino quase sempre distante do planejado. A assessoria especializada de Michael Viriato e da Casa do Investidor visa exatamente empoderar os investidores a traçar seus próprios rumos.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

Em síntese, o domínio dos próprios objetivos e uma abordagem ativa e questionadora são as chaves para navegar no complexo mundo dos investimentos, evitando ciladas de ofertas genéricas. Ao fortalecer a **confiança em investimentos** através da informação e de uma parceria transparente, o investidor se posiciona para um futuro financeiro mais seguro e alinhado aos seus verdadeiros interesses. Para aprofundar seu entendimento sobre economia e finanças, explore outras análises e notícias em nossa editoria de Economia.

Crédito da imagem: Michael M. Santiago – 08.set.25/Getty Images via AFP

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