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Chefe do Tráfico Cria Morre em Operação no Complexo da Maré

O Complexo da Maré foi palco de uma operação da Polícia Civil que resultou na morte de Edmilson Marques de Oliveira, popularmente conhecido como Cria ou Di Ferro. Apontado como líder do Terceiro Comando Puro (TCP) na localidade, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro, Cria possuía um vasto histórico criminal com 200 anotações […]

O Complexo da Maré foi palco de uma operação da Polícia Civil que resultou na morte de Edmilson Marques de Oliveira, popularmente conhecido como Cria ou Di Ferro. Apontado como líder do Terceiro Comando Puro (TCP) na localidade, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro, Cria possuía um vasto histórico criminal com 200 anotações e, de acordo com as investigações, liderava um “tribunal do tráfico” responsável por ordenar execuções na região.

A ação policial que culminou com a morte do criminoso ocorreu nesta sexta-feira (26). Na ocasião, Edmilson tinha três mandados de prisão em aberto, indicando a sua periculosidade e a busca ativa pelas autoridades. Dentre os atos criminosos atribuídos à sua participação pela polícia, destaca-se um ataque ocorrido em 2024, que resultou na morte de dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Chefe do Tráfico Cria Morre em Operação no Complexo da Maré

A violência de Edmilson Marques de Oliveira foi enfaticamente detalhada pelo secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi. Curi descreveu Cria como “extremamente perigoso e mau”, enfatizando que o traficante não se limitava a executar rivais ou outros criminosos. Segundo o secretário, ele “matava moradores, matava adolescentes. Tem relatos dele ter matado uma senhora idosa. Enfim, era um marginal […] sanguinário”. Acrescentando à descrição de sua brutalidade, Curi ressaltou que Cria era conhecido como “o homem da guerra do TCP”, encarregado de planejar os conflitos e disputas territoriais.

Cria assumiu o controle do TCP no Complexo da Maré em maio deste ano, sucedendo Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, que também foi morto em uma ação do Bope. A movimentação que levou à operação desta sexta-feira teve início quando a polícia identificou criminosos da Maré preparando uma investida para retomar o controle do Morro dos Macacos, localizado em Vila Isabel, das mãos do Comando Vermelho (CV). Equipes foram enviadas para conter a possibilidade de confrontos, e a troca de tiros subsequente resultou na morte de Edmilson.

As atividades de Cria não se restringiam ao Rio de Janeiro. Recentemente, imagens que circularam mostravam o traficante celebrando uma aliança entre o TCP e a facção Guardiões do Estado (GDE), do Ceará. Nesses registros visuais, Edmilson aparece de camisa branca, encapuzado e empunhando um fuzil, cercado por um contingente de ao menos 20 homens armados. Em um discurso gravado, Cria declarava que os dois grupos passariam a operar em conjunto contra o Comando Vermelho. Ele proferiu ameaças explícitas, afirmando: “Quem quiser vir, pode vir; se fechar com a gente, as portas estão abertas. Agora, se for contra a gente, vão matar todo mundo”, e ainda conclamou criminosos de outros estados a se unirem no enfrentamento ao CV.

Investigadores e habitantes do Complexo da Maré descrevem Cria como uma figura temida, responsável por homicídios motivados por razões banais. Edmilson vinha sendo monitorado pelas forças de segurança há meses, em virtude de sua notoriedade e alto risco que representava para a população e segurança pública. Segundo depoimentos de moradores, a ascensão de Cria ao comando na Maré foi marcada por um recrudescimento da violência. Relatos apontam que o traficante ordenou a execução de pessoas na comunidade, o que intensificou o clima de medo e gerou uma grande rejeição ao seu controle sobre a região. A cobertura jornalística sobre a atuação de facções criminosas e o crime organizado pode ser encontrada em diversas plataformas, como notícias do Rio de Janeiro, onde casos semelhantes são frequentemente reportados.

Chefe do Tráfico Cria Morre em Operação no Complexo da Maré - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Um dos episódios mais chocantes, frequentemente narrado por moradores da Maré, envolve a morte de um homem que teria ganhado de Cria em um jogo de cartas. Após uma altercação, o traficante impôs ao homem uma espécie de prisão domiciliar. Dias mais tarde, quando a vítima saiu à rua, Cria foi informado e, pessoalmente, executou o morador. A polícia civil reforça que a queda de líderes como Cria é crucial para desarticular as redes do crime e diminuir a atuação desses “tribunais paralelos” que infelizmente ainda regem diversas comunidades.

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A morte do chefe do tráfico Edmilson Marques de Oliveira, o Cria, representa um desdobramento significativo na complexa luta contra o crime organizado no Rio de Janeiro. Sua extensa ficha criminal e a brutalidade de seus atos, reveladas pelas investigações e pelos relatos dos moradores, demonstram o impacto direto da criminalidade nas comunidades. Continue acompanhando nossas análises e as últimas notícias sobre as questões de segurança e outros temas urgentes na nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro Foto: Reprodução

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