O preço da cesta básica em Rio Branco registrou uma queda notável de R$ 50 no mês de outubro, marcando um alívio após o aumento observado em setembro. Esse declínio significativo foi impulsionado, em grande parte, pela redução nos valores de itens essenciais como arroz e batata, impactando positivamente o orçamento familiar.
De acordo com o levantamento divulgado na última segunda-feira, 6 de novembro, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC), o custo médio dos 15 produtos alimentícios que compõem a cesta básica alcançou R$ 665,70. Este valor representa uma diminuição de 6,99% em comparação com o mês anterior, quando a mesma cesta custava R$ 715,75.
Cesta Básica Rio Branco: Redução de R$ 50 em Outubro
A pesquisa da Fecomércio-AC oferece um panorama detalhado da variação de preços. No período mensal, itens específicos tiveram oscilações marcantes. O café, por exemplo, saiu de R$ 71,96 em agosto, chegou a R$ 88,60 em setembro e estabilizou em R$ 81,72 em outubro. Já a batata teve uma queda acentuada, passando de R$ 46,80 em agosto para R$ 26,94 em outubro, um alívio substancial para o consumidor.
Quando analisado o trimestre que compreende julho a outubro, a variação total do custo da cesta básica foi negativa em 6,91%, consolidando uma tendência de redução de preços que sugere uma melhora gradual no poder de compra dos cidadãos da capital acreana. Contudo, a Federação enfatiza que a sustentabilidade dessa estabilidade depende da contínua manutenção dos preços dos alimentos que formam a base da alimentação familiar.
Oscilações Históricas dos Preços em Rio Branco
A análise da Fecomércio-AC revelou também um cenário de constantes oscilações nos custos da cesta básica nos últimos cinco meses, destacando a volatilidade do mercado. Em maio, o valor médio era de R$ 694,75. Em junho, houve uma queda para R$ 650,63. Em seguida, os preços voltaram a subir em julho, atingindo R$ 715,10, antes de recuar em agosto para R$ 676,44. Finalmente, setembro registrou um novo aumento, chegando a R$ 715,75, para então apresentar a queda expressiva em outubro.
Essa dança de valores reflete a complexidade das cadeias de suprimento e as influências sazonais, logísticas e econômicas que impactam os produtos básicos. A compreensão dessas variações é fundamental para que as famílias possam planejar seus orçamentos e para que os formuladores de políticas públicas avaliem o impacto dessas tendências no cotidiano da população.
Principais Reduções e Aumentos em Outubro
Entre os produtos que mais contribuíram para a queda geral no custo da cesta em outubro, alguns se destacaram com reduções significativas em seus preços médios. A batata inglesa registrou a maior diminuição, com 42,44%. O arroz teve uma queda de 19,67%, e o tomate apresentou redução de 7,55%. Estes três itens, de grande consumo, foram os grandes catalisadores da retração do valor final.

Imagem: g1.globo.com
Por outro lado, alguns alimentos mostraram aumentos em seus preços e pressionaram o orçamento. O café encareceu 13,56%, o feijão carioca teve alta de 13,9%, e o macarrão subiu 11,2%. Além desses, a pesquisa notou que itens de consumo contínuo, como leite, feijão em geral e margarina, também mantiveram tendência de alta. Esses aumentos foram atribuídos principalmente aos custos de transporte e às variações inerentes a cada safra, ilustrando como fatores externos afetam diretamente a mesa do consumidor.
Impacto na Renda Familiar e Cenário Econômico
A metodologia da pesquisa da Fecomércio-AC considera os preços médios de 15 produtos alimentícios em diversos supermercados da capital. A cesta é dimensionada para atender às necessidades de consumo mensal de uma família composta por até três adultos, ou dois adultos e duas crianças, com renda mensal de até R$ 2 mil.
Mesmo com a redução observada em outubro, o valor da cesta básica ainda representa um peso considerável no orçamento dos trabalhadores. Segundo a Fecomércio-AC, os R$ 665,70 correspondem a quase metade do salário mínimo líquido de R$ 1.404. Este cálculo considera os descontos obrigatórios sobre o piso nacional de R$ 1.518, evidenciando que, apesar das quedas recentes, a manutenção da subsistência continua sendo um desafio para grande parte da população acreana. Para dados mais abrangentes sobre os custos de vida e poder de compra no Brasil, é possível consultar o portal do IPEA.
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Este cenário sublinha a importância de políticas de controle de inflação e de iniciativas que promovam o desenvolvimento econômico local para assegurar que o poder de compra das famílias não seja erodido pela volatilidade dos preços. Acompanhe a seção de Economia em nosso portal para se manter informado sobre as tendências do mercado e como elas afetam seu bolso.
Foto: Reprodução
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