A presença de cavalos soltos em Presidente Prudente continua a ser um fator de grande preocupação para a população, evidenciando riscos significativos para a segurança no trânsito e o bem-estar animal. Moradores do Jardim Leonor, na cidade do interior paulista, documentaram mais um incidente alarmante na última quarta-feira, dia 22, ao flagrar ao menos quatro equinos circulando livremente pelas vias públicas. A reincidência desses eventos acende um alerta sobre a necessidade de fiscalização e responsabilidade por parte dos tutores de animais de grande porte.
De acordo com os relatos dos próprios moradores, a circulação de cavalos e mulas pelas ruas, muitas vezes sem a presença de responsáveis por perto, é uma ocorrência habitual na região. Essa constatação amplifica a inquietação local, pois a possibilidade de acidentes de trânsito envolvendo veículos e animais é uma ameaça real e constante. A presença desgovernada de animais de grande porte em áreas urbanas pode ter consequências trágicas, impactando a segurança de pedestres, ciclistas e motoristas.
Cavalos Soltos em Presidente Prudente: Alerta Recorrente
Em resposta a esses desafios, a Prefeitura de Presidente Prudente, por intermédio de suas equipes dedicadas, informou o recolhimento de 77 animais equinos – englobando cavalos e mulas – ao longo do ano de 2025, até o momento. Essas ações visam mitigar os perigos associados à soltura irregular de animais e garantir a segurança das vias. Os dados sublinham um esforço contínuo da administração municipal em lidar com um problema persistente que afeta diversas áreas da cidade. O comprometimento com a ordem pública e a segurança viária permanece uma prioridade para os órgãos competentes.
Após o recolhimento das ruas, os animais apreendidos são encaminhados e permanecem por um período máximo de sete dias na Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ). Durante esse prazo, os proprietários têm a oportunidade de procurar e resgatar seus animais. Este procedimento é padronizado e estabelecido para dar tempo hábil aos responsáveis, ao mesmo tempo em que garante um local seguro e sob monitoramento para os equinos temporariamente sob custódia municipal. O cumprimento desse período é crucial para a fase seguinte do processo.
A legislação municipal estabelece diretrizes claras para a destinação dos animais não resgatados. A Lei Municipal nº 8.545/2014 prevê que, caso os proprietários não providenciem a retirada de seus animais no período estipulado, os equinos podem ser doados a entidades qualificadas. Essa medida assegura que os animais recebam um destino adequado, longe das ruas, contribuindo para seu bem-estar e para a redução dos riscos de acidentes. A responsabilidade do proprietário não se encerra na apreensão, mas estende-se ao compromisso de cuidado e prevenção.
Além das medidas de recolhimento e destinação, há também um custo financeiro para os responsáveis pelos animais. Para reaver um equino, o proprietário deve efetuar o pagamento de uma taxa de apreensão, fixada em 50 Unidades Fiscais Municipais (UFMs), o que equivale a R$ 257. Adicionalmente, incide uma diária no valor de 18 UFMs, correspondendo a aproximadamente R$ 100 por dia que o animal permanecer sob os cuidados da UVZ. Esses encargos visam cobrir os custos operacionais da prefeitura e desestimular a soltura irresponsável de animais.
Incidência de Casos e Alerta para o Risco de Colisões
A percepção da comunidade sobre a recorrência de animais soltos é um ponto de destaque. Um morador, que frequentemente realiza entregas utilizando moto ou carro em diversos bairros, compartilhou sua experiência, relatando ter testemunhado situações similares em várias ocasiões. No final de setembro, por exemplo, ele se deparou com um grupo de cinco cavalos vagando pelas ruas do bairro Humberto Salvador. Essas observações ressaltam a amplitude geográfica do problema e a necessidade de uma fiscalização abrangente e eficiente.
O cidadão, em seu testemunho, destacou a importância de comunicar as autoridades. “Sempre que vejo os animais nas ruas, eu ligo no 190, e, quando consigo contato, comunico a prefeitura também”, reforçou. Essa proatividade individual demonstra a conscientização sobre o perigo e o papel fundamental da população na colaboração com o poder público. Denunciar esses casos é a principal forma de acionar os órgãos responsáveis e garantir uma resposta rápida para a situação, minimizando os riscos a todos os envolvidos. Para saber mais sobre como a vigilância sanitária contribui para a segurança em saúde pública, acesse o conteúdo do Governo Federal sobre Vigilância de Zoonoses.
A seriedade do tema pode ser constatada por ações passadas da prefeitura. Em 24 de junho, foi amplamente divulgado que as equipes do município realizaram a captura de 13 equinos em apenas um dia. Essa ação intensiva foi uma resposta direta ao volume de denúncias recebidas dos moradores, demonstrando que a mobilização coletiva é efetiva para gerar a resposta das autoridades. A captura massiva ressalta tanto a incidência do problema quanto a capacidade de ação coordenada dos serviços municipais.

Imagem: moradores em Presidente Prudente via g1.globo.com
A orientação oficial da prefeitura para a população é que casos de animais de grande porte soltos sejam denunciados à Polícia Militar, por meio do número de emergência 190. A Central de Operações da Polícia Militar (Copom) é o canal adequado para receber essas informações, acionando todos os responsáveis, sejam equipes de apreensão ou equipes de vistoria. Este protocolo assegura que as denúncias sejam encaminhadas corretamente e que a resposta das autoridades seja otimizada para a segurança e a resolução rápida da situação.
Acidente Grave na Rodovia SP-613 Reacende Alerta Nacional
A periculosidade de animais nas vias se estende além dos centros urbanos, sendo um fator de preocupação ainda maior em rodovias de alta velocidade. Um dia antes do flagrante em Presidente Prudente, na noite da terça-feira, dia 21, um acidente de trânsito foi registrado na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613), na cidade de Rosana (SP). Um carro colidiu frontalmente com uma vaca, um incidente que ressalta o grave perigo que esses animais representam quando não supervisionados em áreas de grande fluxo veicular, podendo gerar danos severos e até fatais.
O impacto da colisão resultou em ferimentos para duas pessoas. Uma mulher foi diagnosticada com ferimentos graves e precisou ser imediatamente levada ao pronto-socorro do Hospital Estadual de Primavera, um distrito de Rosana. Devido à complexidade de seu quadro de saúde, ela foi posteriormente transferida para o Hospital Regional de Presidente Prudente, que possui uma infraestrutura de saúde mais completa para casos de maior gravidade. O estado de saúde atual da paciente não foi divulgado até o presente momento, mantendo um suspense sobre a sua recuperação.
A sequência desses acontecimentos – animais soltos nas ruas da cidade e um acidente com animal em uma rodovia próxima – sublinha a urgência em tratar essa questão com a devida seriedade. Enquanto as áreas urbanas lidam com riscos cotidianos, as rodovias apresentam um cenário ainda mais crítico devido às velocidades elevadas e à menor capacidade de reação dos condutores. É imperativo que medidas preventivas, como a fiscalização rigorosa dos proprietários e campanhas de conscientização, sejam intensificadas para proteger vidas humanas e assegurar a proteção animal.
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A recorrente situação de cavalos soltos em Presidente Prudente e o grave acidente em Rosana demonstram a relevância da atuação coordenada entre o poder público e a população para garantir a segurança viária e o bem-estar animal. Para continuar se aprofundando em notícias sobre gestão urbana, segurança pública e desenvolvimento comunitário, convidamos você a explorar outras matérias disponíveis em nossa categoria de Cidades e mantenha-se sempre bem informado.
Crédito da imagem: Prefeitura de Presidente Prudente/Divulgação



