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Casa de Criminosos da Morte de Ex-Delegado é Pichada em SP

Um imóvel que, segundo as investigações, serviu como base para o grupo envolvido na execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi alvo de atos de vandalismo. A fachada da residência amanheceu com pichações, sendo a mais proeminente a frase “Justiça tarde + não falha”. O incidente foi […]

Um imóvel que, segundo as investigações, serviu como base para o grupo envolvido na execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi alvo de atos de vandalismo. A fachada da residência amanheceu com pichações, sendo a mais proeminente a frase “Justiça tarde + não falha”. O incidente foi flagrado em vídeo obtido pelo portal g1, que mostra um indivíduo ainda não identificado realizando a ação.

Ruy Ferraz Fontes, que desempenhava a função de secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande, foi tragicamente morto na noite de 15 de maio. A autoria do crime está sob investigação, e as autoridades já efetuaram prisões e identificaram diversos suspeitos. Entre os detidos estão Willian Silva Marques, proprietário da casa pichada, Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como ‘Fofão’, e Rafael Marcell Dias Simões, apelidado de ‘Jaguar’. Adicionalmente, Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda foram identificados e encontram-se foragidos, conforme as informações mais recentes.

Casa de Criminosos da Morte de Ex-Delegado é Pichada em SP

A além da mensagem principal, o portão da residência foi pichado com outros símbolos e palavras, como “D+S”, “É Noix” e “25”, em uma clara alusão ao envolvimento criminoso. Este imóvel foi o ponto inicial das investigações, sendo identificado como tendo ligação direta com a quadrilha. A polícia chegou ao local seguindo o depoimento de Dahesly, a única mulher até o momento sob custódia suspeita de participação no crime. A casa em questão está situada na Rua Campos de Jordão, no bairro Jardim Imperador, e possui uma proximidade geográfica notável com a cena do crime, estando a apenas dez minutos de distância. A prefeitura de Praia Grande e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não forneceram atualizações sobre a identificação do pichador ou o andamento da investigação quando contatadas.

Detalhes Internos do Imóvel e Próximos Passos na Investigação

Na última quinta-feira, dia 18, foram realizadas perícias detalhadas no interior da propriedade localizada na Rua Campos de Jordão. Imagens obtidas durante a ação pericial revelam diferentes compartimentos da residência, incluindo quarto, sala, cozinha e banheiro. Os registros fotográficos também indicam a presença de duas garrafas de bebida alcoólica sobre uma mesa, além de sujeira acumulada nas paredes, em móveis e eletrodomésticos, sugerindo que o local foi utilizado por um período.

As autoridades chegaram ao imóvel em Praia Grande a partir de um desdobramento crucial. De acordo com o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Dahesly, que se deslocou de Diadema, na Grande São Paulo, teria sido incumbida de buscar um dos fuzis utilizados no assassinato do ex-delegado dentro desta residência. A ordem, suspeita-se, teria partido de Luiz Antonio Rodrigues de Miranda. No entanto, apesar das evidências, os fuzis ainda não foram localizados na propriedade.

Além da casa em Praia Grande, uma segunda residência passou a ser foco da Polícia Civil. Este segundo imóvel, localizado em Mongaguá, também na Baixada Santista, teve impressões digitais coletadas que estão sendo cuidadosamente analisadas, expandindo o escopo da investigação e buscando mais evidências sobre a logística e a participação dos criminosos na execução de Ruy Ferraz Fontes. Para compreender melhor o cenário da segurança pública paulista, que enfrenta desafios constantes no combate ao crime organizado, consulte informações sobre projetos e iniciativas no site da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A Prisão do Proprietário e Envolvimento de Parentes

Willian Silva Marques, apontado como proprietário do imóvel na Praia Grande e suspeito de envolvimento direto no crime, teve sua prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo no sábado, dia 20. O empresário se apresentou espontaneamente ao DHPP, em São Paulo, na madrugada de domingo, dia 21, acompanhado de seu defensor legal. Durante as investigações, a análise de materiais genéticos encontrados no imóvel revelou a presença de DNA de um policial militar. Contudo, apurou-se que o agente era irmão de Willian, e, após prestar depoimento, foi desconsiderado como suspeito, afastando qualquer conexão sua com o assassinato de Fontes e direcionando o foco da investigação aos demais envolvidos.

Perfis dos Investigados na Morte do Ex-Delegado

A Polícia Civil já mapeou a identidade dos indivíduos suspeitos de envolvimento no homicídio de Ruy Ferraz Fontes, classificando-os entre presos e foragidos:

Casa de Criminosos da Morte de Ex-Delegado é Pichada em SP - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

  • Felipe Avelino da Silva: Com 33 anos, conhecido no PCC como ‘Mascherano’, está foragido e teve seu DNA identificado em um dos veículos usados no ataque.
  • Luiz Antonio Rodrigues de Miranda: De 43 anos, também foragido, é procurado por supostamente ter coordenado a busca por um dos fuzis empregados na execução.
  • Flávio Henrique Ferreira de Souza: Com 24 anos, é foragido e teve seu DNA detectado em outro veículo utilizado pelos criminosos.
  • Willian Silva Marques: O proprietário, de 36 anos, da residência apontada como base da quadrilha na Praia Grande, está atualmente preso.
  • Dahesly Oliveira Pires: A mulher de 25 anos foi detida em 18 de maio, suspeita de ser a encarregada de recolher o fuzil para o crime na Baixada Santista.
  • Luiz Henrique Santos Batista: Apelidado de ‘Fofão’, de 38 anos, foi preso em São Vicente (SP) em 19 de maio por alegada participação na logística do assassinato.
  • Rafael Marcell Dias Simões: Conhecido como ‘Jaguar’, de 42 anos, entregou-se em 20 de maio no DP Sede de São Vicente e é suspeito de participação direta na execução.

A Dinâmica da Execução de Ruy Ferraz Fontes

A fatal emboscada que resultou na morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes ocorreu pouco após ele finalizar seu expediente na Prefeitura de Praia Grande como secretário de Administração, mesmo já estando aposentado da Polícia Civil. Câmeras de segurança registraram a meticulosa e brutal ação: três agressores armados com fuzis desembarcaram de uma caminhonete que seguia o veículo de Fontes e dispararam contra a vítima. A cronologia do crime revelou que todo o ataque foi concluído em menos de 40 segundos, destacando a eficiência e premeditação dos criminosos.

O Importante Percurso Profissional de Ruy Ferraz Fontes

A trajetória de Ruy Ferraz Fontes foi marcada por mais de 40 anos de dedicação à Polícia Civil, culminando em sua gestão como delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022. Ele foi um pilar fundamental no combate ao crime organizado e uma figura proeminente nas primeiras investigações que desvendaram o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Graduado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo e com pós-graduação em Direito Civil, Fontes teve papéis de liderança em departamentos cruciais como o Estadual de Investigações Criminais (Deic), o Estadual de Investigações contra Narcóticos (Denarc) e a direção do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). No início dos anos 2000, à frente da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos do Deic, ele deu início às investigações sobre o PCC, conseguindo prender líderes da facção e estabelecer um mapa detalhado de sua estrutura criminosa.

A relevância de sua atuação se acentuou durante os ataques orquestrados pelo PCC em maio de 2006, um período de grande instabilidade em São Paulo. Como delegado-geral, entre 2019 e 2022, Ruy Ferraz Fontes liderou a estratégia de transferir chefes do PCC de prisões estaduais paulistas para unidades federais em outros estados, uma medida considerada vital para enfraquecer a influência e a capacidade operacional da facção dentro do sistema prisional. Com um currículo robusto, Fontes participou de cursos de aprimoramento no Brasil, França e Canadá, e atuou como professor de Criminologia e Direito Processual Penal, compartilhando seu conhecimento. Apesar de sua aposentadoria da Polícia Civil, sua dedicação ao serviço público prosseguiu, e ele assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023, cargo que ocupava no momento de sua trágica morte.

Confira também: artigo especial sobre redatorprofissiona

A pichação na casa de suspeitos pela morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes simboliza a tensão e a expectativa de resolução que permeiam este caso de grande repercussão. Para se manter informado sobre este e outros desdobramentos de segurança na região, continue acompanhando nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Reprodução

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