Bilionários do Mundo: Forbes Atualiza Ranking em Outubro

O ranking dos bilionários do mundo, elaborado pela revista Forbes, revelou um incremento substancial na fortuna dos dez indivíduos mais abastados do planeta no último mês. Impulsionados pela robusta valorização das ações no mercado dos Estados Unidos, o patrimônio combinado desses magnatas ascendeu a US$ 2,35 trilhões, o equivalente a R$ 12,5 trilhões, representando um salto de US$ 201 bilhões (R$ 1,06 trilhão) em apenas um período. Este aumento ressalta a dinâmica e a crescente concentração de poder econômico, particularmente no setor tecnológico.

No topo da lista, o empresário Elon Musk solidificou sua posição como o mais rico do globo, atingindo a marca histórica de US$ 499,1 bilhões (R$ 2,6 trilhões). Este marco o estabelece como o primeiro ser humano a acumular meio trilhão de dólares em patrimônio. A performance estelar da Tesla, sua empresa de veículos elétricos, cujas ações valorizaram 33%, adicionou US$ 83,5 bilhões (R$ 399 bilhões) à sua já expressiva fortuna. Além da Tesla, Musk também é o cérebro por trás de projetos ambiciosos como a SpaceX, a rede social X e a emergente empresa de inteligência artificial xAI.

Bilionários do Mundo: Forbes Atualiza Ranking em Outubro

A Forbes detalhou que os valores de mercado foram apurados na última quarta-feira, dia 1º, às 18h20 (horário de Brasília). É crucial observar que a variação diária nos preços das ações resulta em constantes alterações nesses patrimônios. Dentre os dez nomes principais, sete são oriundos do segmento de tecnologia, evidenciando a primazia e a influência deste setor na formação das grandes fortunas globais. É notável a ausência de mulheres no Top 10, com Alice Walton, herdeira do Walmart, sendo a única mulher entre os 15 mais ricos, com um patrimônio de US$ 110,9 bilhões (R$ 589,6 bilhões).

Visão Geral do Ranking dos Maiores Patrimônios

O cofundador da Oracle, Larry Ellison, garantiu a segunda posição, com sua riqueza alcançando US$ 350,7 bilhões (R$ 1,86 trilhão) após um aumento de US$ 79,8 bilhões (R$ 423 bilhões). Já Mark Zuckerberg, fundador da Meta, ocupou o terceiro lugar, com US$ 245,8 bilhões (R$ 1,33 trilhão), apesar de uma perda de US$ 7,2 bilhões no decorrer do mês avaliado.

Um destaque significativo no levantamento é Jensen Huang, cofundador da Nvidia. Graças a uma valorização de 7% nas ações de sua empresa fabricante de chips, Huang foi o único a ascender no ranking, movendo-se da 9ª para a 7ª colocação, atingindo um patrimônio de US$ 162,6 bilhões (R$ 863,9 bilhões). Sua empresa se consolidou como um pilar fundamental na revolução da inteligência artificial, catapultando seu valor de mercado para US$ 4,5 trilhões (R$ 23,8 trilhões) sob sua liderança desde 1993.

Os Dez Indivíduos Mais Ricos, em Detalhe:

• 1. Elon Musk (US$ 499,1 bilhões): Liderando pelo 17º mês consecutivo, sua fortuna expandiu com a valorização de 33% da Tesla, à qual se somam os ativos da SpaceX, X e xAI.
• 2. Larry Ellison (US$ 350,7 bilhões): Cofundador da Oracle, registrou um acréscimo de US$ 79,8 bilhões em sua fortuna devido à alta de 24% das ações da empresa, impulsionada pelas expectativas em nuvem e inteligência artificial. Com 81 anos, continua ativo em fusões e aquisições.
• 3. Mark Zuckerberg (US$ 245,8 bilhões): O executivo de 41 anos, líder da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp), manteve a terceira posição, mesmo com uma retração de US$ 7,2 bilhões (R$ 38 bilhões) no período. Sua empresa continua um ator central no desenvolvimento de IA.
• 4. Jeff Bezos (US$ 233,5 bilhões): O fundador da Amazon registrou a maior perda mensal, US$ 7,4 bilhões (R$ 39 bilhões), em decorrência de uma queda de 4% nos papéis de sua companhia. Aos 61 anos, ele foca em projetos como a Blue Origin, que recentemente lançou uma tripulação feminina ao espaço.
• 5. Larry Page (US$ 203,7 bilhões): Cofundador do Google, sua fortuna aumentou em US$ 25,4 bilhões (R$ 134 bilhões), refletindo a recuperação de 14% das ações da Alphabet após uma vitória judicial em um importante caso antitruste. Ele segue como acionista controlador e membro do conselho da Alphabet.
• 6. Sergey Brin (US$ 189 bilhões): O parceiro de Page na fundação do Google experimentou uma perda de US$ 23 bilhões (R$ 122 bilhões) em setembro, atribuída à volatilidade tecnológica. Recentemente, retomou um papel ativo no desenvolvimento de IA na Alphabet, contribuindo para o chatbot Gemini.
• 7. Jensen Huang (US$ 162,6 bilhões): Com um acréscimo de US$ 12,2 bilhões (R$ 64,9 bilhões), Huang subiu duas posições, consolidando a Nvidia como líder em chips para IA.
• 8. Bernard Arnault (US$ 160,6 bilhões): O magnata francês, único não americano do grupo, teve sua fortuna expandida em US$ 6,5 bilhões (R$ 34 bilhões), mas caiu duas posições. Seu império LVMH (Louis Vuitton, Dior) continua uma força no luxo global. Arnault ocupou o topo da lista anteriormente, sendo superado por avanços tecnológicos.
• 9. Steve Ballmer (US$ 156,4 bilhões): Ex-CEO da Microsoft, Ballmer perdeu uma posição, mesmo com um aumento de US$ 5,1 bilhões (R$ 27 bilhões) em sua riqueza, ainda amplamente atrelada às ações da Microsoft. Ele também é proprietário do time da NBA Los Angeles Clippers.
• 10. Warren Buffett (US$ 148,5 bilhões): Aos 95 anos, o renomado investidor viu sua fortuna crescer US$ 1,9 bilhão (R$ 10 bilhões) em setembro. Conhecido como “Oráculo de Omaha”, ele planeja deixar o comando da Berkshire Hathaway até 2025, já tendo doado bilhões em filantropia e prometendo destinar 99% de seus bens a causas sociais.

Concentração em Tecnologia e Cenário Global

O panorama atual da riqueza global, conforme detalhado pela revista Forbes, acentua a predominância do setor de tecnologia. A vasta maioria dos super-ricos deste ranking construiu e expandiu seus impérios a partir de inovações e lideranças neste segmento. As valorizações de companhias como Tesla, Oracle e Nvidia demonstram o quão interligado o aumento das fortunas está ao avanço e à demanda por novas tecnologias, em especial a inteligência artificial. Este fenômeno reconfigura continuamente o poder econômico, criando novas lideranças enquanto impõe desafios àqueles em setores mais tradicionais, como exemplificado pela trajetória de Bernard Arnault e Warren Buffett.

Os movimentos neste seleto grupo servem como um termômetro das tendências econômicas e de inovação em escala mundial, destacando a capacidade de rápida expansão e retração das fortunas bilionárias com base na performance do mercado de ações. A vigilância sobre esses patrimônios, portanto, oferece um vislumbre sobre onde o capital e a influência estão se concentrando e como os próximos anos podem moldar o cenário financeiro internacional.

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Crédito da imagem: Allison Robbert – 02.out.25/AFP