Bessent: Altas Taxas Juros EUA Causam Recessão Imobiliária

Economia

TÍTULO: Bessent: Altas Taxas Juros EUA Causam Recessão Imobiliária
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META DESCRIÇÃO: Scott Bessent alerta que altas taxas de juros do Fed já causaram recessão imobiliária nos EUA, criticando políticas e pedindo cortes acelerados.

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A recessão imobiliária nos EUA já é uma realidade em diversas partes da economia do país, um reflexo direto das políticas de taxas de juros elevadas implementadas pelo Federal Reserve. Essa é a avaliação do secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, que reafirmou seu apelo para que o banco central americano acelere o ritmo dos cortes nas taxas, visando mitigar os impactos negativos no mercado.

Em declaração concedida neste domingo, 2 de dezembro, Bessent enfatizou a importância de uma revisão urgente das estratégias monetárias. “Acredito que estamos em uma situação razoavelmente boa, mas há setores da economia que, de fato, se encontram em recessão”, afirmou ele durante sua participação no programa State of the Union, da CNN. Ele apontou que as escolhas do Federal Reserve “causaram muitos problemas de distribuição com suas políticas”, sugerindo que os efeitos da alta de juros não foram homogêneos, prejudicando certas frentes mais do que outras.

Bessent: Altas Taxas Juros EUA Causam Recessão Imobiliária

Embora a conjuntura econômica geral dos Estados Unidos seja descrita por Bessent como “sólida” em diversos aspectos, ele ressaltou que as taxas de hipoteca persistentemente altas continuam a exercer uma pressão considerável sobre o mercado habitacional. Para o secretário do Tesouro, a habitação não apenas está, mas efetivamente, imersa em uma recessão. Ele enfatizou que essa situação atinge com maior intensidade os consumidores com baixa renda. A razão apontada é que esses grupos populacionais, tipicamente, possuem mais dívidas e menos ativos em seu balanço financeiro, tornando-os mais vulneráveis aos custos elevados de empréstimos e financiamentos imobiliários. A Associação Nacional de Corretores de Imóveis, por sua vez, reportou que as vendas pendentes de casas nos EUA permaneceram estáveis em setembro, um dado que, na visão de Bessent, não mascara as dificuldades subjacentes do mercado.

A visão de Scott Bessent posiciona o atual ambiente econômico como um período de transição, onde as medidas do banco central assumem um papel crítico na estabilização ou desestabilização de segmentos vitais. A pressão por uma mudança na política de juros ganhou ainda mais corpo na última semana, quando o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que o conselho pode não realizar novos cortes nas taxas na sua próxima reunião, agendada para dezembro. Esta sinalização gerou fortes críticas por parte de Bessent e de outros representantes da administração do então governo Trump, que argumentam a favor de uma postura mais flexível por parte do banco central.

As opiniões de Bessent encontram eco em outras vozes proeminentes, como a de Stephen Miran. Diretor do Fed, Miran está atualmente em licença de seu posto como presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca e deve retornar em janeiro. Em entrevista publicada no sábado, 1º de dezembro, pelo New York Times, ele alertou que o Federal Reserve corre um risco considerável de precipitar uma recessão caso não reduza as taxas de juros com a devida rapidez. Miran foi um dos dois membros do conselho a divergir da decisão da semana anterior de cortar as taxas em 0,25 ponto percentual. Ele defendeu, por sua vez, um corte mais substancial, de 0,5 ponto percentual, refletindo sua preocupação com os potenciais desdobramentos de uma política monetária excessivamente restritiva. “Se mantivermos a política tão rígida por um longo período, corremos o risco de que a própria política monetária esteja induzindo uma recessão”, declarou Miran ao New York Times, consolidando sua argumentação pela descompressão dos juros.

Bessent corroborou inteiramente a perspectiva de Miran, agregando que os cortes nos gastos implementados pela administração Trump desempenharam um papel fundamental na diminuição da relação entre o déficit público e o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Essa relação, que se encontrava em 6,4%, foi reduzida para 5,9%, um movimento que, segundo ele, já contribuiu e continuará a colaborar para a contenção da inflação. Neste cenário, o secretário do Tesouro reafirma que o Federal Reserve tem uma contribuição crucial a oferecer, mantendo um processo de redução contínua das taxas de juros para alinhar a política monetária com os esforços fiscais do governo. A busca por um equilíbrio que promova o crescimento econômico sem alimentar pressões inflacionárias indesejadas continua no centro do debate.

Bessent: Altas Taxas Juros EUA Causam Recessão Imobiliária - Imagem do artigo original

Imagem: valor.globo.com

A política monetária do Federal Reserve, banco central americano, tem sido alvo de intensas discussões sobre sua condução e os impactos em diversos segmentos da economia. A postura de contenção dos juros, defendida por muitos, contrasta com as visões de que uma política excessivamente rígida pode sufocar o crescimento e levar setores específicos a um estado recessivo, como já ocorre com o setor imobiliário, segundo as autoridades. A decisão de não cortar juros na reunião de dezembro, ou a velocidade dos cortes futuros, é aguardada com grande expectativa e continua a gerar debate entre analistas e formuladores de política econômica, influenciando diretamente a recuperação de mercados importantes nos EUA.

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Em suma, a posição de Scott Bessent, respaldada pelas preocupações de Stephen Miran, aponta para uma divisão clara no debate sobre a política monetária dos EUA. A aceleração nos cortes das taxas de juros é vista como uma medida essencial para reverter o quadro de recessão imobiliária nos EUA e evitar uma desaceleração econômica mais ampla, garantindo que a recuperação seja inclusiva e sustentável para todos os consumidores americanos. Para mais análises e atualizações sobre a economia global e as políticas que a moldam, explore nossa seção de Economia e mantenha-se informado.

Crédito da imagem: Scott Bessent, secretário do Tesouro americano Foto: Kyodo News/Bloomberg

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