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Bebê de 1 ano Espancada Morre em Jundiaí; Mãe foi Presa

A trágica notícia do falecimento de uma bebê de apenas um ano e três meses, que se encontrava hospitalizada há uma semana após sofrer violentos maus-tratos, confirmou-se no fim da tarde da última quinta-feira, dia 25. O lamentável episódio, que tem mobilizado a população local, ocorreu na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, […]

A trágica notícia do falecimento de uma bebê de apenas um ano e três meses, que se encontrava hospitalizada há uma semana após sofrer violentos maus-tratos, confirmou-se no fim da tarde da última quinta-feira, dia 25. O lamentável episódio, que tem mobilizado a população local, ocorreu na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, e tem a própria mãe da criança, de 23 anos, como principal suspeita dos atos de violência que levaram à fatalidade.

A progenitora da menina foi detida em flagrante na sexta-feira anterior, dia 19 de setembro, sob a acusação de agredir a filha. Até o momento, a defesa da mulher não se manifestou ou não foi localizada pela imprensa para apresentar a sua versão dos fatos, intensificando o mistério e a indignação em torno do caso.

Bebê de 1 ano Espancada Morre em Jundiaí; Mãe foi Presa

A confirmação do óbito foi emitida pelo Hospital Universitário de Jundiaí, onde a pequena vítima estava internada desde o dia 19 de setembro. A declaração do falecimento ocorreu precisamente às 17h50 da quinta-feira, encerrando uma batalha por vida que durou vários dias e comoveu toda a região. A comunidade de Jundiaí acompanha o desfecho deste caso de violência infantil com profunda tristeza e apreensão.

Na quarta-feira, dia 24 de setembro, véspera do falecimento, o hospital já havia comunicado a instauração de um protocolo de investigação para morte encefálica. Contudo, conforme informações da instituição, este processo não chegou a ser concluído devido ao óbito natural da criança. Ela permanecia em um estado clínico extremamente delicado, dependente de aparelhos para respirar, o que demonstra a gravidade das lesões sofridas e o quadro de saúde irreversível que a afligia.

A peregrinação de socorro e o histórico de violência

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, a bebê havia chegado a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Jundiaí apresentando um quadro gravíssimo. Durante o atendimento inicial, a pequena paciente sofreu não uma, mas quatro paradas cardíacas, evidenciando a intensidade e a severidade dos maus-tratos que resultaram em tamanha emergência. Foi a própria mãe quem levou a criança até a unidade de saúde.

Devido à extrema gravidade do estado de saúde, foi necessária a intervenção imediata de uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para realizar a transferência urgente da bebê ao Hospital Universitário. Ao ser avaliada pela equipe médica, constatou-se que a menina estava intubada e em coma profundo, com um extenso quadro de múltiplas lesões espalhadas pelo corpo. Dentre as agressões, foram identificadas uma clavícula fraturada, além de queimaduras localizadas na cabeça e no pescoço, evidenciando um padrão cruel de violência.

A equipe médica da UPA confirmou no boletim de ocorrência que as quatro paradas cardíacas, momento crítico de falha vital, foram experienciadas pela criança enquanto estava sob seus cuidados iniciais antes da transferência ao hospital especializado.

Histórico preocupante e alertas negligenciados

A médica responsável pelo atendimento da bebê revelou às autoridades policiais um histórico preocupante de visitas da criança à rede de saúde. A menina já era acompanhada desde o mês de fevereiro, quando deu entrada no hospital com marcas de lesões nos braços e evidências de mordidas. Além disso, foi diagnosticado um quadro de desnutrição, que resultou em uma internação de aproximadamente oito dias. Estes fatos, conforme relatado, já indicavam um cenário de vulnerabilidade e violência persistente.

De acordo com o depoimento da profissional de saúde à polícia, a desconfiança em relação à mãe da criança se intensificou a cada nova entrada no hospital. A médica notou que, em duas outras ocasiões subsequentes, a bebê foi levada ao pronto-socorro sempre com “uma lesão nova em algum outro lugar do corpo”, um padrão que sugeria que a criança estava sendo constantemente submetida a algum tipo de agressão ou negligência severa. A reincidência das lesões físicas despertou um alerta grave na equipe de saúde.

Diante do preocupante cenário, o caso havia sido encaminhado às instâncias de proteção infantil. O Conselho Tutelar da cidade informou ter prestado assistência à família inicialmente, mas perdeu o contato com a mãe da criança após esta ter mudado de endereço e, de forma inexplicável, não ter comunicado aos conselheiros sua nova residência. Essa omissão prejudicou a continuidade do acompanhamento e a proteção à menor.

Bebê de 1 ano Espancada Morre em Jundiaí; Mãe foi Presa - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

A prisão da mãe e a repercussão do caso

O momento da prisão da mãe, conforme trecho do boletim de ocorrência, foi marcado por grande tensão. “Diante dos fatos, foi dada voz de prisão à mãe da criança [pela Polícia Militar, que atendeu a ocorrência de suspeita de maus-tratos] e trazida ao plantão policial, sendo necessário o uso de algemas pela estado agressivo que a autora se encontrava”. A situação evidenciou a exaltação da mulher ao ser confrontada com as acusações.

Subsequentemente, a prisão da suspeita foi mantida tanto na delegacia quanto pela Justiça, após uma audiência de custódia que avaliou os elementos da detenção. No período de sua prisão, a mulher declarou não possuir um advogado e que não havia a quem comunicar sua detenção, acrescentando outro ponto de complexidade e solidão ao trágico desfecho familiar.

Manifestações de repúdio e pedidos de investigação

A dolorosa morte do bebê teve uma vasta repercussão por toda Jundiaí, provocando uma onda de comoção e indignação na comunidade. O prefeito da cidade, Gustavo Martinelli (União), fez uso de suas plataformas nas redes sociais para veementemente repudiar a brutalidade do crime. Em sua mensagem, ele destacou a resposta rápida da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes), que acolheu a irmã mais velha da bebê falecida, uma criança de apenas 4 anos, assegurando-lhe amparo e proteção.

Em sua declaração pública, o chefe do executivo municipal reforçou o sentimento coletivo de repulsa à violência contra os mais vulneráveis. “Repudiamos a violência contra crianças e adolescentes. Que as investigações sejam apuradas e que a justiça seja feita”, escreveu Martinelli, ecoando o anseio por responsabilidade e um desfecho justo para este crime hediondo que abalou Jundiaí.

A seriedade do caso impulsionou, inclusive, ações legislativas. Na última terça-feira, dia 23 de setembro, a Câmara Municipal de Jundiaí aprovou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A medida visa um acompanhamento minucioso dos desdobramentos do caso, com especial foco na apuração de uma possível omissão ou falha na atuação do Conselho Tutelar, buscando entender se as ações protetivas foram suficientes ou se houve negligência em algum estágio.

Este incidente ressalta a importância de discutir a fundo a violência infantil e a atuação das redes de proteção. Em um cenário que levanta profundas discussões sobre a proteção da infância no Brasil, como apontam estudos e diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, disponível em cnj.jus.br, o caso de Jundiaí nos força a refletir sobre os mecanismos existentes e as falhas que persistem. A comunidade e as autoridades de Jundiaí buscam, através das investigações, que a justiça seja cumprida, e que tal tragédia não se repita. É um chamado para reforçar a vigilância e o amparo às crianças.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

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Hospital Universitário de Jundiaí (SP), onde foi internada bebê que teria sido espancada pela mãe, segundo a polícia – @hujundiai

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