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Baixada Santista estuda prédios exclusivos para idosos

A discussão sobre o desenvolvimento de prédios exclusivos para idosos avança na Baixada Santista, litoral paulista, como uma resposta às crescentes demandas por saúde, qualidade de vida e segurança para a “melhor idade”. O Sindicato da Indústria de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi) confirmou que construtoras e incorporadoras estão em fase de […]

A discussão sobre o desenvolvimento de prédios exclusivos para idosos avança na Baixada Santista, litoral paulista, como uma resposta às crescentes demandas por saúde, qualidade de vida e segurança para a “melhor idade”. O Sindicato da Indústria de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi) confirmou que construtoras e incorporadoras estão em fase de análise para a criação de empreendimentos residenciais dedicados a esse público na região. O interesse nesse segmento é robusto, motivado por dados demográficos relevantes que apontam para uma concentração significativa de idosos em cidades como Santos.

De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santos destaca-se como o município brasileiro com mais de 30 mil habitantes que registra a maior proporção de idosos em sua população total. Além disso, os outros oito municípios que compõem a Baixada Santista observaram uma tendência similar ao restante do país, dobrando essa proporção de habitantes acima de 60 anos desde o ano 2000, um indicativo claro da necessidade de adaptação da infraestrutura urbana e imobiliária.

Baixada Santista estuda prédios exclusivos para idosos

Carlos Meschini, diretor regional do Secovi na Baixada Santista, em declaração ao g1, afirmou que projetos exclusivos para a população idosa estão em diferentes estágios, desde o estudo na região até o desenvolvimento concreto na capital e interior de São Paulo. Meschini enfatizou o apelo da Baixada Santista como destino de aposentadoria. “A Baixada Santista é o sonho de consumo de muitas pessoas quando elas se aposentam. Então, com certeza, nossa região tem toda a condição de contar com empreendimentos voltados para esse público”, explicou o diretor. Ele acrescentou que essa tendência já é uma realidade consolidada em diversas nações, citando o exemplo da Flórida, nos Estados Unidos, conhecida por abrigar inúmeros empreendimentos voltados para indivíduos com mais de 60 anos, atraídos, em grande parte, pelo clima ameno durante o ano.

A Estrutura dos Novos Empreendimentos Residenciais

O conceito por trás desses empreendimentos residenciais para idosos foca na autonomia e bem-estar. Meschini detalhou que o modelo previsto se assemelha a um projeto já existente em Santos, embora o atual seja voltado especificamente para estudantes. Nestes novos residenciais, cada morador terá sua própria unidade, garantindo privacidade, com acesso a uma série de serviços agregados que serão definidos pelos empreendedores. A grande diferença para casas de repouso tradicionais ou Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) reside justamente na preservação da individualidade do morador, que não precisa abrir mão do seu espaço.

Entre os serviços cogitados, o diretor listou limpeza, lavanderia e, possivelmente, sistemas de concierge ou de atendimento ambulatorial para acompanhamento dos residentes. Este formato possibilita a interação e o suporte mútuo entre vizinhos, sem comprometer a privacidade e a independência que são tão valorizadas. A proposta é criar comunidades onde os idosos possam viver com conforto, segurança e uma rede de apoio acessível.

A Ascensão da População Idosa na Baixada Santista

Os dados do Censo de 2022, a pesquisa mais recente do IBGE que mapeou a população integralmente, sublinham a relevância do envelhecimento populacional na Baixada Santista. As nove cidades da região somam um total de 1.805.531 habitantes, dos quais 346.125 são idosos. A proporção de pessoas acima de 60 anos no Brasil, que em 2000 era de 8,5%, quase dobrou para 15,8% em 2022. Na Baixada Santista, essa elevação foi ainda mais acentuada em várias localidades, mostrando a urgência de soluções habitacionais adaptadas.

Baixada Santista estuda prédios exclusivos para idosos - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Detalhes da proporção de idosos entre 2000 e 2022 em algumas cidades da região demonstram essa evolução demográfica:

  • Bertioga: passou de 5,66% para 13,22%
  • Cubatão: aumentou de 5,8% para 14%
  • Guarujá: saltou de 6,48% para 14,98%
  • Itanhaém: cresceu de 9,83% para 21,75%
  • Mongaguá: subiu de 9,95% para 22,81%
  • Peruíbe: registrou de 10,8% para 22,08%
  • Praia Grande: elevou de 9,42% para 17,96%
  • Santos: apresentou a maior proporção, de 15,6% para 25,34%
  • São Vicente: viu sua proporção ir de 8,52% para 17,03%

Essa tendência de crescimento da população idosa é projetada para continuar. As primeiras Projeções de População do IBGE, baseadas nos dados de 2022, estimam que a população do país estabilizará seu crescimento em 2041, atingindo cerca de 220.425.299 habitantes. A data de 1º de outubro marca o Dia Nacional do Idoso, uma ocasião importante para reflexão sobre as necessidades e o bem-estar desse segmento populacional em ascensão.

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O desenvolvimento de empreendimentos residenciais dedicados à terceira idade na Baixada Santista é um passo estratégico e necessário diante do panorama demográfico atual e futuro. Esses projetos representam uma adaptação do mercado imobiliário para oferecer dignidade, conforto e serviços específicos aos idosos, consolidando a região como um polo de qualidade de vida para este público. Para acompanhar outras notícias e análises sobre o crescimento e o desenvolvimento urbano nas principais cidades, continue navegando em nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Alexsander Ferraz/AT e Pixabay

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