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Avanços No Combate Ao Alzheimer em 2025: Cinco Descobertas

Os avanços no combate ao Alzheimer em 2025 representam um marco significativo na medicina, trazendo esperança para milhões de pessoas em todo o mundo. À medida que o risco de demência em idades avançadas gera crescente preocupação, novas descobertas prometem transformar o diagnóstico e as estratégias de tratamento, vislumbrando um futuro com melhor qualidade de […]

Os avanços no combate ao Alzheimer em 2025 representam um marco significativo na medicina, trazendo esperança para milhões de pessoas em todo o mundo. À medida que o risco de demência em idades avançadas gera crescente preocupação, novas descobertas prometem transformar o diagnóstico e as estratégias de tratamento, vislumbrando um futuro com melhor qualidade de vida para os pacientes.

Estimativas recentes, de um estudo com mais de 15 mil participantes realizado em 2025, indicam que 42% da população tem chances de desenvolver demência após os 55 anos. A projeção alarmante aponta para um salto no número de novos casos nos Estados Unidos, de 514 mil em 2020 para aproximadamente 1 milhão anualmente até 2060. Neste cenário, as novidades científicas surgem como pilares fundamentais.

Avanços No Combate Ao Alzheimer em 2025: Cinco Descobertas

Apesar do cenário desafiador, a ciência avança em um ritmo promissor. Ronald Petersen, neurologista e ex-diretor do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer na Clínica Mayo, ressalta que “estamos no limiar de causar um impacto significativo na qualidade de vida e na extensão da saúde, não apenas na longevidade”. Estes desenvolvimentos abrangem o diagnóstico, terapias para a Doença de Alzheimer (que constitui de 60% a 80% dos casos de demência) e uma compreensão mais profunda de seus mecanismos biológicos e progressão. Um relatório da Comissão Lancet, de 2024, sugere que cerca de metade dos casos de demência pode ser evitada por meio da gestão de fatores de risco conhecidos.

Teste Sanguíneo Revolucionário Para Alzheimer

Um dos progressos mais notáveis em 2025 é a aprovação, em maio, do primeiro exame de sangue para detectar biomarcadores de Alzheimer: placas de beta-amiloide e emaranhados de tau. Este teste alcança mais de 90% de precisão e é visto como uma “democratização dos testes diagnósticos da Doença de Alzheimer”, nas palavras de Petersen. Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia em São Francisco, prevê que “este biomarcador sanguíneo vai realmente revolucionar como diagnosticamos, quem pode ser diagnosticado e quem está fazendo o diagnóstico”.

Anteriormente, a detecção de beta-amiloide ou placas cerebrais dependia de neuroimagem PET, com alto custo, ou punção lombar, um procedimento invasivo para coleta de líquido cefalorraquidiano. Agora, um clínico geral pode administrar o novo exame, tornando o diagnóstico mais acessível e econômico, especialmente em regiões com escassez de especialistas ou equipamentos. Concomitantemente, a Associação de Alzheimer divulgou sua primeira diretriz de prática clínica diagnóstica, incorporando robustas avaliações científicas e incluindo o novo exame de sangue.

O teste sanguíneo avalia dois marcadores-chave: o beta-amiloide, uma proteína que pode formar placas pegajosas no cérebro, e o p-tau217, uma versão modificada da proteína tau, associada à formação de emaranhados disrruptivos. Petersen destaca que o p-tau217 parece ser o indicador mais informativo da presença da biologia subjacente do Alzheimer. A pesquisa mostra que este biomarcador pode sinalizar o risco da doença anos antes dos sintomas se manifestarem, possibilitando tratamentos e intervenções no estilo de vida mais precoces.

É fundamental ressaltar que um resultado positivo para esses biomarcadores não confirma o desenvolvimento iminente da Doença de Alzheimer, já que estudos revelam que mais de 20% dos adultos com mais de 65 anos e sem comprometimento cognitivo são amiloides positivos. Melhorias nos diagnósticos, incluindo o teste sanguíneo, também são cruciais para acelerar a pesquisa de tratamentos, permitindo que ensaios clínicos selecionem pacientes de forma mais precisa com base em seus perfis biológicos. A visão futura de Petersen sugere que testes de sangue rotineiros podem, um dia, perfilar nosso risco de demência, possibilitando terapias personalizadas.

O Impacto do Estilo de Vida na Cognição

Em julho de 2025, os resultados do U.S. POINTER, o maior ensaio clínico de intervenção em estilo de vida nos Estados Unidos, trouxeram informações cruciais. A pesquisa demonstrou que abordar diversas áreas simultaneamente – nutrição, exercício, treinamento cognitivo e monitoramento da saúde – aprimorou as funções cognitivas de participantes com risco de demência. Aqueles em um grupo mais estruturado apresentaram maiores melhorias do que os participantes autoguiados.

Heather Snyder, da Associação de Alzheimer e uma das autoras do estudo POINTER, descreveu o ensaio como um “grande momento”, culminando décadas de pesquisa, inclusive um ensaio prévio semelhante na Finlândia. Yaffe, que liderou um ensaio menor sobre redução de risco personalizada em 2024, reforça a importância dessas descobertas, indicando que “existem maneiras de reduzir seus fatores de risco para ter a Doença de Alzheimer e outras demências” e “realmente pode melhorar seu perfil de envelhecimento cognitivo”.

Um estudo publicado em agosto reforça essa tese, sugerindo que indivíduos com maior risco genético para Alzheimer, devido à presença do gene APOE4, podem se beneficiar mais da adesão a uma dieta mediterrânea. O ensaio POINTER continua gerando informações valiosas. Metade dos participantes voluntariou-se para neuroimagem, e dados sobre o impacto das mudanças de estilo de vida no cérebro devem ser divulgados ainda este ano, oferecendo mais subsídios para o combate a desafios globais de saúde, conforme a Organização Mundial da Saúde.

Avanços No Combate Ao Alzheimer em 2025: Cinco Descobertas - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Inflamação: Um Novo Foco da Pesquisa

Embora o beta-amiloide permaneça um alvo prioritário na pesquisa da demência, cientistas estão crescentemente direcionando suas investigações para o papel da inflamação no aumento do risco de demência. Snyder enfatiza que “Alzheimer é uma doença complexa, e provavelmente não será uma abordagem única”. Um estudo de julho corrobora essa complexidade, ao revelar que pessoas portadoras do gene APOE4 exibem muitas alterações em seu sistema imunológico, o que pode justificar sua suscetibilidade não apenas ao Alzheimer, mas também a outras doenças neurodegenerativas.

A inflamação e a disfunção imunológica são processos comuns a vários distúrbios neurodegenerativos, incluindo a demência e a doença de Parkinson. Yaffe destaca um “grande impulso agora na imunomodulação para Alzheimer e outras doenças degenerativas”, referindo-se a estratégias para modificar a atividade do sistema imunológico, o que pode abrir novas vias terapêuticas.

Vacinas Podem Reduzir o Risco de Demência

Intervenções que modulam o sistema imunológico e estão ligadas à redução do risco de demência incluem vacinas. Diversos estudos de larga escala têm comparado os desfechos de indivíduos vacinados com os não vacinados, fornecendo evidências robustas sobre o potencial das vacinas em combater o risco de demência. Em abril, um estudo publicado na Nature acompanhou mais de 280 mil adultos no País de Gales, revelando que a vacina contra herpes-zóster reduziu em 20% o risco de desenvolver demência ao longo de um período de sete anos. Em junho, outra pesquisa com mais de 430 mil adultos indicou que as vacinas contra herpes-zóster e vírus sincicial respiratório (VSR) estavam associadas a uma diminuição no risco de demência.

Duas principais hipóteses biológicas explicam essa relação. Primeiramente, as vacinas podem reduzir o risco de infecções, que já foram associadas ao aumento do risco de demência. Em segundo lugar, a própria vacina pode ativar o sistema imunológico de uma forma benéfica. Pesquisadores sugerem que ambos os mecanismos não são excludentes e podem atuar em conjunto, contribuindo para os efeitos protetores observados.

A Ligação Recém-Descoberta com o Lítio

Em agosto, um estudo publicado na Nature trouxe à luz uma ligação inesperada, mas promissora: o metal lítio pode desempenhar um papel protetor contra o Alzheimer. Yaffe, que não participou da pesquisa, afirma que “a ideia de que o lítio é neuroprotetor existe há algum tempo”. Em cérebros saudáveis, o lítio é vital para a manutenção da função neuronal adequada, sendo o carbonato de lítio também empregado no tratamento do transtorno bipolar.

A pesquisa, conduzida em camundongos, mostrou que as placas de beta-amiloide “aprisionavam” o lítio, diminuindo sua eficácia. A baixa concentração de lítio, por sua vez, criava um ambiente inflamatório no cérebro e acelerava o acúmulo tanto das placas de beta-amiloide quanto dos emaranhados de tau. Os cientistas relataram que doses mínimas de orotato de lítio foram capazes de reverter a doença e restaurar a função cerebral em camundongos, apontando para uma potencial terapia emocionante a ser testada em seres humanos. Petersen enfatiza que, embora a “justificativa científica seja convincente e interessante”, é crucial avaliar essa hipótese em ensaios clínicos para verificar sua utilidade terapêutica.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

As descobertas de 2025 reforçam a urgência e a relevância da pesquisa no combate ao Alzheimer. Desde um diagnóstico mais acessível com testes de sangue até o foco renovado no estilo de vida, inflamação, vacinas e o papel do lítio, o panorama para a Doença de Alzheimer está mudando. Estas informações são um convite para o público manter-se informado sobre os avanços contínuos. Para aprofundar suas análises sobre temas relevantes, continue acompanhando as últimas novidades em nossa editoria.

Crédito da imagem: Nomad Soul /Adobe Stock

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