A audiência de Jimmy Kimmel no YouTube registrou um aumento impressionante após o retorno do apresentador à televisão. Em um episódio marcante transmitido na terça-feira, dia 23, após uma suspensão que durou uma semana, o programa superou em muito suas médias habituais de visualizações, conforme revelado por uma reportagem da CNN americana. O desempenho assinala uma recuperação extraordinária para o talk-show e reacende o debate sobre o engajamento do público com controvérsias midiáticas.
Os números refletem um fenômeno significativo de repercussão. Nos últimos seis meses, o canal de Jimmy Kimmel no YouTube havia mantido uma média de aproximadamente 240 mil visualizações por vídeo. No entanto, o episódio mais recente, marcando a volta do programa, acumulou mais de 14 milhões de visualizações até a última atualização do texto original. Esse pico representa um volume quase 58 vezes maior do que a média usual, demonstrando um interesse massivo e incomum do público em acompanhar os desdobramentos da polêmica que precedeu seu retorno.
Audiência de Jimmy Kimmel Dispara Após Retorno do Programa
A controvérsia que culminou na suspensão temporária do “Jimmy Kimmel Live!” girou em torno de comentários feitos pelo apresentador relacionados ao assassinato de Charlie Kirk, um ativista conservador alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA) e aliado do ex-presidente Donald Trump. O crime ocorreu durante um evento na Universidade Utah Valley no início daquele mês, e o suspeito, Tyler Robinson, foi preso na sexta-feira, dia 12, e indiciado por homicídio qualificado.
Durante um monólogo em uma segunda-feira anterior, dia 15, Kimmel fez alusões que ligavam o acusado, Tyler Robinson, ao espectro republicano e pró-Trump. “A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, declarou o apresentador, segundo noticiado pela imprensa americana. Essas declarações geraram uma forte repercussão e críticas, levando a rede ABC a tirar o talk-show do ar por tempo indeterminado, gerando um debate intenso sobre liberdade de expressão e a polarização política na era Trump nos Estados Unidos.
A Retratação e a Crítica ao “Cancelamento”
No aguardado episódio de seu retorno, Jimmy Kimmel abordou diretamente a polêmica, oferecendo uma retratação e buscando esclarecer suas intenções. Ele enfatizou que não possuía a intenção de fazer piada sobre a morte de um jovem, apesar de reconhecer que suas palavras podem ter sido mal interpretadas. “Eu não acho que o que vou dizer vai fazer muita diferença. Se você gosta de mim, você gosta. Se não, não gosta. Eu não tenho a ilusão de mudar a opinião de alguém”, ponderou Kimmel.
O apresentador reforçou sua perspectiva humana sobre o ocorrido: “Mas eu quero deixar algo claro porque é importante para mim como ser humano. E isso é: vocês entendem que nunca foi a minha intenção de fazer piada sobre o assassinato de um jovem”, afirmou. Kimmel também fez questão de esclarecer que não culpabilizava nenhum grupo específico pelo ato, contrapondo a interpretação de que teria “apontado o dedo” para o movimento conservador. “Esse realmente foi o oposto do que eu estava tentando dizer”, explicou, compreendendo que, para alguns, suas declarações “não tenham ficado claro ou pareceu limitado. Ou as duas coisas”.
Ele prosseguiu demonstrando empatia: “E para aqueles que acham que apontei, sim, o dedo, eu entendo porque vocês ficaram chateados”, disse Kimmel, adicionando: “Se a situação fosse contrária, tem grandes chances de que eu sentiria o mesmo”. Ele ainda fez uma declaração firme sobre o agressor: “Eu não acho que o assassino do Charlie Kirk representa alguém. Ele é uma pessoa doente que acredita que violência é uma solução. E nunca é”, reforçando que a violência não é a resposta.
Apesar de sua retratação, Jimmy Kimmel não hesitou em expressar uma visão crítica sobre a cultura do “cancelamento”, defendendo o valor da existência de programas como o seu, independentemente de sua própria importância. “Esse programa não é importante. O importante é que vivemos em um país em que esse show pode existir”, sublinhou, enfatizando a relevância da liberdade de expressão na sociedade.
Reações Políticas e a Mensagem de Donald Trump
A repercussão da suspensão e do retorno de Jimmy Kimmel não se limitou ao público e à crítica midiática; figuras políticas de alto perfil também se manifestaram. O ex-presidente Donald Trump, em particular, comentou o evento em suas redes sociais antes mesmo da exibição do programa de retorno. Com seu tom característico, Trump criticou tanto a rede ABC quanto o apresentador.

Imagem: g1.globo.com
“Não acredito que a ABC Fake News devolveu o emprego ao Jimmy Kimmel. A Casa Branca foi informada pela ABC de que o programa dele tinha sido cancelado! Algo aconteceu entre então e agora, porque a audiência dele SUMIU, e seu talento nunca existiu”, escreveu Trump, insinuando que a audiência de Kimmel era inexistente e questionando a decisão da emissora. A afirmação de Trump de que a Casa Branca foi informada do cancelamento é uma camada adicional de detalhe sobre a suposta comunicação entre seu governo e a ABC.
No início do programa de retorno, o próprio Kimmel aproveitou a oportunidade para enviar uma indireta a Trump, sem citá-lo nominalmente. “Eu não sei quem teve as 48 horas mais malucas, eu ou o CEO da Tylenol”, disse Kimmel. Essa fala foi uma clara referência a um polêmico anúncio feito pelo ex-presidente na segunda-feira, dia 22, onde ele havia noticiado que o governo dos Estados Unidos faria um pronunciamento afirmando existir uma relação entre o uso de paracetamol (Tylenol) por mulheres grávidas e o desenvolvimento de autismo em crianças.
Importa destacar que a alegação de Donald Trump sobre a ligação entre paracetamol e autismo é amplamente contestada pela comunidade científica e órgãos de saúde. Entidades como o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) nos EUA, por exemplo, oferecem diretrizes claras sobre o uso de medicamentos seguros durante a gestação. Para informações baseadas em evidências sobre o tema, você pode consultar fontes confiáveis, como esta página do CDC sobre alívio da dor na gravidez.
O episódio evidencia a interconexão entre entretenimento, política e debates sociais nos Estados Unidos. A drástica mudança na audiência de Jimmy Kimmel serve como um indicador do poder da controvérsia em gerar engajamento e visibilidade, mesmo que em contextos de grande polarização. A trajetória do programa após este incidente continua a ser observada, mas a resposta imediata do público no YouTube aponta para um impacto duradouro.
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Em suma, o retorno de Jimmy Kimmel à tela após uma semana de suspensão transformou-se em um fenômeno de visualizações no YouTube, superando as expectativas e evidenciando a intensidade da reação do público diante das discussões sobre liberdade de expressão e política. O apresentador abordou a polêmica com uma mistura de retratação e crítica, enquanto a figura de Donald Trump manteve a atenção política sobre o caso. Para continuar acompanhando as notícias mais recentes e análises aprofundadas sobre figuras públicas e eventos relevantes, mantenha-se conectado à nossa editoria de Celebridade.
Foto: Reprodução/Youtube
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