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Ataques israelenses em Gaza matam 34 e ONU debate Palestina

Na madrugada de sábado (20) para domingo (21), os recentes ataques israelenses em Gaza culminaram na morte de, pelo menos, 34 indivíduos na Cidade de Gaza. Entre as vítimas, conforme dados informados pelas autoridades de saúde, estão diversas crianças. Este episódio ocorre em um momento crítico, enquanto Israel intensifica sua operação na região assolada pela […]

Na madrugada de sábado (20) para domingo (21), os recentes ataques israelenses em Gaza culminaram na morte de, pelo menos, 34 indivíduos na Cidade de Gaza. Entre as vítimas, conforme dados informados pelas autoridades de saúde, estão diversas crianças. Este episódio ocorre em um momento crítico, enquanto Israel intensifica sua operação na região assolada pela escassez de alimentos e países globais se preparam para discussões sobre o reconhecimento de um Estado palestino na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Profissionais do Hospital Shifa, local que recebeu a maioria dos corpos, revelaram que 14 das fatalidades resultaram de um bombardeio ocorrido na noite de sábado, o qual atingiu uma área residencial na parte sul da cidade. A intensidade dos confrontos se eleva em um cenário onde o impacto humanitário já é considerado catastrófico pelas organizações internacionais. O avanço da ofensiva, segundo o exército israelense, visa desmantelar a infraestrutura militar do Hamas, sem um prazo definido para sua conclusão, embora haja indicativos de que a operação possa se estender por meses.

Ataques israelenses em Gaza matam 34 e ONU debate Palestina

A nova etapa das operações israelenses, iniciada nesta semana, agrava o conflito já existente no Oriente Médio, tornando qualquer perspectiva de um cessar-fogo mais distante. Enquanto a violência persiste, o cenário político global se agita. Diversas nações ocidentais de grande influência demonstram intenção de formalizar o reconhecimento de um Estado Palestino durante a cúpula de líderes na Assembleia Geral da ONU, agendada para segunda-feira (22).

Reconhecimento do Estado Palestino em Pauta

Países como Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Malta, Bélgica e Luxemburgo estão entre aqueles que consideram tal reconhecimento. Portugal, através do seu Ministério das Relações Exteriores, já adiantou que oficializará o Estado Palestino no domingo (21). A expectativa em torno desta decisão cresceu significativamente. Antes da assembleia da ONU, o grupo “Coalizão Está na Hora” (It’s Time Coalition), composto por mais de 60 entidades judaicas e árabes dedicadas à paz e reconciliação em Israel, manifestou apoio à iniciativa, reivindicando o término do conflito, a libertação dos reféns e o reconhecimento internacional de um Estado Palestino.

Em um comunicado divulgado por meio de vídeo, a coalizão expressou que é imperativo buscar uma alternativa para o “ciclo de violência”. Segundo eles, a proposta da ONU apresenta uma “oportunidade histórica de transitar de uma armadilha mortal para a vida, de uma guerra messiânica sem fim para um futuro de segurança e liberdade para ambos os povos.” O apelo demonstra a complexidade da situação, que polariza opiniões e gera debates intensos na esfera política e social. O tema do reconhecimento é visto como um passo crucial para desanuviar as tensões de décadas na região.

Repercussões e Crise Humanitária

Apesar desses movimentos diplomáticos, um cessar-fogo permanece uma incerteza. A escalada do conflito tem consequências severas e duradouras. Dados alarmantes revelam que os bombardeios israelenses nos últimos 23 meses resultaram na morte de mais de 65.000 pessoas em Gaza. Vastas porções da Faixa foram devastadas, e cerca de 90% da população encontra-se deslocada, desencadeando uma crise humanitária de proporções catastróficas. Especialistas apontam que a Cidade de Gaza, em particular, enfrenta períodos de fome iminente.

Este cenário desolador é acompanhado por declarações militares controversas. Em um comunicado recente, os militares de Israel anunciaram ter eliminado Majed Abu Selmiya, supostamente um atirador ligado ao braço militar do Hamas que estaria planejando novos ataques na região da Cidade de Gaza. Entretanto, as Forças Armadas israelenses não apresentaram evidências concretas para sustentar tal afirmação.

Ataques israelenses em Gaza matam 34 e ONU debate Palestina - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Acusações e Deslocamento Forçado

A identidade de Majed Abu Selmiya intensificou as controvérsias, uma vez que ele é irmão do Dr. Mohamed Abu Selmiya, diretor do Hospital Shifa. O Dr. Selmiya prontamente classificou as alegações israelenses como falsas e sugeriu que seriam uma tentativa de justificar a morte de civis. Em depoimento à Associated Press, o diretor do hospital detalhou que seu irmão, com 57 anos, enfrentava sérios problemas de saúde, incluindo hipertensão, diabetes e dificuldades visuais, desmentindo sua suposta participação em atividades militares.

Com a intensificação dos combates, Israel orientou que centenas de milhares de palestinos, até então abrigados na Cidade de Gaza, se dirigissem para o sul, para uma área designada como “zona humanitária”. Adicionalmente, um novo corredor ao sul da cidade foi estabelecido por dois dias nesta semana para facilitar a evacuação de mais residentes. Entretanto, muitos palestinos expressam relutância em serem novamente desalojados, devido ao cansaço, fraqueza ou a incapacidade financeira de arcar com os custos de uma nova mudança. A dificuldade da jornada é visível ao longo da rota costeira de Wadi Gaza, onde famílias inteiras, exaustas, buscam pausas para si e para seus filhos.

Grupos de ajuda humanitária reiteram seus alertas de que forçar a evacuação de milhares de pessoas apenas agravará a já terrível crise humanitária em Gaza. Eles intensificam os apelos por um cessar-fogo imediato, argumentando que somente assim a assistência vital poderá alcançar os necessitados. Da mesma forma, familiares dos reféns ainda sob poder do Hamas clamam por um cessar-fogo, acusando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de colocar a vida de seus entes queridos em risco ao prosseguir com os combates em vez de buscar negociações para encerrar o conflito. As ações contínuas e a ausência de um diálogo para a paz evidenciam a complexidade do cenário e a urgente necessidade de uma solução para o Oriente Médio.

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Este panorama em Gaza, marcado por crescentes ataques israelenses e a delicada discussão sobre o reconhecimento de um Estado Palestino na ONU, reflete a urgência de uma solução para a crise na região. As perdas humanas, o deslocamento em massa e a ameaça de fome evidenciam a complexidade do conflito, que impacta diretamente a vida de milhares. Para mais análises aprofundadas sobre política internacional e seus desdobramentos, continue acompanhando as publicações em nossa editoria de Política.

Crédito da imagem: Associated Press/Abdel Kareem Hana e Associated Press/Mahmoud Illean.

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