Uma vasta operação da Polícia Federal em Minas Gerais culminou na maior apreensão de dinheiro de tráfico em MG nos últimos anos, totalizando mais de R$ 5 milhões em espécie. Os valores estavam habilmente ocultados em compartimentos secretos de veículos e sob uma cama, revelando a complexidade das táticas empregadas pela quadrilha interestadual focada em lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. As investigações da Operação Homizio, conduzida pela Polícia Federal de Uberaba, desvendaram uma intrincada rede criminosa que atuava em diversos estados brasileiros.
Na terça-feira, dia 23, um marco significativo foi alcançado com a descoberta de aproximadamente R$ 3,8 milhões. O montante foi encontrado meticulosamente acondicionado em pacotes transparentes, escondido sob o colchão de uma cama-box, em uma das residências de investigados na cidade de Uberaba. Para a contagem dessa volumosa quantia, agentes federais precisaram utilizar diversas máquinas. Esta ação evidencia a magnitude do dinheiro que o grupo movimentava ilicitamente, buscando dissimular sua origem criminosa por meio de elaborados esquemas de ocultação.
Apreensão de Dinheiro: Traficantes Escondiam Milhões em MG
O esforço para desarticular a organização criminosa teve início em 2022. Naquela época, a Polícia Federal de Uberaba já havia apreendido cerca de R$ 1,5 milhão, que incluía não apenas cédulas nacionais, mas também moeda estrangeira. Este evento inicial, onde os valores foram encontrados em compartimentos secretos de veículos, serviu como ponto de partida crucial para que os investigadores pudessem conectar a movimentação financeira a uma sofisticada organização dedicada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro, operando ativamente em Minas Gerais e em outros estados brasileiros.
O delegado-chefe da Polícia Federal de Uberaba, Benedito Beraldo, forneceu detalhes importantes sobre a progressão das apurações. Segundo Beraldo, durante as fases preliminares da Operação Homizio, foram registradas apreensões como a de cerca de R$ 800 mil e US$ 40 mil em Uberaba, e outros R$ 200 mil em Uberlândia. Inicialmente, havia uma incerteza quanto à destinação exata desses recursos, e não se tinha plena convicção sobre o envolvimento direto dos indivíduos com o tráfico de drogas. Contudo, o desenrolar das investigações confirmou inequivocamente que os envolvidos eram, de fato, traficantes, revelando a verdadeira natureza do esquema criminoso.
A Operação Homizio, coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (Ficco), abrangeu ações em duas cidades mineiras: Uberaba e Centralina. O objetivo primordial da operação era desmantelar completamente a estrutura da organização criminosa envolvida em tráfico de entorpecentes e práticas de lavagem de dinheiro. Durante as incursões, foram efetuadas oito prisões. Destas, sete resultaram do cumprimento de mandados de prisão previamente expedidos, e uma foi em flagrante delito. Por razões de segurança e sigilo do inquérito, os nomes dos suspeitos não foram revelados publicamente.
No decorrer da operação, as autoridades cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão. Todos esses mandados foram autorizados e expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Uberaba, assegurando a legalidade e a profundidade das ações policiais. A quantia substancial localizada debaixo do colchão em Uberaba estava em um dos imóveis que figurava como alvo desses mandados. A equipe da Polícia Federal enfatizou que a quadrilha se valia de diversas estratégias de ocultação e dissimulação para conferir uma falsa legalidade ao dinheiro oriundo de suas atividades ilícitas.

Imagem: g1.globo.com
Além dos impressionantes volumes de dinheiro apreendido em veículos e na residência em Uberaba, a operação também resultou na coleta de diversos outros itens cruciais para a continuidade da investigação. Foram confiscados dois veículos utilizados pelos investigados, 14 aparelhos celulares, dois laptops e um dispositivo DVR. Este material, juntamente com anotações e agendas que eventualmente possam ser encontradas, passará por análises minuciosas para identificar os detalhes do funcionamento do esquema de lavagem de dinheiro e para verificar a existência de outros possíveis cúmplices e colaboradores da organização.
O Delegado Benedito Beraldo reiterou que a Operação Homizio não se encerra com as prisões e apreensões iniciais. As próximas etapas incluem uma análise aprofundada de todos os materiais confiscados, desde os celulares até os registros em agendas, que se tornarão peças-chave para delinear o panorama completo da atuação de cada integrante. A investigação segue em andamento, buscando elucidar todos os pontos do complexo esquema criminoso e levar todos os envolvidos à justiça, reforçando a atuação contínua da Polícia Federal no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
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Crédito da imagem: Polícia Federal/Divulgação
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