A região do Alto Tietê está sob alerta com a investigação de ao menos 10 casos suspeitos de intoxicação por metanol. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo na última quinta-feira, 9 de novembro, indicando um crescimento nos registros e a inclusão de novas cidades na lista de localidades afetadas na área metropolitana de São Paulo.
De acordo com os dados apresentados pela Secretaria Estadual, o panorama dos casos em investigação se distribui por quatro municípios da região. Atualmente, dois casos são apurados em Ferraz de Vasconcelos, enquanto Itaquaquecetuba contabiliza quatro ocorrências. Mogi das Cruzes, por sua vez, tem dois casos suspeitos em análise, e Poá registra um único. É relevante notar que, no dia 3 de outubro, apenas Ferraz de Vasconcelos figurava na lista da Secretaria de Estado da Saúde com um único caso suspeito sob averiguação, evidenciando uma expansão geográfica e numérica recente dos relatos. Em Itaquaquecetuba, a própria secretaria informou que dois casos anteriores já haviam sido descartados após a apuração inicial.
A escalada e a amplitude dos casos demandam uma atenção redobrada das autoridades sanitárias. Embora o total somado dos casos por cidade, conforme reportado pela Secretaria Estadual (2+4+2+1), seja de nove, o comunicado inicial do órgão apontou para a marca de dez casos sob suspeita. Independentemente do número exato, a preocupação central reside na confirmação e combate à origem e propagação da substância tóxica.
Alto Tietê tem casos de intoxicação por metanol
Os números apresentados pelo governo do estado, contudo, têm demonstrado divergência em relação aos dados divulgados pelas administrações municipais do Alto Tietê. Conforme um levantamento conduzido pela TV Diário em 9 de novembro, junto às prefeituras locais, o número total de casos suspeitos nas cidades de Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Poá alcançava a marca de 12 ocorrências. Essa discrepância salienta a complexidade da situação e a dinâmica da notificação e apuração dos casos, mesmo diante da obrigatoriedade de as prefeituras reportarem esses dados à Secretaria Estadual de Saúde.
Em Ferraz de Vasconcelos, a Prefeitura local informou na manhã do mesmo dia do levantamento da TV Diário que o município possuía cinco casos suspeitos sob investigação. A peculiaridade neste cenário é que os pacientes afetados não estão sendo tratados pela rede municipal de saúde da cidade, mas sim recebem atendimento e acompanhamento em hospitais estaduais, o que pode influenciar a contabilização e justificar a variação nos registros centralizados em diferentes níveis administrativos.
Já em Itaquaquecetuba, a situação é mais alarmante, com a Prefeitura reportando um total de oito casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, cinco permanecem sob profunda investigação, buscando determinar a causa e as circunstâncias da contaminação. Tragicamente, um óbito foi confirmado dentro deste grupo de pacientes sob análise, o que reforça a seriedade e o perigo iminente da crise sanitária em questão. Além disso, três outras suspeitas de intoxicação por metanol já foram descartadas. As vítimas identificadas neste município são exclusivamente homens, com idades que variam entre 20 e 48 anos, um perfil que merece atenção especial nas campanhas de prevenção e conscientização para grupos vulneráveis.
Imagem: metanol sobem para via g1.globo.com
Mogi das Cruzes também enfrenta a apuração de um caso suspeito de intoxicação por metanol, conforme confirmado pela administração municipal. Na quarta-feira, 8 de novembro, foi divulgado que a vítima identificada é um homem de 68 anos, que atualmente está internado na cidade recebendo tratamento médico. Em resposta a essa emergência de saúde pública, a Vigilância Sanitária do município intensificou suas operações de fiscalização. Ações de inspeção estão sendo realizadas em estabelecimentos comerciais que comercializam bebidas, com o objetivo de verificar rigorosamente tanto a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores quanto a sua origem. Até o momento, essa fiscalização proativa resultou na autuação de três locais e na apreensão de 444 garrafas de bebidas que não cumpriam as normas de segurança ou possuíam procedência duvidosa, representando um risco potencial à saúde pública.
Poá é outra cidade do Alto Tietê com um caso sob investigação, segundo as informações fornecidas por sua Prefeitura. A vítima, um morador do município de 58 anos, que infelizmente veio a óbito, possuía histórico médico de hipertensão e diabetes e havia sido internada em um hospital localizado na capital paulista. Em paralelo, a Vigilância Sanitária de Poá igualmente mantém um regime rigoroso de fiscalização nos estabelecimentos comerciais da cidade, com o objetivo de assegurar a regularidade de todas as bebidas e produtos vendidos, prevenindo assim novos episódios de contaminação e garantindo a segurança dos consumidores. A complexidade de monitorar a saúde pública e controlar a circulação de substâncias perigosas é um pilar da **vigilância sanitária**, conforme salientado por entidades como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que destaca a importância da notificação e fiscalização contínuas para a proteção da população.
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A situação de intoxicação por metanol no Alto Tietê permanece sob intensa investigação, com autoridades estaduais e municipais trabalhando diligentemente para unificar informações, identificar a fonte dos casos e proteger a população. A persistente divergência de dados entre os órgãos e a triste confirmação de óbitos em Itaquaquecetuba e Poá sublinham a urgência em identificar a origem exata da contaminação e implementar medidas eficazes para evitar novos casos. Para acompanhar mais desdobramentos sobre este e outros temas que afetam o cotidiano das comunidades na região, explore as últimas notícias e análises em nossa editoria de Cidades, mantendo-se sempre bem informado.
Foto: Reprodução/TV Globo
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