Advogada salva família em incêndio: resgate heroico no PR

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A história de **Advogada Juliane Vieira**, de 28 anos, emergiu como um poderoso testemunho de bravura e amor familiar, após seu ato heroico durante um **incêndio em Cascavel, Paraná**, na manhã de 15 de outubro. Juliane foi ferida gravemente ao salvar sua mãe e seu primo de quatro anos de um apartamento em chamas, localizado no 13º andar de um edifício residencial no oeste do estado. O incidente capturou a atenção pública e de órgãos de segurança devido à natureza dramática do resgate.

Testemunhas e imagens que se espalharam nas plataformas digitais registraram os momentos críticos em que a advogada, em uma tentativa desesperada de garantir a segurança dos entes queridos, se viu pendurada em um suporte de ar-condicionado na parte externa do prédio. Sua ação arriscada visava abrir caminho para a evacuação de sua família das chamas que rapidamente consumiam o imóvel.

Advogada salva família em incêndio: resgate heroico no PR

As chamas, segundo apuração do Corpo de Bombeiros, irromperam na área que engloba a sala e a cozinha do apartamento, propagando-se com impressionante velocidade. Embora Juliane tenha sido a mais gravemente afetada, sua mãe e o pequeno primo conseguiram escapar para a segurança do andar inferior pela janela, uma rota de fuga improvisada sob intensa pressão. O resgate da própria Juliane coube a dois bombeiros que corajosamente ingressaram no ambiente já tomado pelo fogo, enfrentando condições extremas. Após a intervenção, ela foi prontamente socorrida em estado grave, com aproximadamente 63% do corpo comprometido por queimaduras, sendo internada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde permanece intubada e sedada. A mãe da jovem, de 51 anos, após ser extubada, mantém um quadro estável e está no Hospital São Lucas, em Cascavel. O primo Pietro, de quatro anos, também apresenta um quadro estável, sendo cuidado no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), em Curitiba. O fogo foi controlado após aproximadamente uma hora, mas a causa específica do incêndio permanece sob investigação pelas autoridades competentes.

A Deflagração do Incêndio e o Alerta

A fatalidade teve início na manhã de uma quarta-feira, 15 de outubro, em um apartamento no 13º andar de um prédio situado no cruzamento das Ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country, em Cascavel. O início das chamas foi primeiramente avistado por trabalhadores de uma obra vizinha ao edifício. A prontidão desses operários em notificar a portaria do condomínio foi crucial; o porteiro, por sua vez, agiu com celeridade ao alertar os moradores, desligar o fornecimento de gás e energia elétrica do edifício, e ativar o alarme de incêndio. Naquele momento crítico, dormiam no apartamento a advogada Juliane, sua mãe e o pequeno primo. A mãe de Pietro, que também residia no local, havia se ausentado para ir à academia, escapando assim de se envolver diretamente na ocorrência.

Detalhes do Arriscado Resgate Familiar

O esforço de resgate se tornou uma tarefa conjunta, onde vizinhos desempenharam um papel significativo em auxiliar Juliane na complexa tarefa de salvar sua mãe e o primo. Patrick de Andrade, um morador do mesmo andar, descreveu a apreensão do momento. Segundo ele, Juliane estava fisicamente exausta, mas ainda conseguia manter-se segura no suporte do ar-condicionado. O maior medo, conforme relatado, era que ela tentasse descer sem apoio adequado, levando a uma possível queda. A intervenção principal de Patrick e sua esposa, que foram alertados por gritos enquanto se preparavam para o trabalho, começou ao notarem fumaça preta emanando do apartamento vizinho, que estava com a porta trancada.

O sargento Edemar de Souza Migliorini, um dos bombeiros responsáveis por efetuar o resgate de Juliane, explicou a complexidade da situação. A decisão de retirar a vítima por dentro do imóvel, apesar do fogo avançado, foi motivada pela inviabilidade e maior risco de montar um sistema de extração pela janela naquele momento de urgência. “Não teria tempo para montar um sistema e retirar ela por fora, o que seria mais seguro. Então, a opção foi mesmo trazer ela para dentro do imóvel. Retirar ela pela janela de baixo seria muito arriscado”, afirmou Migliorini. Ele, que também foi ferido durante a operação, relatou ter coberto Juliane com um cobertor e a retirado pelo mesmo caminho que usou para entrar.

Perfis das Vítimas e Heróis Envolvidos

Além de Juliane, a ocorrência deixou outras vítimas. Sua mãe, Sueli, de 51 anos, sofreu queimaduras extensas no rosto, braços e pernas, além de ter inalado fumaça tóxica, comprometendo suas vias respiratórias. Sueli recebeu atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lucas, em Cascavel, e, após ter sido extubada, seu quadro foi considerado estável. O primo Pietro, o menino de quatro anos, teve queimaduras localizadas no quadril, pernas, mãos e rosto, e também inalou fumaça, sendo posteriormente transferido para o Hospital Evangélico Mackenzie (HUEM), em Curitiba, onde, na segunda-feira seguinte ao incidente, foi relatado que seu estado era estável, aguardando troca de curativos. O sargento Edemar de Souza Migliorini, bombeiro que atuou bravamente no resgate, sofreu queimaduras de terceiro grau, mas recebeu alta hospitalar no sábado, 18 de outubro, enviando um vídeo de agradecimento pelo apoio recebido.

A Bravura de Juliane Vieira: Além do Incêndio

Juliane Vieira, advogada residente em Cascavel, foi descrita por amigos como uma pessoa de notável praticidade e capacidade de resolução. Jeferson Espósito, um amigo próximo, salientou: “A Ju sempre foi prática, de resolver as coisas. E o fato de ter salvado a mãe e o primo resume bem quem ela é”. Outro traço marcante da personalidade de Juliane, segundo Espósito, é sua inata capacidade de superar obstáculos e momentos adversos. “Já vi a Ju passar por dias difíceis, daqueles em que a vontade era ficar na cama, sem enxergar sentido no caminho que estava trilhando. Mas era só questão de tempo até ela recalcular a rota”, ele complementou. Conhecida também por ser uma entusiasta do crossfit, Juliane frequentemente utilizava suas redes sociais para compartilhar sua rotina focada em saúde e bem-estar físico, desfrutando de treinos, passeios ao ar livre e encontros com amigos, sem deixar de valorizar momentos de tranquilidade e convívio familiar. Seu cachorro, Barthô, que aparece em publicações de treino, também estava presente durante o incêndio e, felizmente, foi resgatado ileso.

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Imagem: g1.globo.com

As Marcas da Destruição no Apartamento

O cenário pós-incêndio revelou um quadro de considerável destruição no apartamento. Imagens do local, capturadas após a contenção das chamas pelos bombeiros, atestam a magnitude dos danos. A cozinha e a sala foram os cômodos mais severamente atingidos, com o fogo consumindo mobiliário, e os revestimentos do teto e das paredes exibindo marcas de derretimento. Embora os quartos e banheiros tenham sofrido um nível menor de devastação estrutural, a fumaça preta se alastrou por todas as áreas, deixando manchas profundas em superfícies e em pertences pessoais, evidenciando o impacto generalizado do sinistro.

Atualização Sobre o Estado de Saúde

Segundo o mais recente boletim médico divulgado pelo Hospital Universitário (HU) de Londrina, a advogada Juliane Vieira permanece em estado gravíssimo, sendo mantida intubada e sedada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Enquanto isso, a mãe de Juliane, após passar por extubação, está estável e internada no Hospital São Lucas, em Cascavel. O primo, Pietro, de quatro anos, também apresenta quadro estável e segue sob cuidados no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), localizado em Curitiba, evidenciando um processo de recuperação para parte da família, enquanto Juliane ainda enfrenta uma batalha complexa por sua vida.

As Investigações e a Provável Causa

Imediatamente após o controle do incêndio, o apartamento, em sua condição de total destruição, foi isolado para uma rigorosa inspeção técnica. No período da tarde do mesmo dia da ocorrência, uma perícia foi realizada no local. O perito Rodrigo Cavalcante de Oliveira Neves indicou a suspeita de que as chamas tenham se originado entre a cozinha e a sala, de forma acidental. O delegado Ian Leão, da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), corroborou esta hipótese ao afirmar que, até o momento, não foram encontrados indícios de um incêndio criminososo, tratando-o como um incidente acidental. A causa exata do incêndio ainda está sob investigação, mas a expertise do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná é fundamental para determinar os fatores que contribuíram para a rápida propagação das chamas. O laudo técnico final tem um prazo inicial de 30 dias para ser concluído, com possibilidade de prorrogação, a depender da complexidade do caso.

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A determinação de Juliane Vieira e a prontidão das equipes de resgate são elementos centrais nesta narrativa de adversidade e superação. O caso da **advogada salva família em incêndio: resgate heroico no PR** ressalta a fragilidade da vida diante de desastres e a força dos laços familiares. Para aprofundar seu conhecimento em ocorrências urbanas e demais acontecimentos relevantes, continue acompanhando a editoria Cidades.

Foto: Reprodução

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