A recuperação da adolescente Ludiely Fernandes, de 14 anos, mobilizou a atenção de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, após a jovem enfrentar diversas convulsões e permanecer duas semanas hospitalizada devido a um acidente na escola. Embora já esteja em casa, Ludiely ainda se depara com desafios para retomar sua rotina, incluindo dificuldades para andar, consequência direta do grave incidente que desencadeou uma série de complicações. Sua condição, marcada por crises de epilepsia desde o primeiro ano de vida, havia se estabilizado nos últimos quatro anos, um período sem qualquer manifestação de crises. No entanto, o trauma sofrido reverteu esse cenário, exigindo novos e intensivos cuidados médicos e o suporte familiar.
O episódio que alterou drasticamente a vida da jovem ocorreu em 18 de setembro. Ludiely seguia para a sala de aula na escola, quando, sem aviso prévio, foi atingida na cabeça por uma bolada e perdeu a consciência. Segundo seu relato, ela se recorda apenas de uma amiga proferindo um alerta: “cuidado”, antes de tudo se tornar um vazio em sua memória. Esse momento inicial de impacto deu origem a um cenário de grande preocupação e uma batalha intensa pela sua saúde, conforme detalhado por sua mãe.
Adolescente sofre convulsões após bolada em escola
A mãe da adolescente, Luciane Fernandes, relembrou os primeiros momentos críticos. Imediatamente após a bolada, Ludiely começou a manifestar sua primeira crise convulsiva. A agilidade em acionar o resgate e o encaminhamento para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foram cruciais. Contudo, a chegada à UPA foi seguida por outra crise, controlada temporariamente com medicação que induziu o sono da jovem. Embora houvesse uma aparente estabilidade inicial, os dias subsequentes revelaram a gravidade da situação, com a repetição de intensas crises convulsivas. Essa série de eventos adversos exigiu uma internação prolongada, que durou quase duas semanas, mantendo a família em estado de apreensão constante.
Luta contra as crises e a superação em casa
Os dias de internação foram descritos pela mãe como um “pesadelo”. Ela contou que a equipe médica inicialmente não oferecia grandes esperanças sobre a recuperação da filha, afirmando a dificuldade em controlar as convulsões, que eram intensas e frequentes. No entanto, após uma luta persistente e a aplicação de diversos tratamentos, os médicos conseguiram, gradualmente, estabilizar o quadro da adolescente. O alívio foi imenso para a família e a comunidade escolar, que estavam surpresos com o caso, uma vez que Ludiely não experimentava crises tão severas há aproximadamente quatro anos, um período de relativa tranquilidade.
Ludiely é acompanhada por um neurologista desde o diagnóstico de epilepsia na primeira infância, e agora, as visitas e o acompanhamento médico se tornarão ainda mais frequentes e detalhados. A recuperação da adolescente exige tempo e dedicação, com dores em uma das pernas e a necessidade de seguir um rigoroso esquema de medicamentos para controle das crises e reabilitação. As recomendações médicas enfatizam a necessidade de cautela para evitar novos traumas na cabeça, um aspecto crucial para o seu processo de cura.
Adaptação na escola e o caminho da recuperação
Luciane Fernandes ressaltou a importância da escola estar ciente e preparada para receber a filha com os devidos cuidados. Segundo ela, será preciso muita atenção para evitar que a adolescente sofra novos impactos ou movimentos bruscos com a cabeça, considerando a vulnerabilidade recém-adquirida. A instituição já possui o laudo médico de Ludiely e está apta a tomar as medidas necessárias para garantir sua segurança e bem-estar no ambiente de estudo, adaptando as atividades e a rotina conforme as orientações médicas para assegurar uma transição segura e eficaz de volta ao ambiente escolar.

Imagem: g1.globo.com
Apesar dos desafios que persistem na sua reabilitação, um grande motivo de alívio e celebração para a família foi a alta hospitalar da adolescente. Seu retorno ao lar foi marcado por uma festa calorosa, celebrando o fim das semanas de internação. Ludiely, por sua vez, manifestou ansiedade e saudades da escola e, em suas palavras, da “bagunça dos meninos”, demonstrando um desejo genuíno de retomar a normalidade e reencontrar seus amigos e colegas de sala. A família nutre a esperança de que Ludiely se recupere completamente em um futuro próximo, superando todas as sequelas do incidente.
É crucial estar ciente das informações sobre epilepsia no Ministério da Saúde para entender melhor a condição de Ludiely e outras pessoas que convivem com ela. O apoio médico e familiar são essenciais neste tipo de processo.
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A história de Ludiely Fernandes serve como um lembrete da fragilidade da saúde e da importância do apoio e cuidado contínuos após eventos traumáticos. Para acompanhar mais notícias sobre acontecimentos em cidades e a luta pela recuperação em nosso país, convidamos você a explorar outras reportagens em nossa editoria de Cidades em nosso portal.
Foto: Reprodução/TV Gazeta
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