Uma adolescente foi apreendida nesta quarta-feira (24), em Várzea Paulista (SP), por sua suposta participação no violento espancamento de uma criança de 11 anos que havia sido amarrada. Esta apreensão se soma a outro desdobramento do caso, onde uma adolescente de 14 anos já estava apreendida e uma mulher, de 51, apontada como a incentivadora e gravadora das agressões, já se encontra detida pelas autoridades.
A jovem, de 13 anos, que teve sua internação provisória solicitada pela Promotoria da Infância e Juventude, foi encaminhada para a Fundação Casa, localizada em São Paulo, logo após deixar a delegacia da cidade. Ela já havia comparecido para depor na quinta-feira (18) da semana anterior, porém, na ocasião, havia sido liberada após prestar esclarecimentos.
Adolescente Apreendida em Várzea Paulista por Espancamento
A ordem judicial para a apreensão foi cumprida após o pedido formalizado pela Promotoria na segunda-feira (22). Os fatos apurados indicam um cenário de violência extrema contra a criança vítima. A atuação da polícia, nesse sentido, reforça o compromisso com a elucidação e a responsabilização dos envolvidos em casos tão graves que chocam a comunidade. O desenrolar do processo legal continuará a seguir seu curso conforme as normativas vigentes.
A vítima das agressões, um menino de 11 anos, já foi formalmente identificado pelas autoridades e vem recebendo acompanhamento contínuo por meio de diversos órgãos municipais de Várzea Paulista. Entre as instituições que oferecem assistência à criança e sua família, destacam-se o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Conselho Tutelar. Estes organismos são fundamentais para garantir a proteção, o apoio psicológico e social necessários diante do trauma vivido.
Paralelamente à apreensão da adolescente mais jovem, o inquérito também investiga a atuação de uma mulher de 51 anos, que foi detida na quinta-feira (18). Ela é acusada de incentivar ativamente e registrar em vídeo a violência brutal contra o menino, amarrado e espancado por adolescentes. Em seu depoimento à Polícia Civil, a mulher expressou arrependimento pelas suas ações, justificando a atitude como um “ato de momento”.
Os eventos chocantes remontam à terça-feira (16), quando o garoto de 11 anos foi alvo das agressões, sendo amarrado a um poste e submetido a uma sequência de chutes e socos. O episódio de barbárie foi integralmente capturado em vídeo, o qual rapidamente se espalhou pelas plataformas de redes sociais, provocando imediata comoção e indignação pública. A Polícia Civil recebeu as gravações e prontamente deu início à investigação a partir do material digital.
As imagens do vídeo são explícitas, exibindo a vítima com as mãos amarradas nas costas enquanto é agredida por duas pessoas, que desferem socos, chutes e puxões de cabelo. A voz da mulher, que filmava toda a ação, é audível, incentivando as agressoras com declarações como: “Eu não posso bater (…). Está apanhando igual um cachorro. Vocês são de menor, vocês podem bater que eu me responsabilizo.” Essas palavras ressaltam o papel ativo da adulta na cena da violência. Em decorrência dos fatos, um inquérito formal foi instaurado para investigar o ocorrido sob a qualificação de crime de tortura. Até o momento, as informações detalhadas sobre o estado de saúde da criança após o ocorrido não foram divulgadas.
Diante da gravidade dos acontecimentos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção 271ª de Várzea Paulista, emitiu uma nota oficial. No comunicado, a entidade informou que está acompanhando ativamente a apuração dos fatos, classificando o caso como “alarmante e de grande clamor social”. A OAB expressou sua preocupação com as “imagens e relatos de tamanha brutalidade”, ressaltando a participação de um adulto que, em tese, deveria assegurar a proteção e o bem-estar dos menores de idade. A nota da entidade aponta uma “triste falha em nossa estrutura social e familiar na proteção dos mais vulneráveis”, evidenciando a falha sistêmica que casos como esse expõem.
A intervenção do poder judiciário e a responsabilização dos envolvidos são etapas cruciais para a garantia dos direitos das crianças e adolescentes. O Conselho Nacional de Justiça, por exemplo, enfatiza constantemente a importância de programas e ações focados na infância e juventude, buscando combater a violência e promover ambientes seguros para os menores, como pode ser verificado em suas diretrizes e campanhas divulgadas no portal do CNJ, que visa guiar as melhores práticas e políticas públicas na área.
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A apreensão da adolescente de 13 anos em Várzea Paulista representa um avanço nas investigações de um crime de tortura que abalou a comunidade local, evidenciando a complexidade dos desafios sociais relacionados à violência infanto-juvenil. O caso, que já resultou na apreensão de outra menor e na prisão de uma adulta, segue em apuração para que todos os responsáveis sejam devidamente processados. Para se manter atualizado sobre a segurança pública e os desenvolvimentos nos municípios brasileiros, explore nossa seção de Cidades.
Crédito da imagem: Foto: Reprodução
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