Um novo acordo Gaza Israel para pôr fim a um prolongado conflito desencadeou uma onda de euforia e celebrações nesta quinta-feira (9) na Faixa de Gaza e em Tel Aviv. O pacto, firmado entre Israel e o grupo Hamas, promete não apenas o fim da guerra, mas também o retorno de todos os reféns israelenses, abrangendo tanto os que ainda estão vivos quanto os que, lamentavelmente, faleceram. As notícias do consenso provocaram manifestações espontâneas de alegria e alívio em ambas as regiões.
Na Faixa de Gaza, mesmo sob a persistência de alguns ataques israelenses, a população saiu às ruas. Jovens erguiam uns aos outros, aplaudiam e demonstravam um fervoroso contentamento em meio às áreas devastadas pelo confronto. Abdul Majeed Abd Rabbo, morador de Khan Younis, no sul de Gaza, expressou a profunda gratidão pela perspectiva de paz. “Graças a Deus pelo cessar-fogo, o fim do derramamento de sangue e das mortes”, declarou. Ele salientou que a felicidade era coletiva, irradiando-se por toda a Faixa de Gaza, pelo povo árabe e, de fato, por todo o mundo que acompanhou a violência, reiterando sua gratidão àqueles que demonstraram apoio.
Acordo Gaza Israel desencadeia euforia em meio ao conflito
Em Tel Aviv, na Praça dos Reféns, palco frequente de reuniões para exigir a libertação de sequestrados, o ambiente também foi de intensa celebração. Familiares que se uniam ali desde o ataque do Hamas, que dois anos antes iniciou este doloroso período de guerra, agora respiravam alívio. Einav Zaugauker, mãe de um refém, descreveu seu estado como “extasiada”, quase sem fôlego diante da notícia. Sob a luz vermelha de festividade, ela expressava sua inabilidade de traduzir a magnitude do que sentia, caracterizando a situação como “loucura”. Referindo-se a seu filho, Matan, ela antecipava a simples ação de abraçar, beijar, e dizer-lhe que o ama, mergulhando seus olhos nos dele, em um sentimento de alívio avassalador. O ex-refém Omer Shem-tov também admitiu a falta de palavras para descrever sua emoção frente ao acordo entre Israel e Hamas.
O acordo Gaza Israel, selado na quarta-feira (8), representa a primeira etapa do plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o enclave palestino. Este entendimento compreende um cessar-fogo e a troca de reféns, podendo, potencialmente, pavimentar o caminho para o término de dois anos de um sangrento conflito que assolou a região. A expectativa é que este seja um passo decisivo em direção à estabilidade e ao restabelecimento da ordem na Faixa de Gaza e áreas adjacentes.
De volta às ruas de Gaza, os círculos de jovens celebravam vigorosamente a notícia, com um deles sendo erguido nos ombros de um amigo, enquanto batiam palmas em uníssono. As pessoas, entre choros e cânticos de “Allahu Akbar” (Deus é o Maior), vocalizavam suas esperanças de que o acordo encerrasse de vez a guerra e lhes permitisse retornar aos seus lares, reaver a normalidade que lhes foi brutalmente subtraída. Tamer Al-Burai, um empresário deslocado da Cidade de Gaza, confessou seu espanto e alívio: “Eu não conseguia parar de rir e chorar. Não consigo acreditar que sobrevivemos.”
Al-Burai expressou a ânsia de muitos em Gaza: “Mal podemos esperar para voltar para nossas casas, mesmo depois que foram destruídas, voltar para a Cidade de Gaza, dormir sem o medo de ser bombardeado, tentar reconstruir nossas vidas”, disse ele à Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo, um testemunho comovente da devastação enfrentada. A concretização do acordo Gaza Israel é vista por ele e muitos outros como uma oportunidade de reiniciar.

Imagem: www1.folha.uol.com.br
Entretanto, nem todos os deslocados manifestaram euforia incondicional. Algumas vozes de desespero se ergueram, particularmente em relação ao futuro, já que as forças israelenses manteriam sua presença em determinadas áreas por ora. Zakeya Rezik, de 58 anos e mãe de seis filhos, ponderou: “Nossa casa estava entre as primeiras a serem destruídas, então mesmo que a guerra acabe, continuaremos vivendo em tendas, talvez por anos até que reconstruam Gaza, isso se o acordo se mantiver”. Apesar de grata pela sobrevivência de seus filhos, ela ressaltou que sua casa se localizava em uma zona de fronteira que continuaria sob ocupação, gerando incertezas sobre o retorno efetivo a um lar reconstruído e seguro.
Adicionalmente, alertas foram emitidos por órgãos oficiais, sugerindo cautela no retorno. O escritório de mídia do governo de Gaza, administrado pelo Hamas, orientou a população a não voltar às suas áreas de origem antes que os detalhes do acordo Gaza Israel fossem formalmente divulgados e para que se mantivessem longe das regiões ainda controladas por Israel. O Exército israelense também reiterou a advertência aos residentes do norte de Gaza, informando via X que a área permanecia uma “zona de combate perigosa”, exigindo vigilância mesmo diante do anúncio de cessar-fogo.
As complexidades do conflito Israel-Palestina e as condições de um possível acordo de paz são temas constantemente debatidos no cenário internacional. Para uma compreensão mais aprofundada dos contextos históricos e atuais dos conflitos na região, um panorama abrangente pode ser encontrado em fontes de credibilidade, como a agência Reuters, que frequentemente cobre os desenvolvimentos e desafios geopolíticos envolvidos no processo.
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O acordo Gaza Israel, ao instigar tanto celebrações efusivas quanto apreensões pragmáticas, destaca a dualidade da esperança e da resiliência em uma das regiões mais turbulentas do mundo. Embora as emoções estejam à flor da pele, a jornada para uma paz duradoura permanece repleta de desafios e incertezas. Acompanhe a editoria de Política de Hora de Começar para ficar por dentro dos próximos desdobramentos deste crucial acordo e de outras notícias impactantes no cenário global em https://horadecomecar.com.br/politica.
Crédito da imagem: Rizek Abdeljawad – 1.set.25/Xinhua
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