Imagens Revelam Advogado Morreu em Assalto Fatal na Zona Oeste de SP

As mais recentes imagens provenientes de câmeras de segurança revelam o exato momento em que o advogado Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, bateu a cabeça contra o solo, perdendo a consciência, após ser agredido por um assaltante durante um latrocínio ocorrido na madrugada da última quarta-feira (1º) em uma calçada no bairro nobre de Higienópolis, na zona oeste de São Paulo. A vítima não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O incidente chocante, que repercutiu profundamente na comunidade jurídica e na sociedade paulista, aconteceu precisamente no cruzamento entre as ruas Itambé e Maranhão, vias movimentadas do conhecido bairro da capital. As imagens, cruciais para a investigação, começam a elucidar a dinâmica da violenta abordagem que vitimou o renomado criminalista.

Imagens Revelam Advogado Morreu em Assalto Fatal na Zona Oeste de SP

A gravação detalha que Luiz Fernando Pacheco estava parado em uma esquina, próximo a um poste de identificação de rua, quando foi abordado. Enquanto o advogado aguardava, o ladrão e uma cúmplice, ambos usando camisetas pretas e mochilas, atravessaram uma faixa de pedestres nas proximidades. Após passarem por Pacheco, o jovem retorna subitamente e gira em torno do advogado, movimento que é atentamente observado pela parceira.

A vítima, aparentemente reagindo à investida surpresa, foi puxada pelo assaltante, que demonstrou intenção de retirar algo do bolso frontal de Pacheco. Durante o confronto, a mulher também participa ativamente da agressão, parecendo tentar desferir uma rasteira no advogado. Na sequência dos fatos, Pacheco é violentamente derrubado pelo comparsa da mulher, chocando a cabeça contra a calçada. O impacto brutal foi a causa provável de seu desfalecimento imediato.

Com o advogado imóvel no chão, já desacordado, o criminoso rapidamente insere a mão no peito da vítima e em seu bolso, realizando uma revista minuciosa. Nesse momento, a jovem acompanha toda a ação, observando a procura pelos pertences. Aparentemente, o aparelho celular de Pacheco foi subtraído. Após uma última verificação, a dupla empreende fuga. Inicialmente, a cúmplice corre por um curto trecho, mas logo diminui o ritmo, e a gravação mostra ambos caminhando tranquilamente após passarem por uma banca de jornais localizada na esquina onde o crime aconteceu.

As novas evidências visuais reforçam a brutalidade do assalto e sua desastrosa consequência. O golpe fatal na cabeça do advogado, capturado pelas câmeras, é um elemento central para a compreensão da morte. A investigação tem classificado o caso como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, dadas as circunstâncias em que o objetivo do crime – o roubo de pertences – escalou para uma agressão que levou à perda de uma vida.

Prisão de Suspeitos e Continuidade da Investigação

A polícia agiu rapidamente e, nesta sexta-feira, conseguiu efetuar a prisão de três indivíduos suspeitos de envolvimento direto na morte do advogado. A terceira pessoa detida teria desempenhado o papel de cobertura para o casal durante o ataque. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que dois homens e uma mulher foram presos temporariamente e encaminhados ao 4º Distrito Policial, na Consolação. Esta modalidade de prisão, temporária, permite que as autoridades mantenham os suspeitos sob custódia enquanto as investigações prosseguem.

Segundo as apurações da Polícia Civil, Luiz Fernando Pacheco teria sido alvo do trio por se encontrar em uma situação de vulnerabilidade, estando sozinho no local. Os investigadores descrevem o evento como um “crime de oportunidade”, sugerindo que a presença do relógio de pulso da marca Rolex que a vítima ostentava foi um fator atrativo para os criminosos. Além do Rolex, o celular do advogado também foi levado durante a ação.

A coleta de imagens por parte da polícia foi um componente crucial para identificar e localizar os envolvidos. Registros de câmeras, incluindo as do sistema Smart Sampa, operado pela Prefeitura de São Paulo, capturaram os três indivíduos juntos, antes e depois do ocorrido. Com base nessas provas, a Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão temporária do casal e do amigo, pedido que foi deferido.

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Embora o laudo pericial definitivo sobre a causa da morte de Luiz Fernando Pacheco ainda não tenha sido concluído e divulgado, a Polícia Civil já trabalha com a convicção de que se trata de um latrocínio. A premissa se baseia no entendimento de que os assaltantes, ao agredirem o advogado da forma como o fizeram, assumiram o risco iminente de provocar sua morte. Essa classificação impacta diretamente a tipificação criminal e as futuras sanções.

Identificação da Vítima e Detalhes Adicionais

No período imediatamente após o crime, o advogado estava sem documentos, o que dificultou sua identificação. A confirmação de sua identidade só foi possível no dia seguinte ao falecimento, por meio da análise de suas impressões digitais, procedimento realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Luiz Fernando Pacheco figurava como desaparecido no sistema policial, com um registro de queixa feito justamente no dia de sua morte. Para informações mais aprofundadas sobre o panorama de crimes contra o patrimônio no país, a exemplo do latrocínio, dados oficiais podem ser consultados no portal do governo federal, como relatado anteriormente sobre as estatísticas de segurança pública.

Em um esforço para elucidar todos os aspectos do caso, as autoridades também requisitaram um exame toxicológico. Essa medida visa investigar a possível presença de metanol no corpo do advogado, uma vez que imagens de outras câmeras de segurança mostram Pacheco deixando um bar pouco antes de ser atacado. Tal investigação busca descartar ou confirmar qualquer fator adicional que possa ter influenciado as circunstâncias que precederam o assalto fatal.

Legado e Luto na Comunidade Jurídica

Luiz Fernando Pacheco era uma figura de destaque e um dos fundadores do renomado grupo Prerrogativas, uma agremiação que reúne importantes nomes da advocacia e que se manifestou profundamente abalada com sua partida. Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, expressou o luto generalizado: “Estamos em luto. Ele era um dos advogados criminalistas mais brilhantes do país, da escola de Márcio Thomaz Bastos. Combativo, solidário e muito generoso, estava vivendo um momento muito feliz de sua vida, com a reconstrução do país, com a participação na gestão reeleita da OAB de SP e no grupo Prerrogativas. É uma perda muito significativa para toda a advocacia e para a sociedade brasileira”, declarou.

A trajetória profissional de Pacheco, marcada por mais de duas décadas de atuação na esfera penal, teve início em 1994, quando ingressou no escritório de Márcio Thomaz Bastos, um ícone do direito brasileiro. Sua competência e dedicação o levaram a se tornar sócio do escritório em 2000, e ele teve participação em grandes causas de repercussão nacional. Entre elas, destacou-se sua atuação no caso do mensalão, no qual comandou a defesa do político José Genoino, demonstrando sua expertise e compromisso com o sistema judiciário. A sua ausência deixa uma lacuna na defesa dos direitos e na representação ética da advocacia no Brasil.

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A perda do advogado Luiz Fernando Pacheco em um brutal assalto em Higienópolis ressalta a importância contínua do debate sobre segurança pública e o combate à criminalidade nas grandes cidades. As investigações prosseguem, buscando a completa elucidação do caso e a responsabilização dos culpados. Para aprofundar a compreensão sobre os desafios urbanos e a segurança pública nas metrópoles, continue explorando nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Arquivo pessoal