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PCMG desarticula esquema de estelionato e lavagem de R$ 26 milhões

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) empreendeu uma significativa operação na última quinta-feira (2), culminando na desarticulação de **um sofisticado esquema de estelionato virtual, extorsão digital e lavagem de dinheiro** que operava na cidade de Montes Claros, localizada no Norte do estado. A ação, denominada “Falsum Facies”, teve como objetivo central desmantelar a estrutura […]

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) empreendeu uma significativa operação na última quinta-feira (2), culminando na desarticulação de **um sofisticado esquema de estelionato virtual, extorsão digital e lavagem de dinheiro** que operava na cidade de Montes Claros, localizada no Norte do estado. A ação, denominada “Falsum Facies”, teve como objetivo central desmantelar a estrutura criminosa, revelando um montante movimentado de R$ 26 milhões pelo grupo.

Durante a operação, as forças policiais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão. Os resultados foram expressivos, com a confiscação de 17 veículos de luxo, incluindo carros de alta performance, motocicletas e até mesmo uma moto aquática, evidenciando o padrão de vida elevado dos criminosos. Além dos automóveis, joias de valor, grande quantidade em dinheiro físico, diversos equipamentos eletrônicos e aparelhos celulares foram apreendidos, fornecendo material robusto para o prosseguimento das investigações. Um indivíduo foi detido em flagrante por posse ilegal de arma de fogo no curso da operação.

PCMG desarticula esquema de estelionato e lavagem de R$ 26 milhões

Adicionalmente, a Justiça de Minas Gerais atendeu aos pedidos da Polícia Civil, decretando o bloqueio judicial de mais de R$ 8,4 milhões distribuídos em 14 contas bancárias distintas, todas elas diretamente ligadas aos investigados. Conforme explica o delegado Diego Flávio Carvalho, a estratégia da operação focou em um estrangulamento financeiro da organização criminosa, visando minar sua capacidade operacional e financeira. As análises financeiras realizadas até o momento elucidaram um elaborado método de lavagem de dinheiro, que incluía a constituição de empresas de fachada, intensa movimentação de valores entre os membros do esquema e a aquisição de bens diversos em nome de “laranjas”, com o intuito de dissimular a origem ilícita dos recursos.

As investigações que levaram à “Operação Falsum Facies” tiveram início em maio deste ano, após a prisão de um dos membros da quadrilha, o que permitiu à Polícia Civil aprofundar a análise da atuação do grupo. A força-tarefa conseguiu identificar e mapear dois núcleos principais de operação: um núcleo operacional e outro financeiro, cada um com papéis bem definidos na complexa teia criminosa. A atuação desses núcleos era interligada e crucial para o sucesso e a perenidade dos golpes.

No âmbito do núcleo operacional, os criminosos abordavam as vítimas utilizando aplicativos de mensagens, fazendo-se passar por mulheres jovens e criando perfis falsos. O objetivo inicial era simular relacionamentos afetivos ou sexuais, criando um elo emocional ou de atração com a vítima. Após o estabelecimento de um certo nível de confiança ou expectativa, os criminosos agendavam encontros presenciais. No entanto, esses encontros eram condicionados a pagamentos antecipados, exigidos por meio de PIX ou transferências bancárias, muitas vezes sob a alegação de gastos de deslocamento ou outras despesas fictícias. A recusa em efetuar o pagamento resultava em ameaças diretas e graves, em alguns casos, com a menção de uso de armas de fogo, o que configurava claramente o crime de extorsão qualificada.

Por sua vez, o núcleo financeiro da organização era o responsável pela gestão e “higienização” dos valores provenientes dos golpes. Esse braço do esquema criminoso adquiria contas bancárias de terceiros, conhecidas popularmente como “contas de passagem” ou “contas mulas”, geralmente por valores que variavam entre R$ 200 e R$ 1 mil. Essas contas eram utilizadas de forma temporária para movimentar o dinheiro extorquido das vítimas. Para dificultar o rastreamento pelas autoridades, essas contas eram substituídas com uma frequência notável, tornando o processo de identificação dos fluxos financeiros ainda mais desafiador para as equipes de investigação. Uma parte considerável desses valores era então “escoada” para empresas de fachada, montadas especificamente para dar aparência de legalidade às transações. Exemplos citados incluem uma distribuidora de bebidas e uma loja de moda masculina, utilizadas para mascarar a origem ilícita do capital.

A delegada Marina Pacheco ressaltou a importância de um alerta sobre a prática perigosa e ilícita de ceder ou vender contas bancárias a terceiros, especialmente a desconhecidos. Conforme salientou, essa prática, que é comum entre grupos envolvidos com estelionato digital, pode levar o titular da conta a responder criminalmente, mesmo que não participe diretamente da aplicação dos golpes. A pena pode ser por crimes como associação a organização criminosa ou lavagem de dinheiro. A conta bancária é um instrumento de uso estritamente pessoal e intransferível do seu titular. “Sua venda, empréstimo ou cessão para terceiros, em especial desconhecidos, é extremamente arriscada”, reforçou a delegada. Para aprofundar seu conhecimento sobre fraudes financeiras e como preveni-las, consulte materiais de entidades reconhecidas em segurança digital, como a Serasa Experian.

PCMG desarticula esquema de estelionato e lavagem de R$ 26 milhões - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

As investigações da Polícia Civil identificaram ainda um intrincado padrão de transações financeiras cruzadas entre pessoas físicas e jurídicas associadas ao grupo criminoso, além da já mencionada aquisição de bens em nome de terceiros, prática rotineira em estratégias de lavagem de capitais. Os investigados ostentavam um padrão de vida luxuoso, com exibição constante de carros de alto valor, viagens internacionais, joias caríssimas e grandes somas em dinheiro em suas redes sociais, conforme apontaram as autoridades. Esse comportamento contribuía para o reforço da imagem de sucesso financeiro, ocultando a natureza criminosa de suas atividades.

A Polícia Civil informou que as diligências prosseguem de forma incessante, visando identificar e responsabilizar outros possíveis envolvidos no grandioso **esquema de estelionato e lavagem de dinheiro**. O material apreendido será submetido a rigorosa análise pericial, esperando-se que ele forneça provas adicionais cruciais para robustecer o inquérito e embasar futuras denúncias. As autoridades também não descartam a possibilidade de ramificações do esquema em outras cidades e regiões, ampliando o escopo da investigação e a busca por mais criminosos.

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Em suma, a “Operação Falsum Facies” demonstra a capacidade de ação da PCMG contra crimes de alta complexidade. A população de Montes Claros e demais regiões do país é incentivada a redobrar a atenção e a buscar informações fidedignas para evitar cair em golpes de estelionato e extorsão digital, especialmente aqueles que envolvem aplicativos de mensagens e promessas de relacionamento. Continue acompanhando a seção de Cidades do Hora de Começar para ficar por dentro das últimas notícias sobre segurança e investigações em todo o Brasil. Saiba mais sobre segurança e ações policiais em sua comunidade e em todo o estado de Minas Gerais.

Foto: Polícia Civil

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