O Aeroporto Santos Dumont, um dos principais terminais aéreos do Rio de Janeiro, vivenciou uma interrupção significativa de suas operações nesta terça-feira, 30. Um **vazamento de óleo na pista** principal impediu pousos e decolagens por um período de quase doze horas, culminando no cancelamento de mais de 160 voos. O incidente gerou um cenário de grande transtorno para milhares de passageiros que tentavam viajar para diversas localidades do país.
Desde o início da manhã, o aeroporto esteve completamente fechado, resultando em filas extensas e um clima de incerteza para aqueles com bilhetes aéreos programados. A ocorrência demandou uma complexa operação de limpeza e mobilização por parte da Infraero, a empresa responsável pela administração do terminal, para garantir a segurança da pista antes da retomada das atividades.
A Infraero detalhou que o incidente que levou ao fechamento do terminal e, consequentemente, ao
Vazamento de Óleo no Santos Dumont: Mais de 160 Voos Cancelados
foi causado por um problema em um caminhão de manutenção. O veículo, que realizava uma atividade de prevenção na pista por volta das 3h da madrugada da terça-feira (30), sofreu um derramamento de óleo nas proximidades da cabeceira, uma área crucial para as manobras de pouso e decolagem. Este ponto sensível exigiu atenção imediata devido ao risco que o material oleoso representaria para a aderência dos pneus das aeronaves.
Diante da gravidade da situação, a Infraero acionou prontamente todos os seus protocolos de emergência. A limpeza da pista foi iniciada utilizando um desengraxante biodegradável, combinado com jatos de alta pressão fornecidos pelos caminhões de combate a incêndio. O trabalho se estendeu por boa parte do dia, e as equipes de segurança operacional trabalharam incessantemente para remover o material e restaurar as condições ideais da superfície da pista. Imagens captadas por helicópteros registraram a intensidade e o detalhamento das operações de limpeza ao longo do dia, ilustrando o esforço contínuo para liberar a infraestrutura aeroportuária o mais rápido possível.
Gustavo Cunha Mello, especialista em gestão de riscos, comentou sobre a importância de uma resposta ágil nessas circunstâncias. Segundo Mello, “Quando se tem um derramamento desse, a coordenação precisa ser acionada imediatamente. Ter um problema como esse requer uma equipe de crise desde a madrugada, no momento da ocorrência. Dessa forma, ao chegar a manhã e o aeroporto ter de operar, talvez o tempo de inatividade fosse reduzido”. Sua análise reforça a complexidade de gerenciar eventos inesperados em infraestruturas críticas como aeroportos e a necessidade de equipes preparadas para agir rapidamente.
No saguão do aeroporto, a repercussão do fechamento foi imediatamente sentida pelos usuários. Longas filas se formaram nos balcões das companhias aéreas, com passageiros buscando informações, opções de remarcação ou reembolso. O que mais gerava insatisfação era a falta de comunicação prévia para muitos. A engenheira eletricista Giseli Ribeiro relatou a situação: “Meu voo era o primeiro do dia. Entramos no avião por volta das 6h, horário da partida, e só fomos informados às 7h. Depois, disseram que seria às 8h. E agora, nem sabemos quando será”. Sua experiência refletia o desapontamento de muitos que estavam à espera de um posicionamento mais claro.
Imagem: quase via g1.globo.com
Os transtornos se estenderam para além do Rio de Janeiro, afetando a logística de passageiros com destinos variados. Silmara Esteris, empresária, expressou sua frustração: “Estamos desde as 4h da manhã tentando embarcar para Goiânia e não conseguimos.” Outra passageira, a empresária Gleice Cardoso, complementou: “A única informação que temos é que não há mais voos hoje. Somente amanhã.” A incerteza e a impossibilidade de seguir viagem causaram imensos contratempos pessoais e profissionais para os envolvidos.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fornece orientações claras para situações como esta. De acordo com a agência, em casos de atrasos superiores a quatro horas, cancelamentos ou interrupção do serviço, a empresa aérea é obrigada a oferecer assistência material gratuita aos passageiros, proporcional ao tempo de espera no aeroporto. As opções disponíveis para escolha do viajante incluem a reacomodação em outro voo, o reembolso integral do valor da passagem ou a execução do serviço por outro meio de transporte, como ônibus, quando aplicável. Para informações detalhadas sobre os direitos dos passageiros, pode-se consultar diretamente o guia da ANAC sobre os direitos dos passageiros em voos.
A situação no Aeroporto Santos Dumont foi normalizada com a reabertura da pista às 17h25. Isso ocorreu depois de quase doze horas de inatividade total. Mesmo após a liberação da pista, as companhias aéreas precisaram reorganizar suas malhas. Muitos passageiros foram direcionados para hotéis ou tiveram suas viagens reagendadas para voos com saída de outros aeroportos, como o Galeão, que recebeu 14 voos desviados até às 17h. Em virtude do incidente e da necessidade de desafogar o fluxo de passageiros e aeronaves, a Infraero anunciou que estenderia o horário de funcionamento do Santos Dumont, que normalmente encerra suas operações às 23h, para atender às necessidades específicas das companhias aéreas nesta terça-feira (30), demonstrando flexibilidade diante da excepcionalidade da situação.
Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista
O incidente no Aeroporto Santos Dumont sublinha a fragilidade das operações aéreas frente a imprevistos, e o quanto a segurança e a rapidez na resposta são cruciais para minimizar o impacto em viajantes e na infraestrutura nacional. Continue acompanhando as atualizações sobre aviação e infraestrutura na seção de Cidades do nosso portal, para se manter informado sobre notícias relevantes que afetam a vida urbana e a mobilidade no país.
Foto: Reprodução/TV Globo
🔗 Links Úteis
Recursos externos recomendados
