O humorista Cris Pereira foi condenado a uma pena de 18 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, sob a acusação de estupro de vulnerável. A decisão judicial foi proferida na quinta-feira, 25 de abril, pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O artista, contudo, nega veementemente as acusações e, conforme manifestação de sua defesa, recorrerá da sentença.
Cris Pereira construiu sua carreira de sucesso ao longo de três décadas no cenário humorístico. Natural de Novo Hamburgo, município na Região Metropolitana de Porto Alegre, ele se tornou amplamente reconhecido pela criação de personagens cômicos memoráveis, como Jorge da Borracharia e Gaudêncio. Sua trajetória inclui apresentações em programas humorísticos, shows de stand-up comedy e uma vasta produção de vídeos para a internet, que acumulam milhões de visualizações e 4,5 milhões de seguidores. Além de seu trabalho como ator, Pereira também atua como diretor e roteirista. Paralelamente à comédia, o humorista mantém uma paixão pelo esporte, praticando a modalidade de ciclismo BMX.
Humorista Cris Pereira é condenado por estupro de vulnerável
Os detalhes do processo que culminou na condenação do humorista permanecem em segredo de justiça, uma medida padrão que restringe o acesso a informações para preservar a identidade da vítima, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Conforme apurado, o crime em questão teria ocorrido no ano de 2021, quando a vítima possuía apenas 3 anos de idade. É crucial ressaltar que a atual condenação representa uma decisão de segunda instância, o que significa que ainda há possibilidade de recurso junto a instâncias superiores do judiciário brasileiro.
O TJRS, em nota oficial, confirmou o julgamento do caso, porém, devido ao segredo de justiça, não forneceu quaisquer detalhes adicionais sobre o teor da decisão ou pormenores do processo. Diante da repercussão de sua condenação, o próprio humorista Cris Pereira utilizou suas redes sociais para se pronunciar. No sábado, 27 de abril, ele publicou um vídeo no qual, sem abordar explicitamente a decisão recente, enfatizou sua absolvição na primeira instância judicial. Ele declarou ter participado de todas as etapas probatórias do processo e que as evidências foram favoráveis à sua defesa naquele momento. O artista também criticou o vazamento de informações classificadas como sigilosas, reforçando sua confiança nas instituições de justiça. “Eu continuo acreditando na justiça. A justiça divina, ela é certa. Mas a justiça dos homens, eu continuo acreditando. Com todas as minhas forças”, declarou o humorista.
A equipe de defesa de Cris Pereira reiterou, por meio de nota, a inocência de seu cliente e argumentou que a condenação em segunda instância diverge substancialmente das provas apresentadas durante o processo. De acordo com o advogado responsável pelo caso, Cris Pereira foi inicialmente absolvido em primeira instância, com base em laudos periciais oficiais, elaborados pelo Departamento Médico Legal do Rio Grande do Sul. Estes laudos, segundo a defesa, teriam atestado a inexistência do fato imputado. A nota da defesa salienta ainda que o delegado encarregado da investigação na época não somente deixou de indiciar o humorista, mas também atuou como testemunha de defesa, corroborando sua convicção técnica e jurídica sobre a ausência de ocorrência delitiva.
Imagem: g1.globo.com
Em sua declaração, a defesa apontou que o julgamento em segundo grau teria desconsiderado as provas periciais produzidas em juízo, conferindo maior peso a atestados particulares apresentados pela assistência da acusação. Estes documentos, alegam, teriam sido produzidos de maneira unilateral, sem que fossem observados os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. É importante notar que, até o momento da redação, a defesa não havia obtido acesso ao teor completo do acórdão, ou seja, à decisão oficial e fundamentada do TJ-RS, estando as informações limitadas ao que foi publicamente divulgado durante a sessão de julgamento.
Diante desse cenário, a defesa de Cris Pereira assegura que tomará todas as medidas judiciais cabíveis junto às instâncias superiores, movida pela “firme convicção de que a verdadeira justiça prevalecerá, e manterá a absolvição decretada pelo juízo de primeiro grau”. A equipe legal reforça que, segundo a Constituição Federal, o princípio da presunção de inocência deve ser integralmente mantido até o trânsito em julgado da ação, estágio processual que ainda não foi alcançado no presente caso. “Mantemos plena confiança no reconhecimento do equívoco de julgamento no TJ-RS, visto que nenhuma das provas efetivamente produzidas sob o crivo do contraditório e da ampla defesa – e analisadas na sentença absolutória de primeiro grau – foi devidamente apreciada no julgamento de segunda instância. Temos plena convicção da inocência de Cristiano Pereira, e confiamos no Poder Judiciário”, concluiu a nota da defesa. É fundamental acompanhar os desdobramentos de casos judiciais complexos para compreender a aplicação das leis e os procedimentos adotados pelos tribunais, incluindo o entendimento da jurisprudência sobre crimes de estupro de vulnerável.
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A condenação em segunda instância do humorista Cris Pereira por estupro de vulnerável no Rio Grande do Sul gera um importante debate sobre os sistemas judicial e probatório, com a defesa do artista anunciando novos recursos para reverter a decisão. Continuaremos a acompanhar as atualizações desse caso relevante, convidando nossos leitores a aprofundarem-se em outras notícias sobre o universo das Celebridades e demais editorias em nosso portal.
Crédito da imagem: Maiara Paganotto/Divulgação
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