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Autódromo de Brasília foi palco do único GP de Fórmula 1

O Autódromo de Brasília foi palco do único GP de Fórmula 1 da história do Distrito Federal, em 3 de fevereiro de 1974. Atualmente com sua reabertura projetada para os próximos meses, este marco do automobilismo nacional rememora um glorioso passado da capital federal. Naquele dia histórico, as pistas de Brasília sediaram o Grande Prêmio […]

O Autódromo de Brasília foi palco do único GP de Fórmula 1 da história do Distrito Federal, em 3 de fevereiro de 1974. Atualmente com sua reabertura projetada para os próximos meses, este marco do automobilismo nacional rememora um glorioso passado da capital federal. Naquele dia histórico, as pistas de Brasília sediaram o Grande Prêmio Presidente Emílio Médici, um evento que permanece inesquecível na memória esportiva local e reforça a importância do complexo para a história do esporte.

Apesar de a competição não ter atribuído pontos válidos para o Campeonato Mundial de Fórmula 1, sua relevância para a capital federal foi imensa. Estima-se que aproximadamente 150 mil espectadores compareceram ao Autódromo Internacional de Brasília, transformando o evento em um fenômeno de público e cravando seu nome na história do esporte a motor brasileiro, numa época em que Brasília ainda era uma cidade jovem.

Esta etapa brasiliense, um dos três grandes prêmios extracampeonato realizados pela Fórmula 1 em 1974, seguiu-se uma semana após o tradicional GP do Brasil, sediado em Interlagos. A corrida serviu como inauguração oficial para o recém-construído Autódromo de Brasília. Naquela época, a capital tinha apenas 14 anos de existência, e o complexo esportivo representou um símbolo de progresso e aspiração no automobilismo, consolidando Brasília como um nascente polo para encontros e disputas automobilísticas.

Autódromo de Brasília foi palco do único GP de Fórmula 1

Estrutura e detalhes do histórico Grande Prêmio em Brasília

O evento de Fórmula 1 na capital do país se desdobrou em dois dias memoráveis. No sábado, 2 de fevereiro, os fãs do esporte tiveram a chance de acompanhar os treinos livres e a crucial sessão de classificação, responsável por definir o grid de largada para a corrida principal. Já no domingo, a grande jornada automotiva teve início com a abertura dos portões do autódromo às 7h30 da manhã para acolher o público candango. Às 11h30, os carros aceleraram para o confronto final nas pistas.

Um total de doze pilotos concluiu as 40 voltas da corrida, perfazendo um total de 219 quilômetros de pura adrenalina nas retas e curvas do circuito brasiliense. A grandiosidade e atração do Grande Prêmio foram notáveis, evidenciadas pela adesão de quase todas as principais equipes da Fórmula 1 daquela temporada, com apenas Ferrari e Lotus como ausências pontuais, o que atesta a seriedade e o impacto do Grande Prêmio Presidente Emílio Médici no cenário mundial do automobilismo.

Um fato curioso daquele período é que as provas extra-campeonato, como o GP de Brasília Fórmula 1, eram mais comuns, proporcionando às cidades anfitriãs uma oportunidade única de sediar grandes eventos sem o peso dos pontos do campeonato. Para entender melhor o impacto histórico do Autódromo Internacional Nelson Piquet de Brasília e suas diferentes fases, informações detalhadas sobre a estrutura e o legado da pista podem ser encontradas em fontes confiáveis, evidenciando seu papel no cenário automobilístico nacional.

Protagonismo brasileiro no grid de Brasília

Na disputa acirrada pela pole position, o argentino Carlos Reutemann garantiu o melhor tempo na classificação, assegurando a primeira posição no grid com seu Brabham branco, ostentando o número 7. Ao seu lado, no segundo posto, alinhava-se o brasileiro Emerson Fittipaldi, pilotando uma McLaren M23 de número 5. Além de Emerson, outros dois talentos brasileiros marcaram presença nesta etapa crucial do automobilismo.

José Carlos Pace, figura notável que futuramente daria nome ao icônico Autódromo de Interlagos, partiu da quarta posição a bordo de um Surtees TS16. Seu conterrâneo Wilson Fittipaldi, irmão de Emerson, largou na sétima posição em um Brabham BT44, mesmo não sendo piloto regular da Fórmula 1 naquela temporada. A presença desses atletas elevava o espírito da competição e a torcida brasileira na primeira e única corrida de Fórmula 1 em Brasília.

Em uma performance magistral, Emerson Fittipaldi cruzou a linha de chegada como o grande vencedor, apesar de ter iniciado a corrida da segunda colocação. Sua superioridade foi evidente, garantindo uma vantagem de 12 segundos sobre o segundo colocado e imortalizando seu nome como campeão da primeira e única corrida de Fórmula 1 realizada em Brasília. Este triunfo consolidou sua excelente fase, já que havia conquistado a vitória no Grande Prêmio de São Paulo na semana anterior, corrida que, diferente da etapa de Brasília, computou pontos para o campeonato mundial. O ano de 1974 foi coroado para Fittipaldi, que, ao final da temporada, conquistaria seu bicampeonato mundial na categoria, um feito memorável para o esporte brasileiro.

Nelson Piquet: O futuro tricampeão nos boxes de Brasília

Uma fascinante nota de rodapé do Grande Prêmio Presidente Emílio Médici envolve o futuro tricampeão mundial Nelson Piquet. Na ocasião, o jovem Piquet, então com 22 anos de idade, esteve presente na corrida, embora não nas pistas. Ele foi contratado pela equipe Brabham com a missão de auxiliar na organização dos boxes. Sua responsabilidade específica, por mais inusitada que possa parecer para um futuro astro, era limpar as rodas do carro de Carlos Reutemann, o pole position da corrida.

Piquet, já um promissor piloto de kart e com experiência em corridas de rua em Brasília, estava nos primórdios de sua gloriosa carreira. Essa experiência precoce no ambiente da Fórmula 1 em Brasília foi um prenúncio do que estava por vir e uma vivência valiosa para o desenvolvimento de seu talento. Apenas sete anos depois, em 1981, Nelson Piquet ascenderia ao topo do automobilismo, garantindo seu primeiro título mundial de Fórmula 1. E, de forma notável, sua consagração veio após uma acirrada disputa com ninguém menos que Carlos Reutemann, o mesmo piloto para quem Piquet, um dia, cuidou dos pneus em Brasília.

A Reabertura e o Futuro do Autódromo Internacional de Brasília

Após um hiato de mais de uma década, o Autódromo Internacional de Brasília, também conhecido como Autódromo Nelson Piquet, está passando por um extenso processo de reformas e tem sua reabertura prevista para 30 de novembro, quando sediará uma etapa da Stock Car. O complexo esportivo foi fechado ao público em 2014, após a paralisação das obras de reforma, em decorrência de irregularidades identificadas e apontadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

Atualmente, mais de 80% das intervenções estruturais já foram concluídas, e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) realizou visitas técnicas para fiscalizar o andamento. Durante a gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), a administração do autódromo foi transferida para o Banco de Brasília (BRB), por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a Terracap, que anteriormente gerenciava o espaço. A última competição oficial hospedada pelo local antes do fechamento foi uma etapa da Stock Car na temporada de 2014. Desde então, embora eventos fossem anunciados esporadicamente para ocorrer no autódromo, todos acabaram sendo realocados para outras praças esportivas, aumentando a expectativa pela tão aguardada reabertura.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

A saga do Autódromo de Brasília foi palco do único GP de Fórmula 1 não é apenas o registro de uma corrida; é um testemunho da capacidade da capital de sediar eventos de magnitude e do legado que nomes como Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet construíram desde os primeiros passos no esporte. A expectativa pela reabertura é um convite para o automobilismo local retomar seu lugar de destaque no cenário nacional e internacional. Para ficar por dentro de todas as novidades e desdobramentos no cenário esportivo, acompanhe a editoria de Esporte e não perca nenhum lance sobre as grandes competições e histórias que moldam o universo automotivo.

Crédito da imagem: Arquivo Público do DF; Reprodução/Arquivo Pessoal; Acervo/TV Globo; TV Globo/Reprodução.

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