Um grande arrastão em um prédio de Ribeirão Preto, um edifício de alto padrão no Centro da cidade paulista, resultou em um prejuízo que pode ultrapassar os R$ 4 milhões. Joias, celulares, elevadas quantias em dinheiro e diversos outros itens de valor foram subtraídos de residências, confirmou o delegado André Baldochi, responsável pela investigação do caso que chocou a população local e mobilizou as forças policiais. As estimativas iniciais sugerem que os valores podem até superar a projeção de quatro milhões de reais, visto que muitas vítimas ainda não haviam contabilizado a totalidade das perdas no momento dos depoimentos e investigações iniciais.
O incidente foi registrado na manhã da última quarta-feira, dia 24, quando criminosos invadiram seis apartamentos de um prédio residencial de 14 andares. A quadrilha demonstrou um planejamento meticuloso, conseguindo se infiltrar no condomínio de maneira engenhosa. De acordo com as apurações, o grupo havia alugado um dos imóveis do edifício aproximadamente duas semanas antes da ação criminosa, utilizando disfarces para evitar levantar suspeitas. Este método estratégico facilitou o acesso e a familiarização com o ambiente antes da execução do roubo de grande porte.
Arrastão Prédio Ribeirão Preto: Prejuízo Milionário Chega a R$ 4 Mi
A complexidade da operação criminosa em Ribeirão Preto envolveu a atuação de diferentes núcleos dentro da quadrilha, desde a etapa de planejamento até a efetiva execução do assalto. Esta divisão de tarefas evidencia uma estrutura organizada, cujo objetivo era maximizar a eficiência e a segurança da ação. Após a consumação dos roubos, os criminosos evadiram-se do local em três veículos distintos, desaparecendo sem deixar rastros imediatos para trás e complicando as buscas preliminares por parte das autoridades.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil rapidamente progrediram, levando à identificação de sete indivíduos suspeitos de envolvimento no crime. Em um esforço concentrado, as forças de segurança lograram prender seis dessas pessoas até a quinta-feira, dia 25. As prisões foram realizadas em diferentes localidades: quatro dos suspeitos foram detidos em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, enquanto os outros dois foram localizados e capturados na própria Ribeirão Preto, demonstrando a abrangência da atuação da quadrilha.
O delegado Baldochi destacou que a operação continua ativa, e novas prisões são esperadas nos próximos dias, à medida que provas adicionais forem coletadas e analisadas. Dentre as evidências cruciais estão as impressões digitais, que foram recolhidas em diversos endereços relacionados aos suspeitos e estão em processo de análise forense. “Estamos percorrendo todo o caminho do grupo, desde quando eles adentraram, na noite do dia 23, o condomínio. Estamos seguindo todos os passos anteriores, onde estiveram, por onde passaram, acompanhando os veículos utilizados, possíveis autores”, detalhou o delegado sobre o rigor da investigação.
Entre os sete indivíduos identificados, a única pessoa que permanece foragida é Júlia Moretti de Paula, originária de Araçatuba (SP). Investigadores apontam Júlia não apenas como participante ativa do arrastão, atuando no chamado núcleo operacional da quadrilha, mas também como a figura central responsável pela logística da locação do apartamento no nono andar do edifício invadido. A estratégia de alugar um imóvel dentro do próprio condomínio foi um ponto crucial para a facilitação do acesso e a concretização do esquema.
Provas em vídeo obtidas a partir de câmeras de segurança são decisivas na elucidação do caso. Gravações em datas diferentes registraram a presença de Júlia tanto na imobiliária responsável pela locação, evidenciando sua participação no planejamento, quanto na garagem do prédio no momento da fuga da quadrilha. As imagens capturadas por equipamentos de segurança, disseminadas pelas redes sociais, forneceram pistas valiosas sobre a movimentação e identificação dos envolvidos neste assalto a prédio em Ribeirão Preto.
A forma como Júlia Moretti de Paula operou para alugar o apartamento no condomínio é um ponto de grande atenção. Integrante do núcleo logístico da quadrilha, conforme apontado pelo delegado, ela utilizou um Registro Geral (RG) falsificado, apresentando um nome diferente – Carolina – à imobiliária para formalizar o contrato de aluguel. O processo de assinatura ocorreu de forma digital, um método que, segundo Baldochi, dificultou o rastreamento da real identidade da inquilina na ocasião. “Os contratos, hoje em dia, em imobiliárias, são assinados de forma digital. Não é uma assinatura rastreável, é uma assinatura até que você pode fazer qualquer rubrica (…). E foi dessa forma que foi feita a assinatura, como é feito na maioria das imobiliárias hoje”, explicou.

Imagem: g1.globo.com
Houve uma tentativa por parte de Júlia de realizar o pagamento do caução, no valor de R$ 12,6 mil, em dinheiro. Contudo, a imobiliária recusou esta forma de pagamento, exigindo uma transferência bancária ou boleto. Em decorrência desta recusa, o pagamento do caução acabou sendo efetuado por Fabiana de Paula Fernandes Miranda, também identificada como parte do núcleo logístico e detida na sequência das investigações. A atuação coordenada desses indivíduos sublinha a premeditação e o caráter profissional da ação criminosa.
Além de Fabiana de Paula Fernandes Miranda, o nome de Pablo Rodrigues Cardoso também surgiu associado a esse núcleo logístico. Tanto Fabiana quanto Pablo foram presos na mesma quarta-feira em Ribeirão Preto, dias depois do incidente, reforçando a rápida atuação policial. A conexão de Júlia com a fase logística e operacional foi reafirmada pelo delegado, que ressaltou sua presença no local durante o crime. “Júlia, além de fazer parte do núcleo logístico, estava presente na hora do crime e foi uma das pessoas que efetivamente cometeu o roubo”, salientou o delegado Baldochi, destacando o papel multifacetado e direto da foragida no assalto.
Em casos como este, que envolvem alta organização e impacto social, a Segurança Pública frequentemente reforça estratégias de combate ao crime organizado, tema amplamente abordado por instituições de imprensa renomadas, como pode ser verificado em reportagens do G1 sobre criminalidade.
Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista
As investigações sobre o arrastão no prédio em Ribeirão Preto continuam, e a polícia trabalha para prender a foragida Júlia Moretti de Paula e elucidar quaisquer outros elos da quadrilha. A comunidade aguarda por mais desdobramentos, enquanto as autoridades reafirmam seu compromisso em desarticular grupos criminosos de alta periculosidade. Mantenha-se atualizado sobre este e outros importantes casos acompanhando nossa editoria de Cidades, onde reportagens detalhadas trazem as informações mais recentes.
Crédito da imagem: Reprodução/Câmera de segurança
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